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Lições aprendidas com o caso Kodak

publicado por José Diego Mariano de Oliveira Passos

Figura - Lições aprendidas com o caso KodakRealmente é muito triste o que aconteceu com a Kodak e que resultou na queda de uma grande organização, além de resultar na demissão de milhares de pessoas.

Na minha opinião faltou preparo por parte dos executivos e responsáveis por determinar os caminhos da empresa, visto que o mundo vivia uma verdadeira revolução digital com inovações a todo momento e a Kodak simplesmente não soube inovar e aproveitar as oportunidades e necessidades de mudanças que estavam sendo geradas globalmente enquanto que outras pequenas empresas aproveitaram melhor e puderam desenvolver seus negócios de forma efetiva.

Uma das principais virtudes que um executivo ou um profissional que possui um cargo de influência deve ter é de certa forma possuir uma “visão de águia”, sendo capaz de conseguir olhar para o futuro e ver oportunidades, melhorias, inovações, mudanças e crescimento. Devem ser capazes de tomar as decisões certas na hora certa, visando o bem do projeto e da organização. Tratando-se de uma multinacional, os seus executivos e profissionais que estavam em posições mais altas na organização deveriam ter tido essa visão, sabendo que as coisas mudam a todo momento e que eles deveriam estar prontos para essas mudanças.

Vendo que o mercado estava tendo uma certa movimentação por conta dessas inovações que estavam chegando, as pessoas que estavam à frente da organização deveriam avaliar as oportunidades que poderiam ser geradas por aquele produto e mesmo se o mesmo seria viável e se realmente valeria a pena investir numa mudança de rumo, como foi o caso, adotando então à era digital. Para isso é necessário bastante coragem e apoio dos executivos da alta direção da organização, pois o processo não seria fácil e demandaria bastante esforço. Não estou de forma alguma querendo dizer que isso não foi feito, mas se foi feito, executaram de forma errada.

Os executivos de uma organização (que incluem gerentes, diretores, coordenadores e etc.) precisam ter uma visão de águia, tendo a capacidade de olhar lá na frente prevendo os melhores rumos a se tomar, os riscos que corre e também os impactos que podem ser gerados, tanto positivos quanto negativos, pois no fim das contas o que a empresa já foi ou o que é já não terá mais importância apenas, mas sim para onde irá.

Para finalizar, acho que o essencial para alcançar os objetivos estratégicos da organização com sucesso, deve-se ter um bom plano de comunicação entre partes interessadas. No caso dos conselheiros, acionistas, diretores e demais integrantes do alto escalão, pois possuem o dever e a responsabilidade de cuidar dos rumos da empresa, faltou comunicação e entendimento do cenário atual do mercado naquele momento para entender que a empresa precisava mudar o seu rumo, por mais doloroso que pudesse parecer, para que pudesse ter seu futuro garantido. Talvez faltou competência ou o apoio de uma opinião especializada (responsável pela análise do mercado e prospecção de mercados futuros), mas eu não creio que esse foi o caso, pois até então era uma organização muito bem estruturada e com muitos recursos.

E esse caso da Kodak fica então para nós como exemplo do que não devemos fazer. Não podemos nos ater ao presente pensando que o futuro não reserva mudanças, devemos ter visão de águia. Inovar, gerenciar e empreender são mandamentos básicos em um mercado cada vez mais competitivo.

Viva o presente, planejando o futuro, para não cometer os mesmos erros do passado.

Referências Bibliográficas

Schoeler, Telmo, Revista RI, Kodak Lições de Abismo, Maio 2012.

Autor

Profissional de TI, formado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Universidade Católica de Brasília e cursando pós-graduação em Gerenciamento de projetos. Possui experiência com liderança de equipes, gestão ágil de projetos, análise e levantamento de requisitos de software, elaboração de documentações, desenvolvimento de sistemas e testes de software. Também possui formação em Auditoria Interna da Qualidade (NBR ISO 9001-2008). Desde 2009 trabalha em projetos de sistemas em diversas áreas, tais como gestão de contratos, gestão de planos de saúde, financeiro, auditoria de planos de saúde, gerenciamento logístico, monitoramento terrestre via satélite e celular, entre outros. Atua como articulador no site TI Especialistas (http://www.tiespecialistas.com.br/author/jose-passos/), onde publica artigos periodicamente relacionados à tecnologia, gerenciamento de projetos e liderança.

José Diego Mariano de Oliveira Passos

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