A área de TI vem ganhando cada vez mais importância na estrutura organizacional das empresas.
Antes com um foco de atuação mais voltado para fornecer informações a toda a empresa, a TI era mais vista como um Centro de Custo ou área de Backoffice cuja sobrevivência dependia de parte do orçamento das demais áreas da organização.
Ainda é assim em diversas organizações. Entretanto, com uma maior aceitação das empresas das melhores práticas de Governança de TI difundidas pelo CobiT® (Control Objectives for Information and related Technology), a área de TI deixa de ser considerada uma estrutura que gera somente custo e passa também a agregar valor ao negócio.
A TI precisa planejar e gerenciar com eficiência os seus recursos que consistem em aplicativos, infra-estrutura, pessoas e informações a fim de que toda a organização possa perceber os benefícios que os investimentos nesta área podem gerar.
Segundo o CobiT® 4.1:
- As informações são os dados em todas as suas formas, a entrada, o processamento e a saída fornecida pelo sistema de informação em qualquer formato a ser utilizado pelos negócios.
- Os aplicativos são sistemas automatizados para usuários e os procedimentos manuais que processam as informações. Portanto, os controles manuais elaborados com ferramentas tais como as existentes no MS Office, também deveriam ser geridos pela equipe de TI.
- A infra-estrutura refere-se à tecnologia e aos recursos (ou seja, hardware, sistemas operacionais, sistemas de gerenciamento de bases de dados, redes, multimídia e os ambientes que abrigam e dão suporte a eles) que possibilitam o processamento dos aplicativos.
- Não podemos nos esquecer das pessoas que são os funcionários requeridos para planejar, organizar, adquirir, implementar, entregar, suportar, monitorar e avaliar os sistemas de informação e serviços.
Realmente, as empresas descobriram que gerenciar essas quatro variáveis a fim de maximizar o valor agregado tem sido um desafio muito grande.
Estamos em uma era na qual a informação confiável e precisa, no momento correto, para o receptor adequado é um fator crítico de sucesso para qualquer ramo de negócio. Não é somente a nossa empresa que precisa produzir mais rápido. Os concorrentes também têm a mesma preocupação.
Os aplicativos precisam refletir as necessidades de negócio das diversas áreas da empresa. Não podemos esperar meses para implantar uma alteração ou um novo módulo no sistema, pois podemos perder o “time to market”. Por isso, a TI tem que ser cada vez mais eficiente.
A infra-estrutura é que permite que os aplicativos sejam executados para gerar as informações necessárias ao negócio. Se ela não estiver dimensionada de forma adequada para a capacidade requerida pelos recursos de TI, a empresa poderá colocar em alto risco a continuidade da sua operação. Entretanto, há uma pressão constante para a redução dos custos de TI e os CIOs têm um grande desafio que é definir o momento certo para atualizar a sua infra-estrutura.
Finalmente, há mais uma variável a qual considero a mais importante porque é aquela que faz com que as empresas existam e as outras variáveis funcionem: as PESSOAS.
Para que a TI possa gerar o valor agregado que as empresas esperam e ser reconhecida como uma área estratégica, o primordial é ter as pessoas certas nos lugares certos. E para dissertar sobre este assunto é necessário um novo artigo.
Até a próxima leitura!
Execelente texto!
Cada vez mais, a TI vêem assumindo um papel mais estratégico nas empresas. Isso é muito bom, para os negócios e para os profissionais de TI.