O 5G é o termo usado para descrever a próxima geração de redes de dados móveis. Apesar de ser apenas tecnicamente uma evolução natural das redes 4G existentes, essa nova tecnologia marcará um ponto de inflexão no futuro das comunicações, trazendo conectividade instantânea de alta potência para bilhões de dispositivos.
Precisamos entender que o 5G não é uma revolução e sim uma evolução na oferta de conexão da internet. As redes 5G serão integradas com o 4G e com tecnologias de rede alternativas (banda larga fixa) para fornecer conectividade generalizada. Essa tecnologia permitirá conectividade em localidades com múltiplos dispositivos navegando com altas taxas de troca de dados.
À medida que a demanda por conectividade aumenta, o 5G surge como uma oportunidade para criar uma rede de transmissão de dados ágil e adaptada às diferentes necessidades dos cidadãos e da economia. Nos próximos dez anos, as redes wi-fi precisarão lidar com até 10 mil vezes mais tráfego de dados do que costumavam ter em 2010. Tecnicamente, o objetivo do 5G é entregar velocidades de 1 GIGA com uma latência menor que 10 ms (milissegundos). Para se ter uma ideia, hoje a latência média da conexão 4G é 100 ms com velocidade média de 50 Mega.
Um relatório recente da Sony Ericsson, multinacional de telecomunicações, mostra que em 2022 cerca de 15% da população mundial será coberta pela nova tecnologia. A previsão é que na América do Norte, 25% das assinaturas de internet móvel sejam 5G em 2022, e na Ásia-Pacífico, 10%. A Inglaterra introduziu reformas para lidar com a necessidade de uma maior capacidade móvel em suas redes para 4G, já em linha com a implementação das futuras redes 5G.
Na Suécia, em sua sede em Södertälje, a Scania já declarou possuir uma rede 5G dedicada aos testes piloto de ônibus controlados remotamente em um centro de operações de veículos. No Japão, em maio deste ano, o Ministro das Comunicações anunciou que os testes de redes 5G já estão acontecendo tanto na capital quanto nas áreas rurais do Japão. O planejamento é para que estes testes durem mais três anos e que a tecnologia seja lançada ao público em 2020.
Enquanto isso, aqui no Brasil, ainda temos muito chão pela frente com a expansão das redes 4G – presentes em apenas 55% do nosso território. A Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, ainda não tem um plano público a respeito da implementação do 5G como, por exemplo, a Inglaterra. No entanto, em janeiro desse ano, a agência informou que iria começar a revisar a regulamentação para futura implantação da tecnologia no Brasil e que o seu relatório de Análise de Impacto Regulatório (AIR) estaria pronto no primeiro semestre de 2018.
Apesar de não termos uma data para a chegada do 5G ao Brasil, podemos dizer que a era 5G será caracterizada como a era da conectividade ilimitada para todos e da automatização inteligente. Enriquecendo nossas vidas, transformando os processos industriais e mudando o jeito que nos relacionamos com as máquinas.