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Evolução ou Inovação: De Adam Smith ao BPM…

publicado por Marcelo Faria

Grandes mudanças e fundamentos foram identificados a partir do final do século XVII onde um livro inovador de Adam Smith, considerado o criador da economia moderna, chamado “Uma investigação sobre a Natureza e as causas da Riqueza das Nações”, questionou a divisão de trabalho em seu famoso exemplo sobre a fábrica de alfinetes, afirmando que sua teoria era a chave para aumentar a produtividade e conseqüentemente toda a riqueza de um país.

O próximo passo foi da evolução da administração cientifica de Taylor entre o final do século XVIII e inicio do século XIX, onde ele queria gerenciar os trabalhadores e acreditava que se os mesmos tivessem procedimentos e recebessem treinamentos, produziriam mais e melhor, através da especialização criando determinadas habilidades. Esse princípio foi à base da estratégia do sistema de produção em massa da Ford para ganho de escala e o surgimento da necessidade de controle, surgindo à supervisão funcional para verificar o tempo de execução das tarefas.

Contudo, no inicio do século XX passamos de evoluções lentas e graduais para ir ao encontro do começo das grandes inovações e disrupturas nos modelos, onde as principais teorias de gerenciamento de processos tiveram sua origem a partir do movimento de qualidade total (TQM) considerada como primeira onda em 1920, depois surgia à segunda onda em meados de 1980 até o final do século com a reengenharia de processos (BPR), e por fim na virada do milênio temos a terceira onda que é a orientação ao cliente e aos processos (BPM) com forte influência e tendências direcionadas para negócios globais.

A cada novo período a cadeia de valor era modificada e conseqüentemente a maneira como as rotinas de produção eram executadas, temos um grande registro da época com o filme “Tempos Modernos (Modern Times, EUA 1936)” de Charles Chaplin, nesse tempo o processo de especialização é facilmente identificado, onde o personagem Carlitos aparece em funções repetitivas e automatizadas, sendo os operários vistos apenas como força produtiva.

Entretanto, essa antiga estrutura funcional já não era mais suficiente para acompanhar e gerenciar os negócios, assim desde o fim da II Guerra Mundial foram surgindo diversos paradigmas para controle de produção e qualidade, como o PDCA do ciclo de Demming, que é mencionado em vários desses sistemas abaixo.

Process Evolution

Nessa nossa onda atual, BPM não é só modelagem de processos e sim a gestão do processo de ponta a ponta, sendo o mapeamento apenas uma etapa do ciclo BPM. Assim como existe uma enorme diferença entre “Gestão de Processo” e “Gestão por Processo”, vamos conversar mais profundamente sobre essa diferença, também sobre o relacionamento de projetos com BPM, cadeias de valor e tecnologias para executar processos (BPMS e SOA) em outros artigos.

Atualmente, poderia dizer que grande parte dos operários, funcionários, colaboradores, integrantes, participantes etc. sendo que o título dado pela instituição, de qualquer porte, não alteram em nada suas funções ou atividades, pois estão exercendo as mesmas práticas do século passado, através de suas estruturas hierárquicas de controle e divisão de pessoas por especialização.

Nos próximos 10 anos, eficiência nos processos e capacidade de adaptação e integração vão ser diferenciais para sobrevivência no mercado global, muitas deixarão de existir por falta de capacidade operacional para executar continuas inovações requeridas pelo negócio e por seus consumidores e/ou fornecedores. Assim como as novas organizações criadas em modelos funcionais orientados a serviços vão estar preparadas para atender a demanda mundial cada vez mais exigente.

Sucesso e Até breve!

Autor

PMP CSM ITIL, ISO/IEC 20.000 & 27.002 marcelo.faria@totvs.com.br

Marcelo Faria

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