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Qualidade em TI – O que fazer antes de terceirizar Testes

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Qualidade em TI – O que fazer antes de terceirizar TestesNo  último texto falamos a respeito das questões que indicam a terceirização das atividades de Testes de Software. Neste vamos discutir o que é necessário antes de terceirizar estas atividades de Testes de Software.

Terceirização de serviços requer trabalho prévio de organização e preparação. A terceirização de serviços de TI em geral e de Testes de Software em particular não é diferente.

Como a terceirização normalmente é uma decisão da alta direção da organização, comece por organizar a casa com os aspectos de gestão, portanto arregace as mangas e arrume a casa quanto a estes aspectos.

Arrumar a casa implica em ter os objetivos da terceirização bem definidos para estabelecer as metas que irão orientar a gestão da terceirização.

Objetivos e metas precisam ser subsidiadas pelas regras da organização, que são materializadas pelas políticas, metodologias e processos.

A Política de Terceirização de Serviços precisa ser revisada e publicada com regras claras quanto a qualificação e seleção dos prestadores de serviços.

A Política de Qualidade de Sistemas e Software precisa ser revisada e publicada quanto aos indicadores de qualidade que irão nortear as metas para os Testes.

A Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas precisa ser revisada e publicada quanto aos processos que tratam os Testes definindo claramente as evidências de execução do processo, principalmente quanto aos interfaces entre a área de desenvolvimento de sistemas e os prestadores de serviços de testes.

O processo de Administração de Contratos deve contar com contrato específico para serviços de terceirização das atividades de testes, que deve incluir cláusulas de entrega das evidências de execução das atividades e de apuração dos indicadores de qualidade e das metas estabelecidas. Este contrato permite a organização cobrir aspectos administrativos e jurídicos que envolvem a terceirização.

As políticas e a metodologia irão dar bases para a gestão dos serviços de testes quanto ao acompanhamento e gerenciamento dos serviços.

Em artigo anterior elencamos os motivos para terceirizar as atividades de testes. Estes motivos, devem ser transformados em objetivos e desta forma definir também indicadores para a gestão dos serviços, assim se o motivo é:

  •  Demanda elevada por Testes – verifique se a elevação é temporária ou prolongada, exigindo indicadores pontuais, ou gerenciamento efetivo sobre as atividades, o que implica em apuração e acompanhamento de indicadores;
  • Falta de expertise em Testes – neste caso o contrato deve prever se a terceirização irá suportar a aquisição de expertise com internalização futura das atividades e descontinuidade dos serviços, ou não;
  • Custos de Testes – neste caso há que se acompanhar os índices de produtividade e a revisão periódica das metas, ou corre-se o risco de não alcançar o benefício desejado;
  • Necessidade de independência – este caso indica terceirização definitiva e realça a necessidade de implementação de todos os aspectos mencionados quanto a políticas, metodologia, processos e contrato;
  • Necessidade de Certificação dos Testes – é o caso que pode indicar terceirização temporária e, após adquirida a certificação necessária a atividade pode ser internalizada;
  • TI não é atividade foco da organização – é outro caso que indica terceirização definitiva e realça a necessidade de implementação de todos os aspectos mencionados quanto a políticas, metodologia, processos e contrato.

Aspectos que devem considerados durante a revisão das políticas, metodologia, processos e contratos são:

  • Qual será a estratégia para Testes?
  • Quais tipos teste de software serão conduzidos e de que forma serão executados (no local do Cliente ou remotamente, incluindo Off Shore, ou seguindo as premissas do cliente)?
  • Como e onde será feito o Planejamento de Teste?
  • Como será a Análise dos Resultados?
  • Como será executada a Gerência de Defeitos?
  • Qual o método e ferramenta para Estimativas para Testes?
  • Quais os indicadores, como serão apurados e quais as Metas para Testes?
  • Como será considerada a automação de Testes?
  • Como será conduzida a avaliação e seleção de ferramentas de Teste?

Gestão de Testes com estabelecimento dos níveis pertinentes de SLA e SLM é a orientação que se deve ser considerada para a atividade, independente de terceirização  pontual, ou mais extensa e qualquer que seja o fator motivador.

Em nosso próximo texto vamos falar sobre Qualidade em TI – Quem tem medo da manutenção?

[Crédito da Imagem: Testes – ShutterStock]

Paul Robert Bergami
Professor de Qualidade de Software, Auditoria de Sistemas e MBA/TI, Economista pela FEA-USP com pós em Qualidade e Produtividade pela POLI-USP, especialista em qualidade de software para usuários e fornecedores de TI. Mais de 30 anos como Gestor em TI para Bancos, Consultorias, Marketing, Serviços e Governo. Focado em soluções pragmáticas de TI que aliam resultado e satisfação de clientes e acionistas, experiência internacional em London/UK no desenvolvimento de aplicativos bancários mundiais e Nova York/USA em consultoria para conformidade à Sarbanes & Oxley. br.linkedin.com/in/bergamipaul/

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