Ele falou que dava certo mas não funcionou. Ele prometeu mas não cumpriu. Ele planejou mas não conseguiu executar. Nestes casos faltou uma análise de viabilidade…o primeiro degrau para um resultado realista.
A descrença sobre uma pessoa talvez seja a pior parte de um relacionamento neste nosso mundo moderno, ela é o início de uma ruptura de confiança seja num relacionamento amoroso, empresarial, profissional, ou outro qualquer.
O princípio da descrença poderá ter iniciado por uma quebra de promessa ou insucesso de uma promessa não cumprida por falta de análise da viabilidade de execução do planejado. Ou seja, a pessoa não fez o prometido por que achou que dava para fazer e não fez…
A cena é comum no segmento de desenvolvimento de softwares, ambiente de desenvolvimento onde se “manipulam” conceitos subjetivos e obter soluções milagrosas.
Exemplo: “É só adicionar um botão ali naquela tela do programa…” (sem pensar se é possível adicionar o tal botão de forma tão simples), “É só montar uma planilha…” (sem verificar se os dados podem ser obtidos para montar a planilha).
Resultado: Nada do prometido ou suposto acontece…
No mundo automobilístico presenciamos desfilar nas ruas modelos de automóveis encantadores, chamativos e potentes. Por trás de todo esse sucesso existem milhares de profissionais especializados em suas áreas, cuidando de seus compromissos com os objetivos de cada tarefa perante a marca e a empresa em que ele trabalha.
São inúmeras tarefas interligadas com outras tarefas de seus colegas, sempre convergindo para a fabricação e venda daquele que irá nas mãos dos clientes para conquista da satisfação plena.
Mas, detalhando melhor, um carro nasce através de uma profunda pesquisa no mercado de sua potencialidade de consumo, fato seguinte é ”modelar” em argila, chamada comercialmente de CLAY.
Este modelo, chamado de Design Model é a primeira materialização daquela pesquisa de Marketing. Nem sempre o que está “modelado” ali é possível transformar em “máquina rodante”.
A pergunta clássica no meio automobilístico e empresarial é: será que é possível fabricar o que estamos vendo na argila? No modelo apresentado para a Presidência e Diretoria? Em outras palavras aquilo apresentado é VIÁVEL fabricar? E como diriam os americanos…Is it feasible?
Daí a etimologia da palavra FEASIBILITY, em português VIABILIDADE, ou misturando se tudo temos: Estudo de Feasibility, disciplina praticada nas montadoras para analisar os riscos e viabilidade de um sonho empresarial, de um projeto na fase de concepção.
Porém, aprendida da indústria, hoje com a prática da gestão do conhecimento, nada impede que o estudo de feasibility seja exercido por todos nós em ocasiões simples, como reforma de uma casa, planejamento de uma festa de casamento, viagem ao exterior, fechamento e assinatura de um contrato de negócios. A dica é vislumbrar os riscos baseando se na experiência passada.
Aliás, parte da teoria de Darwin, onde ele sempre dizia que Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças é aproveitável também no estudo de feasibility, pois, muitas vezes tentamos aproveitar o passado, por uma questão de solidez em atingir o sucesso, adaptando lhe inovações tecnológica.
Concluindo, podemos dizer que, para qualquer empreendimento não custa nada analisarmos por detalhe a viabilidade, a exequibilidade do projeto como parte da análise de riscos. Com esta prática certamente aumentaremos o nosso grau de confiabilidade pessoal.
[Crédito da imagem: Viabilidade – ShutterStock]