– Só compro se você garantir que em três meses está instalado.
– Três meses, impossível. Tecnicamente não dá para implantar com menos de seis meses.
– Então não compro!
O resultado desta conversa você conhece. De maneira pejorativa apelidamos de “me engana que eu gosto”.
Para bater as metas de venda e atender os anseios de um cliente desesperado ou mal informado, as empresas prometem aquilo que sabidamente é impossivel cumprir.
Utilizam-se todos os artifícios para elaborar um cronograma que o cliente aprove, sinergias, horas extras e alocação dos profissionais aos sábados, domingos e feriados, do início ao final do projeto. Ninguém pensa em risco e esquecem do santo padroeiro dos projetos, também conhecido como Murphy.
Aprovações obtidas, champanhe estourada, todo mundo feliz. Vamos para a esperada reunião de início de projetos (Kick-off). Os times reunidos em um lindo e suntuoso auditório, o Gerente de Projetos fazendo a apresentação dos times, da estratégia e da metodologia de como será conduzido e entregue o projeto. Quando começa a apresentar o cronograma, o infeliz de um colaborador do cliente, que por azar da humanidade já participou de implantações semelhantes, levanta o braço e pergunta:
– Vocês tem alguma referência de uma implantação deste tamanho, com esta complexidade, neste tempo?
A promoção aconteceu, depois de tantos anos de carreira, inúmeros treinamentos, especializações e certificações, finalmente o tão sonhado cargo de Gerente.
Já não é de hoje que as empresas procuram vender soluções menos customizadas e mais padronizadas aos clientes.
A maioria dos artigos e matérias que lemos, fala a respeito de uma demanda gigantesca por profissionais de TI. Já li algo como 70 mil posições em aberto.
A TI sempre foi um sugador de investimentos, um entrave para o crescimento, com grandes dificuldades para entender e atender as áreas de negócio.
A quantidade de matérias e explicações sobre Cloud Computing deixa duas coisas claras: uma que todo mundo fala a mesma coisa e a outra que ninguém explica para o que serve.
Os assuntos sempre giram em torno dos grandes projetos, da enorme economia e dos medos em migrar para Cloud. O que é muito raro é encontrar matérias explicando quem seriam os maiores beneficiários com o Cloud.
Se a grande redução de custos com serviços de TI é uma das maiores vantagens para as empresas migrarem para Cloud, é obvio que as principais beneficiárias seriam as pequenas e médias empresas (PMEs).
Infelizmente, nem todo o crescimento que o Brasil vive está sendo capaz de tirar as pequenas e médias empresas da ilegalidade digital. Acredite, não é por falta de dinheiro, mas sim de informação!
Não podemos negar que os avanços acontecem e devem ser comemorados. Exemplo disso é a matéria da IDG NOW de julho,que focou nos projetos de Cloud para as pequenas e médias, a previsão é que a adoção de cloud para estas empresas irá dobrar em 3 anos no Brasil.
A Microsoft,na mesma matéria, apresentou uma pesquisa e revela que 33% das PMEs já são usuárias de nuvem e 45% devem contratar o modelo nos próximos anos.O e-mail é o serviço mais usado na nuvem, por 27% das companhias, devendo saltar para 63% em dois a três anos.
Em seguida está backup online, com 15% atualmente, crescendo para 41%. Mas nem só de e-mail e backup online vivem as PMEs.Os avanços são importantes e significativos, mas não o suficiente para colocar as PMEs totalmente na legalidade digital.
Empresas decidem implantar um outsourcing de TI, quando percebem que estão gastando muito dinheiro com áreas que não fazem parte do negócio da empresa.
Na semana passada, falamos dos modelos de outsourcing mais comuns, aqueles que focam apenas na economia, mas como ficam as empresas depois que o outsourcing é implantado?
Como falei na matéria passada na definição literária o Outsoursing tem o objetivo de reduzir custos e colocar “para fora” uma área que não tem relação direta com o negócio da empresa.
As mais diversas literaturas mencionam que “ A terceirização em tecnologia da informação originou-se da necessidade de cortar custos e reduzir pessoal devido às crescentes despesas com o setor de informática, geralmente não compatível com seu resultado para as organizações, ou seja, insatisfações quanto ao custo, a qualidade e o desempenho das unidades de TI.”