Algo que provavelmente aborrece muitos profissionais de TI é o grau de exigência dos clientes interno nas entregas dos trabalhos.
Muitas vezes aparecem ideias mirabolantes, complicadíssimas e completamente diferentes de qualquer coisa que esteja disponível dentro da organização. A sensação dos especialistas de TI deve muitas vezes ser a de que todo trabalho precisa começar do zero. Definitivamente o tal do Murphy não devia ser da área.
E uso minha experiência pessoal como exemplo. Nós profissionais de marketing somos orientados desde o início a não colocar limite algum na elaboração de um projeto, campanha ou ação. É nosso dever planejar sempre do modo que permita a melhor obtenção dos resultados desejados. E estes objetivos sempre estão relacionados aos ganhos da empresa e benefícios aos clientes. Lamento, mas o objetivo da campanha nunca foi e jamais será o de facilitar a vida do pessoal de TI.
Certa ocasião ouvi a frase “imaginou, dá pra fazer”, e desde então notei que quando o assunto está relacionado a tecnologia, é a mais pura verdade, leve o tempo que levar.
E sobre o tempo, lembrei do surrealismo dos prazos. Não raras são as vezes em que o trabalho é para “ontem”. Até a tática de quebrar os projetos em fases para gradativamente dividir as entregas já está manjada e sendo usada como orgumento em favor dos clientes.
Alguma coisa está fora da ordem?
Os clientes de TI estão cada vez mais dependentes para a realização de qualquer trabalho, tem um o nível de exigência altíssimo e não aceitam o não como resposta. Definitivamente, estão muito mal acostumados.
Baseado nestas conclusões, é minha obrigação de defensor dos clientes dizer a TI está fazendo um bom trabalho. E sobre a pergunta feita dois parágrafos acima, minha conclusão é não.
Alguma coisa está DENTRO da nova ordem mundial.
Não acham?