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Cabeamento categoria 8

publicado por Eduardo Afonso

Figura - Cabeamento Categoria 8

Sem dúvidas, hoje, o cabeamento em par trançado de cobre, categorizado, é a base da infraestrutura das redes internas nas edificações.

As duas organizações que exercem maior influência internacionalmente, com suas normas sobre cabeamento estruturado, são a ISO/IEC e a TIA. A primeira na Europa e a segunda nos Estados Unidos. Aqui no Brasil a ABNT tende a seguir a ISO/IEC.

A ISO/IEC define Classes de cabeamento e a TIA define Categorias. A tabela 1 mostra as que já foram publicadas, incluindo a posição da norma brasileira NBR-14565.

Categoria

TIA-568

Classe

ISO-11801

Banda

[MHz]

TIAISONBRBlindagem
A0,1simsimUTP
B1simsimUTP
3C16simsimsimUTP
5eD100simsimsimUTP
F/UTP
6E250simsimsimUTP
F/UTP
6AEA500simsimUTP
F/UTP
7F600simsimF/FTP
S/FTP
7AFA1000simS/FTP


Tabela 1: Categoria de cabos com 4 pares de cobre trançados

O subcomitê TR-42.7 da TIA (estuda cabeamento em cobre) aprovou, em reunião no final do ano passado, que o nome do próximo sistema de cabeamento em par trançado, com o objetivo de suportar 40 Gbps,  será “Categoria 8” e será publicada como Adendo 1 da TIA-568-C.2.

Ao mesmo tempo, no cenário dos equipamentos ativos, uma força tarefa da IEEE tem a missão de definir o padrão 40GbaseT, a ser publicado como a norma 802.3bq (40 Gbps em 30 m de cabo de cobre).

Os dois trabalhos, do passivo e do ativo, correm em paralelo, mas nada foi definido, além dos nomes. Há que se definir a codificação de linha, o baud rate, entre outros aspectos.

A transmissão nessa taxa é extremamente difícil e crítica para a base de conhecimento atual, entretanto o padrão em 40 Gbps se faz necessário principalmente para os Data Centers onde a eficiência é fundamental. Há uma linha de pensamento sugerindo que o comprimento do enlace fixo seja de 26 metros e o canal tenha no máximo 30 metros, considerando dois patch cords de dois metros. Esse comprimento tem uma explicação: é o suficiente para atender o cabeamento entre o switch central instalado no final do corredor (EoR = End of Row) e o switch no rack mais distante (ToR = Top of Rack). Considerando no máximo 20 racks no corredor, três metros de subida e três de descida, chega-se aos 26 metros.

Outra discussão que vai longe é a especificação do conector para 40 Gbps. A figura 1 ilustra um sistema de conectores GG-45, categoria 7A, lançado pela Nexans para suportar 40 Gbps.

Dessa forma, para um Data Center não seria preciso mais do que 30 metros de canal, o que pode viabilizar a norma e economizar energia, já que o transmissor só precisaria atingir 30 metros e não 100.

A ISO/IEC também está preparando a nova revisão de sua norma e há um esforço em alinhar as duas vertentes: ISO/IEC e TIA. Como são duas organizações essa denominação pode gerar um bocado de confusão, a tomar por base os trabalhos iniciais da TIA que especifica parâmetros de desempenho para a categoria 8 inferiores aos da categoria 7A.

A meta do IEEE é publicar o padrão em fevereiro de 2016. Antes disso não há como dizer se algum sistema passivo vai suportar o novo padrão. É preciso cuidado ao se afirmar que um sistema passivo suporta 40 Gbps, uma vez que a caracterização do sinal e a especificação da interface física ainda não estão padronizadas. Então é preciso citar a qual interface está se referindo, já que alguns fabricantes de ativos já possuem suas soluções proprietárias.

Autor

Atou como Gerente de Operacoes na Altice Lisboa, empresa de engenharia em redes. Profissional com M.B.A. pela Fundação Getulio Vargas em Gestão Estratégica em Tecnologia da Informação, Certificação Itil e Cisco CCNA. Experiência de 25 anos na área de Tecnologia da Informação de grandes empresas em projetos de Dados, Telecomunicações, redes, Infra-estrutura, segurança e Voip, equipamentos de rede, arquiteturas e protocolos relacionados.

Eduardo Afonso

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