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Quem tem medo do Scrum?

publicado por Renato Luiz Cardoso

Quem tem medo do Scrum?Para aqueles que nunca ouviram falar nisso, fiquem tranquilos: Scrum não é uma linguagem de programação, nem um novo seriado de TV. É “somente” um processo de planejamento e desenvolvimento de software ágil.  É um conceito recente aplicado à criação e projeto de softwares com foco na solução e nos resultados, atendendo as necessidades e especificações do cliente.

Quando comecei a programar, na década de 80, fazíamos os fluxogramas que eram, na verdade, diagramas de blocos representativos da programação estruturada onde cada comando era equivalente a um símbolo bastante específico.

Depois, aprendi a usar o UML e seus diagramas de caso de uso, de classes, diagrama de sequência, de objetos, de instalação e outros. Estes diagramas ajudavam a projetar um programa orientado a objetos.

A programação orientada a objetos revolucionou a forma de desenvolver código e para quem veio da programação estruturada, era uma forma muito mais simples de realizar o projeto de um software. Mas seus diagramas e excesso de planejamento tornam o desenvolvimento lento e muitas vezes o cliente não tem ou não compreende este fator.

Existem vários processos de criação iterativa e incremental para desenvolvimento de software ágil, como a prototipagem (onde são criados protótipos do código para o cliente e após definir as especificações, cria-se o produto real), processo em espiral (onde se agregam funções ao projeto e as especificações são implementadas).

O Scrum é o nome dado a um processo ágil onde o mais importante são os resultados e funcionalidade e não manuais complexos. E a participação de todos, desenvolvedores e clientes (product owner) é fundamental.

Muitas vezes, o cliente pode alterar a necessidade ou especificações do produto. Cabe ao Scrum Master manter a equipe direcionada da forma correta e assegurar as práticas do Scrum.

O desenvolvimento Scrum, começa ouvindo o cliente através de “histórias dos processos” que o sistema realizará. Isso irá gerar o product backlog (funcionalidades do sistema). Os processos do sistema são divididos em sprints, que são unidades básicas daquilo que será criado.

Cada sprint começa com uma reunião (Sprint Planning) que irá definir as tarefas daquela unidade, sempre seguido por reuniões de revisão ou retrospectiva. Em cada sprint a equipe cria algo funcional e perceptível pelo product owner, dentro de um prazo estabelecido e gera um “feedback”.

Dizemos que Scrum é um framework, dividido em papéis, eventos, artefatos. Os papéis são: O  product owner (proprietário ou cliente), o Scrum Master, responsável por “manter” o Scrum, motivar a equipe, liberar impedimentos. E por fim, o Scrum Team, que é a equipe propriamente dita.

Os eventos são as atividades básicas relacionadas ao processo, como o sprint planning e os artefatos são os documentos, como o porduct backlog, o sprint backlog e a definição de pronto.

Vale lembrar que o Scrum não é um processo totalmente organizado. O trabalho mais importante tem prioridade sobre os demais. Os desenvolvedores são autogerenciáveis e trabalham com prazos e metas bem definidas, realizando reuniões periódicas com o cliente.

Muitas empresas de desenvolvimento de software estão adotando o processo Scrum, pois seus resultados têm se mostrados mais vantajosos que os processos similares.  Se você leitor é um desenvolvedor e esta é a primeira vez que ouve sobre o assunto, segue abaixo alguns links para mais informações:

O guia do Scrum: Um PDF sobre método Scrum: http://www.Scrumguides.org/docs/Scrumguide/v1/Scrum-Guide-Portuguese-BR.pdf

O site do Scrum (em Inglês): https://www.Scrum.org/

Vídeos da Universidade Scrum: https://www.youtube.com/user/UniversidadeScrum

[Crédito da Imagem: Scrum – ShutterStock]

Autor

Professor Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP Campus Salto/SP

Renato Luiz Cardoso

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