Tanto se escuta falar sobre BPM ultimamente que muitas vezes as pessoas tem uma visão incorreta ou várias visões sobre o que realmente ele é ou qual a sua ideia principal. Já ouvimos algo como: “Vou criar um projeto BPM.”, “Vou criar o BPM do projeto.”, “Vou desenhar o BPM.” e várias outras diversas afirmações. Então vamos realinhar nossas visões para falarmos do mesmo assunto num mesmo entendimento.
Afinal, o que que é BPM? BPM é a sigla correspondente a Business Process Management, que traduzido para o português significa Gerenciamento de Processos de Negócio. Partindo do princípio que você só pode melhorar aquilo que você pode gerenciar, só pode gerenciar aquilo que você pode medir e que só pode medir aquilo que você realmente conhece como é executado, a prática do BPM visa conhecer os processos que são executados afim de medi-los para finalmente gerência-los e então realizar melhorias e evoluir o processo.
No cenário competitivo em que nos encontramos hoje no mercado mundial, uma empresa que não conhece de forma clara os processos que são executados no seu dia a dia, está totalmente em desvantagem frente as empresas que tanto conhecem seus processos como gerenciam e realizam melhorias constantes a cada dia. Sem conhecer tais processos é praticamente impossível implantar uma melhoria ou mudança no processo de forma organizada, gerenciável e previsível.
BPM é uma disciplina que possui um ciclo de vida sem fim. A sua finalidade é de uma forma bem resumida:
“BPM existe para trazer a tona as informações pertinentes de como os processos são executados para que melhorias possam ser realizadas e os processos possam ser gerenciados para uma melhor tomada de decisão e visão do negócio como um todo.”
BPM não é:
- Uma tecnologia que automatiza processos.
- Um sistema para controle de clientes e processos.
- Uma notação para modelar processos.
- Uma caixinha mágica que mudará a empresa.
BPM deve sempre agregar valor à empresa que está sendo executado. Se é uma organização privada, deve aumentar lucro, melhorar a percepção de qualidade pelo cliente, gerar um melhor time-to-market de produtos. Se é uma instituição pública, deve prover ao cidadão os melhores serviços e atendimentos. Acima de tudo, BPM não deve ser encarado como algo que será realizado e terminará, mas sim como algo que deverá ser inserido nas veias culturais das organizações.