Estamos no final de 2012. E aparentemente os maias erraram. Aliás, prever o futuro é quase impossivel. De maneira geral, a previsões falham porque não conseguimos identificar as informações realmente relevantes em meio ao ruído de dados e informações que nos cerca. Muitas vezes, limitados pelas nossas experiencias, presumimos que a realidade atual vai se repetir indefinidamente. E não consideramos disrupções e quebra de paradigmas. Em fins do seculo XIX o jornal londrino The Times previu que a sujeira dos cavalos soterraria Londres em menos de 40 anos. Mas, poucos anos depois, surgiu o automóvel, que foi uma disrupção nos meios de transporte. Na área de TI os últimos dez anos trouxeram muito mais mudanças que os 50 anos anteriores. Portanto, há dez anos, nenhuma tendência incluiría smartphones, tablets, Facebooks e Twiters (leia-se mídias sociais) e cloud computing. E com a aceleração crescente das mudanças tecnológicas as chances de acerto de qualquer previsão diminuem drásticamente!
Na minha opinião, cloud e mobilidade tem uma relação tão intima e sinérgica que não podemos falar de um assunto sem incluir o outro. Sem um ambiente dinâmico de cloud computing no background torna-se impossivel atender aos requisitos de escalabilidade e flexibilidade que as apps demandam. Além disso, com cloud, apps inovadoras podem explorar novas funcionalidades como as proporcionadas por imensos volumes de dados (Big Data), impossiveis de serem coletados individualmente. Esta sinergia já aparece em aplicações como DropBox e iCloud. O serviço Google Maps Coordinate também é um outro belo exemplo desta sinergia: http://www.google.com/enterprise/mapsearth/products/coordinate.html . Na verdade, estamos visualizando duas nuvens sinérgicas: de um lado, uma nuvem de dispositivos móveis que as pessoas possuem, sejam smartphones e tablets, de diversos fornecedores e tecnologias e de outro, o imenso poder computacional concentrado em “cloud data centers”. Estas duas nuvens, conectadas, criam o espaço para criarmos apps inovadoras.
Nos proximos anos mais e mais apps inovadoras estarão surgindo e se tornando, pelo menos por algum tempo, “killer applications”. Isto significa que elas terão dezenas ou até mesmo centenas de milhões de downloads por mês durante algum tempo. Estas aplicações, quando utilizadas, demandarão uma imensa capacidade computacional para atender a seus usuarios. E, um complicador a mais, com demanda altamente variada, quase impossivel de prever. Um data center tradicional, configurado para atender a periodos de pico será excessivamente custoso e tornaria o projeto inviável.
Falamos muito em mobilidade e o desenvolvimento de apps extremamente inovadores para smartphones e tablets. Mas existe um ponto que venho observando que tem sido pouco comentado: o seu impacto na arquitetura de software. O ambiente de desenvolvimento está sendo sacudido pela chegada simultânea de quatro ondas tecnológicas, que juntas causam um verdadeiro tsunami: cloud computing, mobilidade, social business e Big Data.
Estas tecnologias e conceitos mudam de forma radical o “pensar” sistemas e em consequencia os arquitetos de software tem que atualizar suas visões de como construir seus sistemas. As grandes aplicações monolíticas e mesmo o já tradicional modelo mental do client-server de duas ou três camadas não tem muito mais espaço neste cenário.
Falamos muito em mobilidade e o desenvolvimento de apps extremamente inovadores para smartphones e tablets. Mas existe um ponto que venho observando que tem sido pouco comentado: o seu impacto na arquitetura de software. O ambiente de desenvolvimento está sendo sacudido pela chegada simultânea de quatro ondas tecnológicas, que juntas causam um verdadeiro tsunami: cloud computing, mobilidade, social business e Big Data.
Estas tecnologias e conceitos mudam de forma radical o “pensar” sistemas e em consequencia os arquitetos de software tem que atualizar suas visões de como construir seus sistemas. As grandes aplicações monolíticas e mesmo o já tradicional modelo mental do client-server de duas ou três camadas não tem muito mais espaço neste cenário.
Por outro lado, este cenário turbina um conceito que foi muito falado e pouco implementado na prática que é o SOA (Services Oriented Architecture). Interessante que há poucas semanas, em uma palestra em uma conhecida universidade, perguntei sobre SOA e poucos alunos conseguiram definir claramente seus principios. Ou seja, a base fundamental para criarmos os novos sistemas está meio esquecida…Torna-se urgente resgatar seus conceitos.
A mobilidade por si traz novos desafios. Não se deve pensar em apenas replicar para smartphones e tablets os sistemas escritos para o modelo de mouse e teclado. Devemos pensar em sistemas inovadores, que explorem os recursos dos equipamentos móveis como cameras, microfones, giroscópios, acelerômetros, GPS e diversos outros. A multiplicidade de sensores destes equipamentos nos permite criar aplicativos que capturem e processem dados oriundos das mais diversas fontes. Isto por si é um desafio, pois os diversos fabricantes configuram estes recursos de formas diferentes. Além disso estes recursos podem gerar volumes de dados significativos como os videos.
Big Data, Mobilidade e Social Media. Embora muitas vezes estes temas sejam apresentados de forma independente.
Agilidade, enriquecer a comunicação e prover o acesso a dados e informações relevantes são requisitos cada vez mais imprescindíveis para as empresas possam.
Empresas solicitam visitas para demonstração de virtualização de Desktops como o XenDestkop da Citrix, esperando que esta é a melhor solução.
Cenário: sala de reunião de uma grande empresa e o assunto era como integrar mobilidade na estratégia de TI que eles estavam desenhando. Tema bem quente!
Há poucos dias terminei de ler um relatório do Gartner, “CEO Survey 2012: The Year of Living Hesitantly”, onde cerca de 300 CEOs do mundo todo foram questionados sobre diversos assuntos relativos ao cenário de negócios e ao uso de TI. Pensei muito sobre as conclusões do relatório e tive alguns insights que gostaria de compartilhar aqui.
Outro dia, em dos meus incontáveis vôos pelo País, entrei no avião um pouco atrasado e enquanto caminhava apressado até a fila quinze observei um fato interessante: todos, mas todos os passageiros estavam usando smartphones e tablets.