Desculpem, mas mesmo sem entrar na área de RH, gostaria de falar um pouco do que eu acho o maior desafio da gestão hoje: motivar e manter uma atitude positiva, motivadora nas equipes. Quem nunca entrou em uma empresa e sentiu a equipe com uma motivação baixa, reclamando do trabalho, falando mal da gestão de baixo e alto nível. Isto parece até familiar não é mesmo? Mas na verdade, a equipe é reflexo da liderança, da capacidade do líder, do gestor em manter a equipe sendo sua parceira, de ter um compromisso mútuo de atingir metas. Muitas vezes isso não acontece porque o líder é simplesmente um gestor. Isso mesmo, liderança é um comportamento e não uma função. Existem pessoas que podem ser treinadas até a morte que nunca serão líderes, mas podem ser bons gestores.
Costumo dizer, apesar de muitos não concordarem, que o verdadeiro líder é “nato”, vem no DNA. Pois ele desde pequeno inspira mais do que ensina, faz de seus atos seu memorial, isto é, serão coerentes com o que fala até morte e nunca se esquecerão dele. Como se diz por aí: “…uma palavra pode convencer, mas um exemplo arrasta multidões…”. Face a isso, algumas empresas preferem não criar mecanismos que identifiquem esses líderes, para que possam beneficiar alguns que são líderes políticos, impostos e com isso transformam, em muitas vezes, um excelente técnico em um péssimo gestor, sendo rejeitado rapidamente pela equipe, mas tolerado devido a sua função. Mas quando as empresas fazem certo, colhem rapidamente os resultados.
A atitude do gestor, em especial em momentos de crises ou quando as coisas vão mal, demonstram claramente a reação da equipe na mesma situação (mas toda regra existe sua exceção ). Se o gestor for decidido, parceiro, os membros da equipe se sentirão seguros e com certeza tomarão as decisões certas. Do contrário será um caos e depois o grande gestor culpará toda a equipe se eximindo de qualquer culpa, desmotivando totalmente a equipe. Hoje posso dizer sem medo de errar que a motivação de uma equipe, não está somente na satisfação financeira (ajuda muito, mas não é só isso), mas na cumplicidade do gestor, do estar junto, de ouvir, de orientar, de repreender na hora certa. Arriscaria, sem medo de errar, que o gestor tem 65% de responsabilidade na motivação de sua equipe, os outros 35% cabe a empresa.
O que me deixa alegre é que algumas empresas estão, ainda que tarde, aprendendo estas lições, pois tiraram proveito de seus erros passados e isso, em especial na área de TI é um grande avanço, pois crises e problemas (falando apenas do lado técnico), com certeza é o que mais temos e as equipes precisam sentir que tanto ela quanto o gestor, estão no mesmo barco. Quem nunca sentiu, em um momento difícil, que o gestor, que o seu líder “imposto” está no outro barco e que se o barco afundar, coitado de você? E também ao contrário, quando em um grande problema, seu Gestor assume sua liderança, dando tranqüilidade e respaldo em toda a situação e que mesmo em um erro esporádico, está ao seu lado. Isso motiva toda a equipe.
A gestão é uma arte e que a chave do sucesso está na motivação. A última mensagem: o líder nato tem a obrigação de transmitir o que sabe e aprender cada vez mais e o líder imposto ( por diversos motivos que não abordarei), tem a obrigação de aprender e transmitir cada vez mais.
Sr. Luiz Eduardo Improta,
Gostei muito do assunto abordado e o seu artigo está de um excelênte nível, claro e objetivo.
Sou da área de Oil & Gas, e o fedback em minha equipe tem sido essencial para o nosso sucesso.
Espero ver novos artigos seus deste mesmo nível, bem objetivo
Leonardo,
Muito Obrigado. Fico feliz em ajudar todas as áreas. Continue lendo os artigos, existem assuntos muito interessantes que abordarei em breve.
[]s,
Luiz Improta
Luiz,
parabéns pelo artigo. Concordo plenamente com você. Fico muito feliz em saber que não estou só, que meus pensamentos são os de muitos. Postei um artigo sobre o mesmo tema também algum tempo atrás e disse em outras palavras o que você disse no seu.
https://www.tiespecialistas.com.br/2010/11/lider-feito-e-lider-nato-a-equipe-percebe-a-diferenca/
Abraços,
Alexandre.
Alexandre,
Semore defendi este tese. Veja bem, não é vergonha o gestor não ser líder, ele pode fazer a gestão, mas terá muito mais dificuldade em manter a equipe em suas mãos, motivada do que o lider nato. Sabemos que encontrar um líder nato, não é fácil e se as empresas fossem esperar até encontrar um, seria até tema de piada, mas elas precisam se conscientizar deste tema e criar mecanismos, como disse no artigo de aproveitar os verdadeiros líderes, pois eles também acabam sendo foradores de opinião e sabemos que pode ser bom e ruim para empresa.
Bom, vou acabar escrevendo mais do que um simples agradecimento e te enfadar.
[]s,
Luiz Improta
Ótimo texto.
Parabéns Luiz! É sempre bom ler textos como esses e encher o tanque com o combustível da motivação.
Parabéns pelo artigo, Luiz!
É sempre interessante lembrar que podemos encontrar líderes em outros ambientes/atividades além do corporativo. Isto nos faz pensar em quanto a “atuação” do líder é mais ampla que a de um gestor.
Abraços,
Tatiana
Sr. Luiz Eduardo
Parabéns pelo artigo, achei de otima colocação, define perfeitamente o mercado que vemos hoje, se me permiti apenas complemento com uma frase “ser lider é como ser uma dama, se você precisa dizer que é, você não é”.
Excelente colocação Weder !! Muito obrigado pelo seu comentário !
[]s,
Luiz Improta