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Como reter o conhecimento na empresa?

publicado por Fernando Goldman

Como reter o conhecimento na empresa?Prezados

É fácil perceber que há relativamente poucos casos de sucesso em Gestão do Conhecimento (KM). Isto se deve muito provavelmente ao fato de a maioria dos programas de KM se apoiar na triste idéia de reter conhecimento.

Os chamados programas para reter o conhecimento na empresa geralmente acabam desaguando nos 3C´s: capturar – codificar – compartilhar.

“Muitos dos nossos experts vão se aposentar em breve e vão levar consigo todo seu conhecimento”
Quantas vezes já não ouvimos essa ladainha? Há uma insistência em tentar resolver esse problema clássico contratando custosos programas de retenção de conhecimento, que acabam se mostrando, frustrantemente, de muito pouca utilidade.

Tal tipo de frustração é em boa parte resultado do desconhecimento de em que consiste a “expertise” e qual sua relação com a informação e com o conhecimento.

Expertise é mais do que conhecimento, que por sua vez, como tem sido largamente discutido neste blog, é muito mais do que a simples informação.

Expertise é baseada naquilo que todos os seres humanos imaginam ter, mas só alguns desenvolvem: bom senso.

Não sei quem disse isso da primeira vez, mas ele tinha razão: você certamente encontrará seres humanos se queixando da falta de uma série de coisas na vida, mas você nunca encontrará um ser humano reclamando de não ter bom senso.

Além disso, traduzir a palavra “expertise” por “especialidade” e “expert” por “especialista” não diz tudo sobre o papel do expert na empresa.

É certo que o conhecimento envolve a capacitação de definir problemas e conseguir resolvê-los, porém a expertise envolve a capacitação de diagnosticar de forma rápida e precisa uma situação e encontrar uma solução rapidamente, sem um longo processo analítico. A diferença entre um expert e um bom conhecedor de determinado assunto reside na forma como vêem o mundo e, em especial, no modo como vêem o seu campo.

Significa dizer: conhecimento tácito.

Assim, é simples entender porque programas de retenção de conhecimento falham, em sua grande maioria. Ao focar no conhecimento explicitável esses programas desconsideram que aquilo que os experts precisariam ensinar aos mais novos, para lhes propiciar expertise, também envolve a forma como os próprios experts pensam e sobre a qual nem eles mesmos estão cientes.

[Crédito da Imagem: Gestão do Conhecimento – ShutterStock]

Autor

Fernando Luiz Goldman, doutorando em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento no Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, é Engenheiro Eletricista pela UFRJ, com especialização em Gestão Empresarial pela FGV e mestrado acadêmico em Engenharia de Produção, pela Universidade Federal Fluminense - UFF, com linha de pesquisa em Conhecimento e Inovação Tecnológica, temas sobre os quais temdiversas apresentações e artigos publicados. Foi professor nas Universidades Santa Úrsula e Veiga de Almeida.Foi Diretor Regional do Pólo-RJ da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento – SBGC (2007-2011). Tendo atuado mais de 25 anos na área de projetos de Usinas e Subestações de alta e extra-alta tensão, atualmente ministra cursos profissionais nas áreas de Gestão do Conhecimento e Setor Elétrico Brasileiro em várias empresas, inclusive na área de Educação Corporativa de Eletrobras Furnas, onde coordena as atividades do Grupo de Trabalho de Gestão do Conhecimento e Inovação da área de Empreendimentos de Transmissão. Site: http://www.kmgoldman.blogspot.com.br/

Fernando Goldman

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