Blogs, redes sociais, tablets, celulares, web 3.0, infra-estrutura de TI, apps, dados on line rastreados e mostrados a um velocidade nunca vista para empresários e usuários.
Como tudo isso se conecta? O que tudo isso pode e tem a ver com o dia-a-dia nas empresas? Como gerenciar tudo isso? Como utilizar essas ferramentas a favor das empresas? As empresas estão ficando para traz? O mundo digital deixou de lado essas empresas?
Conhecer a tecnologia e o que há de mais moderno não é tarefa fácil. Talvez até mesmo a palavra “moderno” já esteja em desuso podendo ser substituida por “conectado”. Talvez ao final deste artigo já existam outros milhões de artigos sendo publicados mais interessantes ou mais atuais do que este. Muito se comenta sobre interconectividade (tudo se liga ou tudo se conecta), mas esquecem de falar como “interconectar”. O mundo virtual tornou-se o mais sombrio dos mundos para os usuários que atuam na rotina das suas organizações. O uso indiscriminado das redes e midias sociais para espalhar a comunicação entre os internautas está criando uma geração, mas está destruindo outra.
As empresas estão cada vez mais investindo milhões e milhões de doláres em novas tecnologias de acesso, compartilhamento, conexão, mas estão esquecendo de um pequeno detalhe: “Clientes podem demitir todos os colaboradores de uma empresa simplesmente indo fazer compras em outro lugar” Wal Mart. E se os clientes internos e externos simplemente não conseguirem conectar ao produto e “forem fazer suas atividades” em outro lugar.
Onde estão os usários para tantas tecnologias? Onde estão os usuários que conseguem conviver com tantas versões, atualizações, revisões e outras práticas?
Quem está ensinando tudo isso? Quais escolas estão formando pessoas com alta interconectividade? Quem está preocupado em treinar pessoas, ao invés de só desenvolver sistemas? O mundo precisava em 2006 de 18 milhões de professores segundo a revista Ciência Hoje (PT). E hoje?
Onde estão os professores de interconectividade? Onde estão os professores que irão ensinar a utilizar todo esse sistema de novas idéias e novas mudanças criadas por esse batalhão de desenvolvedores. Existem bons programas públicos e privados de ensino e apoio à tecnologia. Mas e as outras empresas que não desenvolveram esses programas, tem essa mesma preocupação?
A tecnologia empregada nas organizações está cada vez mais avançada, faltam avançar os usuários, funcionários, gestores, CEOs e muitas outras pessoas.
O Google investe US 280 milhões em energia solar. Governos e empresas investem bilhões em ciberdefesa e tecnologia. Bancos investem R$ 22 bilhões em TI.
Mas quem está investindo em ensino, treinamento, capacitação?
As empresas devem investir nos próximos anos em treinamentos e capacitação de pessoal. Mas como? Isso custa caro? De onde tirar esse montante para esse investimento? Como garantir que os colaboradores darão o retorno esperado? Como evitar o êxodo de profissionais qualificados para empresas que remunerem melhor? Todas essas perguntas vão acompanhar os gestores nos próximos anos.
As manchetes dos principais jornais, as revistas de negócios e os sites de tencologia também mostram essa tendência.
“Faltam profissionais qualificados em TI” (HSM Management – Maio 2010).
“Faltam profissionais e sobram oportunidades em TI” (Veja Abril – Maio 2011).
“82% dos alunos dos cursos de TI abandonam os cursos” (Jornal Nacional – Abril 2011).
Um dos principais motivos é a complexidade dos processos e programas envolvidos. A idéia das redes sociais de criar um acesso único para vários sistemas, visualização de post de maneira instantânea enviados diretos para o celular, várias outras idéias utilizadas pelas redes sociais para facilitar o uso de quem não quer perder tempo para uma boa conversa poderiam ser utilizadas a favor das empresas e com custo quase zero. São fáceis, descomplicadas, com grande volume de acesso, tem muita gente trocando idéias sobre coisas como moda, beleza, festas, por que não trocar ideias como resolver problemas ou criar novos projetos? Podem até dizer que os foruns, ou blogs especializados já fazem isso, mas de novo, são tão complexos que usuários mais avançados tem dificuldades.
Empresas, gestores, usuários e desenvolvedores, pensem nisto, o analfateto atual não é o digital, é o desconectado…the connection failed…delete user.
Gostei muito e concordo com o texto publicado. O Brasil é hoje o terceiro pais que mais compra computadores, porém no que são utilizados(apenas Facebook, orkut ou ver videos engraçados no Youtube). Não utilizamos a internet para adquiri conhecimento, mas apenas para diversão. Ela deveria ser amplamente usada como descrita no artigo para fins de informação e instrução. Onde estão nosso professores?
Abraço
Zé
Parabéns pelo texto, muito bem esquematizado e explicativo… só vamos começar a crescer quando tivermos a ideia de que somos o país do presente e não o país do “eterno”futuro…Investir em educação pública e de qualidade é o primeiro passo de uma longa caminhada…