Já parou e pensou sobre se vale a pena fazer melhor no trabalho?
Eu acredito que sim, vale a pena, até atingir o limite.
Falo do seu limite de tolerância: até onde você consegue nadar contra a maré, até onde você consegue suportar suas opiniões sendo ignoradas, sua experiência e seu conhecimento sendo desprezados? Essas respostas só você é capaz de achar.
O que aprendi nesses meus doze anos de carreira é que nada vale mais do que a nossa saúde. Temos a obrigação, por amor próprio, de evitar que esse descaso no trabalho abale nosso emocional, nossa vida pessoal, nosso bem estar ou que coloque em risco nossa autoconfiança.
Muitas empresas contratam um excelente funcionário: comprometido, dedicado, perspicaz, inteligente e simplesmente tolhem dia após dia sua capacidade analítica e intelectual. Isso gera um tremendo desconforto que poderia ser evitado se esse funcionário – considerado “certinho demais” – não fosse contratado, simples assim.
A você que é chefe (digo isto, pois, um líder dificilmente cometeria esse equívoco) e gosta de comandar, de trazer o funcionário pelo cabresto, uma dica: avalie melhor sua escolha e opte por alguém pouco experiente, inseguro, que precise ser comandado para realizar suas atribuições. Acredite, você poupará tempo, dinheiro e muito estresse.
A você que é um bom funcionário, o tal “certinho demais” citado anteriormente, e está passando por isso lembre-se: sua saúde física e emocional não tem preço. Caso se encontre em uma situação desse tipo e perceba que não tem como resolver, pois, a cultura da empresa ou da chefia não vai mudar, mude você. Só existem dois caminhos: trocar de emprego ou adaptar-se ao ambiente.
A primeira opção não é fácil, principalmente, na nossa economia atual. Entretanto, há vagas no mercado, busque-as e permita-se fazer concessões que o possibilite ingressar em uma organização que saiba lhe dar o merecido valor.
No caso da segunda opção, gostaria que você compreendesse que adaptar-se não significa diminuição da sua qualidade profissional, mas sim uma mudança comportamental (e algumas vezes de valores). Você terá sua capacidade analítica limitada, ou seja, precisará aprender a questionar menos e executar mais. Seguir ordens e pronto.
Para algumas pessoas isso é simples, para outras um profundo sofrimento.
Portanto, avalie bem o que você está vivendo. Analise o cenário e veja se há chances de melhora. Faça uma avaliação interna e repare se está afetando sua saúde. E, o mais importante, não conceda a ninguém o poder de abalar sua confiança.
Boa sorte.
[Crédito da Imagem: Melhor Trabalho – ShutterStock]