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Liderança e Gestão de TI: Pronto para um novo estilo?

publicado por Leandro Liez

Figura - Liderança e Gestão de TI: Pronto para um novo estilo?Estudando sobre um assunto para escrever meu próximo artigo, percebi um movimento interessante dos colaboradores e das empresas. Um novo modelo de liderança – sem cargos pré-definidos, sem ser baseada em hierarquia.

Novo estilo de liderança?

Esse novo modelo de liderança altera a participação dos gestores, diretores e até líderes técnicos para um outro nível. Gestores mais participativos, mais perto de sua equipe, com um perfil “mão na massa”. Da mesma forma, os funcionários estão mais preparados para o mercado e cada vez mais adquirem novos conhecimentos técnicos. Não é difícil termos um funcionário mais especialista que um líder. Nesse caso, o papel do líder deve ser muito mais colaborativo, evitando problemas e dando diferentes soluções para a equipe. Se uma pessoa da equipe sabe sobre um assunto, quer dizer que a equipe sabe. Não tem mais a individualização. São pessoas trabalhando para um bem comum!
O que se sobressai é a equipe, não o líder ou os colaboradores. A participação do líder começa a ser muito mais importante, pois ele irá definir o ritmo da equipe e para onde ela tem que ir; além disso, deve definir as prioridades e delegar cada vez mais atividades de decisão, deixando toda a equipe no mesmo rumo, nadando para o mesmo lado.

O que se sobressai é a equipe, não o líder ou os colaboradores.

Onde isso acontece?

Claro que todas as empresas podem utilizar esse modelo, mas isso funciona melhor onde as mudanças são aceitas naturalmente. Muitas empresas e consultorias de TI (que é ramo onde eu trabalho) estão utilizando essa forma de trabalho. Alguns bancos com ideias inovadoras também estão adotando esse modelo. Muitas e muitas agências de publicidade. Claro que isso leva tempo, porque rever e alterar a hierarquia de uma empresa já consolidada não é fácil.

As empresas onde isso é mais natural, são as que investem na formação dos líderes: Cursos sobre liderança, feedbacks, assertividade e coaching; todos esses pontos tem ganhos para o processo e principalmente para o profissional. Empresas de TI tendem a facilitar esse processo, por ter cargos mais bem definidos e pessoas muito especializadas. Empresas de publicidade e mídia também tem seu caminho facilitado, visto que a criatividade e a mudança fazem parte da cultura da empresa. Bancos com ideias inovadores, com aplicativos onde a colaboração e as ideias são importantes, também fazem parte desse processo.

Motivação para implementar esse modelo

Depois disso tudo, ainda pode surgir a dúvida: mas porque devemos implementar esse modelo? Tem muitos motivos, alguns deles: melhorar os processos internos, deixar as pessoas mais motivadas, fomentar o crescimento da equipe, aumentar o nível de colaboração da equipe com a empresa, criar novos líderes, melhorar a comunicação entre a hierarquia da empresa, entre outros. Os líderes têm uma função essencial nesse novo processo: desenvolver novos líderes – dessa forma, conseguimos aumentar a equipe, sem a perda de performance. A equipe cresce, a empresa cresce!

Os líderes têm uma função essencial nesse novo processo: desenvolver novos líderes – dessa forma, conseguimos aumentar a equipe, sem a perda de performance. A equipe cresce, a empresa cresce!

Agora o ponto que eu acho mais importante: Ideias!! Para que tudo isso funcione, todos devem ser ouvidos. Todos têm boas e novas ideias para melhorar um processo, para um novo produto, para reuniões, para melhorar o ambiente de trabalho, para a visibilidade da equipe na organização… isso só pode acontecer de um jeito: com um processo de feedback constante, que leve as pessoas a realmente identificarem o que está ruim ou o que não está tão bom e melhorar. Colaboração é o ponto principal desse processo! Não ouvir as pessoas nesse novo modelo é caminhar para o lado errado!

Para que tudo isso funcione, todos devem ser ouvidos.

Líder não precisa ser chefe!

Definir quem vai ser o líder apenas pela hierarquia da empresa pode ser um problema. Vários pontos devem ser analisados nesse caso, alguns deles: Qual o tipo da atividade a ser exercida? Quem faria essa atividade melhor? Essa pessoa consegue passar o conhecimento para outras? Tem um perfil de liderança? Se não tem, como podemos desenvolver isso? As pessoas da equipe respeitam e seguem esse funcionário? A equipe está preparada para essa mudança? Respondendo essas perguntas, vai ficar mais claro quem pode ser um líder em um determinado projeto, ou até mesmo em apenas uma atividade.

Um ganho desse ponto é que novos líderes vão ser formados naturalmente. As pessoas têm que ser motivadas a gostar de liderar e não apenas estar na equipe.

Contras

Existem algumas empresas onde esse método de trabalho pode não funcionar. Empresas com uma hierarquia totalmente vertical, com vários níveis gerenciais. Quanto maior essa cadeia, mais longe o colaborador, que põe a mão na massa e faz a empresa crescer, vai estar dos objetivos da organização. Nesse caso, os objetivos acabam não sendo os mesmos. Os cargos mais altos, com funções mais estratégicas, definem um modelo de trabalho diferente dos cargos operacionais. Fica cada um remando para um lado e a empresa não sai do lugar.

Existem algumas empresas onde esse método de trabalho pode não funcionar. Empresas com uma hierarquia totalmente vertical, com vários níveis gerenciais. Quanto maior essa cadeia, mais longe o colaborador, que põe a mão na massa e faz a empresa crescer, vai estar dos objetivos da organização.

E o mesmo ponto que encaixa no que pode motivar a implantar o processo, pode ser decisivo para não o fazer. Como mostrar para os gestores que suas equipes terão outra pessoa como líder? Dependendo da resistência que isso tenha, vai ser um processo tão doloroso para a empresa que pode não ser recompensador, pelo menos no primeiro instante. O principal problema encontrado nesse processo são as pessoas resistentes a mudanças.

Conclusão

É um processo lento, mas necessário para todas as empresas. Claro que podem ter vários pontos a serem abordados no meio do caminho. O que funciona em uma empresa pode não funcionar para outra. Tem que olhar como cada área vai reagir a isso, para não criar um problema maior, ao invés de um processo melhor!

De qualquer forma, é válida a tentativa de mudar o rumo da liderança nas empresas. Só dessa forma conseguiremos profissionais mais motivados, engajados e dedicados a realmente fazer a empresa dar certo.

Autor

A minha experiência como executivo de TI mostrou-me que o foco do desenvolvimento das equipes não está nas qualidades técnicas, e sim nas qualidades individuais de cada um. Também sou apaixonado por novas tecnologias (como BlockChain, Machine Learning, IOT e Inteligência Artificial) e estou sempre pronto para aprender e ensinar coisas novas. O relacionamento com o cliente sempre fez parte do meu dia a dia: monitorando, gerenciando e controlando o escopo do produto/projeto e agregando valor as soluções apresentadas. Durante toda minha carreira, adquiri conhecimentos técnicos específicos, muito úteis para abordagens técnicas com a estrutura organizacional.

Leandro Liez

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