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Sua empresa é madura?

publicado por Ramiro Rodrigues

Figura - organizações empresariais, a maturidade precisa estar associada a uma expertise específica a qual está se pressupondo dizer que a organização já labuta com experiência, alta qualidade e baixo índice de erros. O ser humano é um poço rico em incongruências. Por exemplo, diga a uma pessoa, em qualquer fase da vida, que ela está “velha” e, provavelmente, você ganhará um desafeto, ainda que dissimulado. Agora, dizer para alguém que ela parece mais “madura”, provavelmente, soará como um elogio.

Ao pesquisar um pouco sobre a palavra, encontramos definições que giram em torno da interpretação que maturidade é o estado das pessoas ou das coisas que atingiram completo desenvolvimento: maturidade comportamental, mental etc.i Assim, podemos compreender as pessoas e separar a maturidade física da maturidade emocional com certa facilidade.

Já para as entidades, como as organizações empresariais, a maturidade precisa estar associada a uma expertise específica a qual está se pressupondo dizer que a organização já labuta com experiência, alta qualidade e baixo índice de erros. Maturidade empresarial, operacional, técnica e, também, maturidade em gerenciamento de projetos.

A maturidade em Gerenciamento de Projetos (GP) significa que uma organização, através de processos uniformes e repetitivos para todos os projetos que executa, está condicionada a evoluir qualitativamente e a aumentar as probabilidades de sucesso nos projetos e, consequentemente, nos resultados da organização executora. Para tal, o mercado oferece algumas soluções pagas e gratuitas de modelos de avaliação de maturidade em gerenciamento de projetos.

A aplicação de um destes modelos permite realizar o primeiro importante objetivo: saber identificar em qual estágio sua organização se encontra. Este passo é extremamente difícil, visto a complexidade em poder comparar se uma organização está fazendo bem seus projetos em relação a outras, sem se contaminar por percepções individuais e subjetivas. Comumente, através de uma escala de cinco níveis, a maioria dos modelos irá questionar os participantes vários aspectos de como estão ocorrendo os projetos e produzir uma pontuação para, depois, classificá-la em um ranking. E, com este resultado, classificar o atual nível de maturidade da organização.

Identificado este nível, o passo seguinte é buscar traçar um plano de ações para passar para o próximo nível. Eis então o outro grande objetivo e ganho de um bom modelo de maturidade em GP: grande parte destes oferecem referências das características mais comuns esperadas de uma organização em cada nível. Com isto, fica mais fácil elaborar um plano de ações focado nas características esperadas pelo nível seguinte a ser buscado. Aqui, vale uma observação: não se “pula” de um determinado nível para, por exemplo, dois níveis depois. Assim, o progresso deve ser incremental, um nível por vez.

Voltando ao plano de ação, este deve ser pensado e executado como se fosse um projeto seguindo as boas práticas e metodologia da própria organização. Ele deve ser dimensionado para ser concluído a tempo de permitir que seus ganhos sejam observáveis e percebidos pela organização, fazendo com que causem os impactos positivos esperados no próximo ciclo de uma nova pesquisa de maturidade, que pode ocorrer em um intervalo de um ou dois anos, dependendo da evolução que está sendo buscada.

Isto posto, os passos a serem seguidos são:

  1. Aplicar a pesquisa de maturidade
  2. Avaliar e divulgar o resultado da 1ª pesquisa
  3. Elaborar um plano de ação
  4. Rodar o projeto para a evolução do nível
  5. Voltar ao passo 1 – Melhoria contínua

Esta sequência, devidamente bem patrocinada, provavelmente, irá fomentar um ciclo construtivo em sua organização na busca de um estágio evoluído na capacidade de execução de projetos.

Não que sejamos inocentes em achar que não teremos mais problemas nos projetos em uma organização com alto nível de maturidade – isto é intrínseco à natureza destes empreendimentos! Mas, afortunadamente, haverá uma maior clareza de atitudes, conhecimentos e responsabilidades na busca da resolução destes.

Bons projetos!

Autor

Ramiro Rodrigues Ramiro Rodrigues é Gerente de Serviços da Arcon, empresa de segurança de TI especializada em Serviços Gerenciados de Segurança da Informação. É mestre em Administração com ênfase em Sistemas de Informação e MBA em E-business. Dentre suas diversas certificações, destacam-se o IPMA - level B, Project Management Professional pelo PMI e Prince2 Fundation. Especialista em gerenciamento de programas e projetos em consultorias de gestão e serviços de integração de infraestrutura, atuou em empresas como a Modulo Security, Heweltt-Packard e no escritório de projetos da TI da Petrobras. Além disso, é professor-titular do IBMEC/RJ, palestrante, pesquisador técnico da área e referência no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa acadêmica em gestão de projetos. Sobre a Arcon Atuando no mercado nacional desde 1995, a Arcon é especializada em cibersegurança com foco em serviços gerenciados de segurança (MSS – Managed Security Services). Com um completo portfólio e sólidas parcerias com os principais fabricantes do mundo, a empresa monitora e gerencia ambientes, mitiga os riscos e previne incidentes em empresas de grande porte. A partir de seus SOCs, a Arcon processa 2+ bilhões de eventos por dia, protege mais de 600.000 ativos e possui inteligência de segurança única na América Latina. É a única empresa de serviços gerenciados de segurança no ranking Exame PME 2015 das empresas que mais crescem no Brasil. Nos últimos anos, firmou-se como líder no mercado brasileiro de MSS, tendo conquistado, o primeiro lugar em MSS no ranking Anuário Outsourcing por 4 anos consecutivos. Em 2016 passou a integrar o grupo NEC, um dos maiores provedores globais de soluções integradas de TI e Comunicação.

Ramiro Rodrigues

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