No início do século 20, estavam começando a se criar novas mudanças na era do conhecimento, duas grandes inovações em gestão trouxeram mudanças importantes para as organizações: a linha de montagem da Ford e o laboratório de pesquisa e desenvolvimento da GE. Este novo modelo de visão destas empresas transformaram a rotina de trabalho.
Já na década seguinte, foi a linha de montagem que inspirou gestores do mundo todo a organizar atividades por processos, com atividades bem definidas e funções delimitadas, o que facilitou o treinamento das pessoas, a padronização dos produtos e a melhoria da qualidade. Isso tudo porque as grandes corporações acreditavam em inovações tecnológicas como fonte de competitividade.
Com a entrada do século 21, chamada “era da informação” a aceleração das mudanças no mercado e na sociedade trouxeram a inovação definitivamente para a pauta das organizações. Com isso, é a vez da área de inovação, versão atual do laboratório de P&D, de inspirar gestores, líderes e executivos.
Atualmente temas como prospecção tecnológica, inteligência de mercado, design thinking e desenvolvimento ágil estão na agenda das empresas no seu dia-a-dia.
Não podemos nos esquecer das organizações inovadoras e startups de alto crescimento como Google, Apple, Amazon, Netflix e Tesla estão reinventando muitas regras e são fonte de inspiração sobre como sobreviver e crescer em um mundo cada vez mais dinâmico e competitivo. Visto que estas mudanças precisam ocorrer, pois o público alvo está cada vez mais exigente neste mundo de alta tecnologia. O que podemos aprender com as empresas de alta tecnologia e de informação? O que há de novo?
Segundo os pais da Gestão do Conhecimento Nonaka &Takeuchi, para que o conhecimento não se perca, a organização deve estruturá-lo, administrá-lo, documentá-lo e encontrar formas de disseminá-los para que todos saibam quais são os valores, a missão, visão de futuro e os objetivos da organização a qual pertence. Segundo os autores, todo o capital intelectual é um ativo intangível pertencente ao indivíduo que possui também habilidades, competências e experiência. Cabe as empresas o desafio de conseguir reunir capital intelectual atraindo e retendo os seus talentos. Toda organização que retém capital intelectual quando promovem um ambiente de trabalho propício ao aprendizado constante, como também ao desenvolvimento de forma a estimular a participação e o envolvimento é capaz de reconhecer os seus colaboradores que buscam aprendizado e melhoria constante.
Os trabalhadores da era do conhecimento têm necessidades de conhecimento que são: o equilíbrio da vida pessoal e profissional, o acesso a informação e o trabalhador em qualquer local com possibilidades de poupar tempo evitando tarefas desnecessárias. Este seria um dos maiores benefícios de uma organização com visão voltada para o conhecimento. Este estímulo para o trabalhador faz com que exista sempre uma busca da informação, aprendizados e melhores formas de trabalhar com um excesso de informações e responsabilidades sempre empenhado a fazer o melhor em prol da empresa e de sua própria carreira.
É só perguntar para um funcionário da empresa, quando ocorre dentro da organização o estímulo ao conhecimento. Isto faz com que haja engajamento e participação entre os colegas de trabalho.
De forma prática a empresa poderá trabalhar com seus colaboradores alguns projetos de aprendizagem.
Os projetos de gestão de conhecimentos são aqueles que buscam diagnosticar a deficiência de aprendizagem da empresa para que se crie um ambiente de constante aprendizado e inovação.
Com a constituição de um ambiente de aprendizado propícios como cursos, palestras e incentivos a continuidade, de forma que haja treinamento constante, discussão, erros e acertos, análise e planos de ação.
A organização que aprende não pune erros de execução, analisa os erros, é uma organização que tem memória, documenta e dissemina toda a sua curva de experiência.
A curva de experiência busca demonstrar para os colaboradores onde a empresa mesma com os seus erros impulsionam nova visão e atitudes e o presente o que ela conquistou errando e acertando e onde pretende chegar a longo e a curtíssimo prazo.
Através destes acertos as organizações aprendem, implantam em seu ambiente, atitudes como:
- O mapeamento de conhecimentos adquiridos e os conhecimentos necessários;
- Alinhamento do conhecimento com a estratégia da empresa.
Uma outra característica destas organizações do conhecimento, são o melhor uso dos seus meios de comunicação e da informação, possuindo maior transparência e valores organizacionais, além de um ambiente voltado para o crescimento.
A gestão de conhecimentos requer projetos que trabalhem os fatores críticos de sucesso para sua implantação, fatores como a cultura e clima organizacional, apoio da alta administração, infraestrutura técnica e de tecnologia da informação disponível.
Os projetos de gestão de conhecimento são aqueles que envolvem: governança e melhores práticas, gestão de qualidade total, gestão de competências e curva de aprendizagem e experiência com lições aprendidas e benchmarking.
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