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Análise e levantamento de requisitos em histórias em quadrinhos – PARTE 2: A obscura diferença entre requisitos funcionais e requisitos não funcionais

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Figura - Análise e levantamento de requisitos em histórias em quadrinhos - PARTE 2: A obscura diferença entre requisitos funcionais e requisitos não funcionaisREQUISITOS FUNCIONAIS

Conforme apresentado por Machado (2013) e Bezerra (2007) os requisitos funcionais definem as funcionalidades e o comportamento do sistema, mediante a cada entrada, ou seja, é aquilo que descreve o que o sistema tem que fazer a cada ação de um usuário ou outro sistema. Eles dependem do conhecimento passado pelos usuários sobre o processo do negócio, ou seja, as atividades da área em que a organização atua, e dependem do que permitirá fazer o software a ser desenvolvido.

É importante frisar que um requisito funcional não deve se preocupar de “como” o software irá funcionar e sim definir a expectativa do que o software irá fazer para satisfazer aquilo que os usuários desejam, ou seja, as necessidades do negócio.

Ao realizar o levantamento de requisitos com o usuário, para determinar um requisito funcional pode-se usar a frase “o sistema deverá…” e assim acompanhado de um verbo e um complemento, como por exemplo, “o sistema deverá realizar um cadastro de clientes”.

Para melhorar a compreensão dos conceitos citados anteriormente, desenvolveu-se um estudo de caso através da utilização de histórias em quadrinhos, segue uma prévia e a ilustração abaixo:

A fim de conhecer quais serão as funcionalidades do sistema, ou seja, os requisitos FUNCIONAIS, um analista de requisitos irá interagir com seu futuro usuário do sistema. Porém, encontra pela frente uma pessoa que pouco se importa com o comportamento do sistema, ou seja, a sua única preocupação é com a interface e design, perfil de usuário muitas vezes encontrado pelos analistas de requisitos.

Requisitos Funcionais

REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS

            Conforme apresentado por Machado (2013) e Bezerra (2007), os requisitos não funcionais dizem respeito às características e padrões de qualidade que o sistema deve oferecer, como por exemplo, desempenho, confiabilidade, segurança, robustez, portabilidade, usabilidade, entre outras.

Essas características são extremamente importantes e estão ligadas às funcionalidades do sistema, pois definem se o sistema será eficiente para os serviços que se propõe a fazer ou não.

Requisitos não funcionais não dizem respeito ao design do sistema e sim aquilo que define “como” deve ser feito. Segue abaixo alguns exemplos de requisitos não funcionais:

  • O software deverá ser uma aplicação Web;
  • Somente usuários autorizados deverão ter acessos a essas informações;
  • O tempo de resposta das funcionalidades do sistema não deverá ultrapassar 40 segundos;
  • A usabilidade do sistema deve ser de fácil aprendizagem.

Para melhorar a compreensão dos conceitos citados anteriormente, desenvolveu-se um estudo de caso através da utilização de histórias em quadrinhos, segue uma prévia e a ilustração abaixo:

Um analista de requisitos interage com cliente a fim de validar mais um requisito funcional que está em desenvolvimento, mas ao demonstrar o comportamento da funcionalidade notou-se que houve algum problema com a performance da aplicação, ou seja, o tempo de resposta estava demorando mais do que o esperado, assim não atendendo um importante requisito NÃO FUNCIONAL solicitado pelo cliente.

Requisitos Não Funcionais

CONCLUSÃO

A diferença entre Requisitos Funcionais e Requisitos Não Funcionais é muito simples. Tudo o que diz respeito ao comportamento de um sistema que atenderá o processo do negócio do cliente são REQUISITOS FUNCIONAIS. E tudo o que diz respeito às características gerais de um sistema, como custo, confiabilidade, desempenho, usabilidade, segurança, disponibilidade, manutenção e tecnologias envolvidas, são REQUISITOS NÃO FUNCIONAIS.

Um fato importante a ser frisado sobre os Requisitos Não Funcionais é que o cliente não tem a obrigação de dizer sobre eles, porque são características mínimas de um software de qualidade. Toda a responsabilidade de atender esses requisitos não funcionais é da empresa de desenvolvimento.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSIS, Érico. Aprendendo em Quadrinhos. Disponível em <http://www.blogdacompanhia.com.br/2013/02/aprendendo-em-quadrinhos/ >. Acesso em: 05 jan. 2014.

BARBOSA, Alexandre; RAMOS, Paulo; VILELA, Tulio; RAMA, Ângela; VERGUEIRO, Waldomiro. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 2006.

BEZERRA, Eduardo. Princípios de análise e projeto de sistema com UML. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 6ª reimpressão.

MACHADO, Felipe Nery Rodrigues. Análise e gestão de requisitos de software: onde nascem os sistemas. 1ª. ed. São Paulo: Érica, 2011.

WIKIPEDIA, Requisito Funcional. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Requisito_funcional>. Acesso em: 14 nov. 2015.

WIKIPEDIA, Requisito Não-Funcional. Disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Requisito_n%C3%A3o-funcional >. Acesso em: 14 nov. 2015.

[Crédito da Imagem: Requisitos Funcionais – ShutterStock]

Jair Jersey Marinho
Engenheiro de Software e Analista de Sistemas Sr., atua na área de TI há 8 anos, presentemente prestando serviços para o Governo do Estado de São Paulo. Exerceu atividades como desenvolvimento de sistemas, especificação e levantamento de requisitos para baixa e alta plataforma e liderança de Projeto, atuando em empresas brasileiras, servidores públicos, bancos e multinacionais. Formado em Tecnologia em Desenvolvimento de Software e Pós-Graduado em Engenharia de Software na Universidade Cidade de São Paulo, Certificado ITIL e SCRUM MASTER.

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