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Conivência Ética

publicado por Roberto Carvalho

Esta semana deparei-me com uma grande questão, que vem me atordoando. Percebemos que o mercado de trabalho, principalmente nas grandes organizações, nas multinacionais, tem sido cada vez mais competitivo e estressante, principalmente dentro das organizações. Ao mesmo tempo a maior parte destas empresas está com dificuldades financeiras, visto que estou me referindo principalmente às empresas de origem européia e americana. Evidentemente, estão todas buscando sua compensação financeira em mercados como o nosso. Estas empresas não trazem aqui apenas seus produtos e serviços. Trazem também sua cultura, que em momentos de crise como este, deixam à mostra aquilo que dificilmente mostram ou capitalizam: Sua falta de ética.

Sob o pretexto de, dentro deste ambiente extremamente competitivo, obtenção dos resultados, vale quase tudo: Jornadas de trabalho desumanas, relações interpessoais desprezadas, remunerações minimas. À isto mistura-se a busca do mercado, seu dinamismo gigante e incessante. Evidentemente, as pessoas que estão envoltas nos processos de decisão acabam por sucumbir ao sedutor mundo das propinas. E, não tenho dúvida, isto é de conhecimento das empresas. Tanto para aquelas que dão (obviamente) como para aquelas cujos funcionários recebem, e armam todo o circo para que “as coisas aconteçam”.

É uma forma clara de remuneração indireta sobre a qual não se incide impostos, não se onera a folha, é variável, e é custeada pelo “mercado”. Há uma lógica financeira, uma lógica de mercado (oferta e procura ?), mas não tem absolutamente nenhum alinhamento com qualquer conjunto de valor ético. Esta prática não se alinha com as iniciativas de criação de fundações, participação em “Abrinqs”, publicação de termo de compromisso com o meio ambiente, com qualquer iniciativa de cunho social. É discurso para um lado, pratica para outro lado.

Talvez o fundo disto tudo esteja na educação, bem como na dinâmica de mercado que explora cada vez mais. Estamos nós, os Latinos, destinados a pagar a conta de uma Europa e América falidos? Qual o preço que estamos dispostos a pagar? Evidentemente a questão não é tão superficial como estou colocando, mas fica a preocupação de qual o legado estas Empresas nos deixam. E quando tudo voltar ao “normal”, o que nos restará do ponto de vista ético e moral?

Obrigado por sua leitura!

@carva45

Autor

Profissional de desenvolvimento humano. Atua com Coaching, mediação de grupos e de suas dinâmicas. Analista de perfil comportamental, com larga experiência no mercado corporativo. Co-autor do livro "Condicionados para o sucesso - Mudando Paradigmas"

Roberto Carvalho

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