A grande quantidade de dispositivos existentes torna a vida do designer de interfaces muito mais complicada e atraente.
Existiu um tempo onde a interface desenvolvida era feita ao agrado do seu desenvolvedor, onde o essencial era o sistema, a importância era a plena funcionalidade e a criatividade limitava-se a animações ou efeitos especiais. Em outro tempo a forma tornou-se mais importante que o conteúdo, fazendo aflorar as mais diversas mentes criativas elaborando os mais diversos labirintos virtuais com menus ocultos e formulários pulsantes.
Chegamos então à era do equilíbrio, onde o foco é no usuário, em um tempo em que a informação circula cada vez mais rápida e todos se tornam adeptos da tecnologia. E para que uma interface seja agradável, existem muito mais requisitos do que apenas ser bonita. Precisa ser organizada, leve e intuitiva para o usuário e adaptável para o designer de interfaces.
A escolha de um Framework para o seu Front End pode ajudar
Muitos profissionais ainda começam seus códigos do zero, afirmando que isso garante um maior controle sobre os projetos e um código exclusivo. Porém como fica a manutenção após a sua ausência nessa etapa do projeto? E se não contemplar um manual para a manutenção do mesmo?
Que fique claro que o framework é uma ótima base para se desenvolver um projeto sustentável, além de deixar o projeto menos custoso, mas é necessário um bom nível de conhecimento técnico para que você possa personaliza-lo sem alterar sua estrutura base e nem correr o risco de deixar todos os seus projetos com a mesma cara.
Existem muitas ferramentas no mercado, algumas com manual já traduzido e biblioteca extensa, outras ainda começando. Em artigos futuro falaremos de algumas dessas ferramentas.
Responsivo
Uns navegam no tablet, outros no celular, uma parte gosta das telas wide e outros só possuem as telas convencionais, tem gente que navega na tela da geladeira, outros na televisão. A quantidade de dispositivos que podem ser aplicadas cria uma nova escrita nos códigos CSS que passam a contemplar as várias possibilidades de navegações do usuário que antes estava preso na resolução adequada, mas que atualmente usa a resolução que deseja.
Uma grande parte dos desenvolvedores de interface ainda utiliza como medida máxima os 1024 x 768, o que não gera nenhum desconforto, mas o problema fica por conta da medida mínima, já que a maioria dos dispositivos não convencionais tem resolução menor que o padrão atual.
O design responsivo flui de maneira melhor sem desorganizar ou distorcer o conteúdo independente da disposição da tela, trazendo a sensação de que a interface se adapta ao usuário e se torna comum ao uso, mostrando preocupação com quem navega, tornando fácil o uso e sem a necessidade de criar telas diferentes para resoluções e dispositivos diferentes.
Intuitivo. Não oculte nada, isso trará um trauma. Deixe tudo o mais óbvio possível.
Algumas das maiores tendências hoje em dia são: a simplicidade, cores chapadas, imagens vetoriais escalonáveis, tipografia simples, entre outras. Mas o que de fato aumenta o desempenho do usuário é a obviedade. Um front-end intuitivo logo se torna óbvio em seu uso por tratar realmente daquilo que foi prometido e muitas vezes dispensa o uso do manual.
Exemplo: Se foi criado um botão com intenção de excluir um registro, nomeie o botão com EXCLUIR, ou EXCLUIR REGISTRO e se optar por um ícone, use imagens óbvias como o desenho de um “X”.
O estilo visual deve pode ser usado como um sinal de confiança para ajudar as pessoas a compreender a linguagem fundamental de navegar sua interface: onde estou e onde eu posso ir. Para comunicar isso claramente aos seus usuários, os estilos de suas ações “clicáveis” (links, botões), elementos selecionados (itens escolhidos), e texto simples devem ser claramente distintas uma da outra e, em seguida, aplicado de forma consistente através de uma interface.
Na posição certa.
O posicionamento dos objetos na tela influencia no desempenho do usuário. Somos ocidentais e escrevemos da esquerda para a direita e de cima para baixo. Portanto as áreas de maior destaque devem seguir esse padrão.
Dica Importante: Coloque o menu na esquerda ou no topo, qualquer usuário do sistema irá intuitivamente nessas posições para navegar.
Seja Objetivo
Durante o desenvolvimento é fácil criar, involuntariamente, várias sessões que possuem a mesma função. Mantenha-se atento para as funcionalidades duplicadas e que estejam rotuladas de maneiras diferentes, pois deixa o usuário confuso (e não queremos isso). Muitas vezes, quanto mais fragmentado a Interface, maior a curva de aprendizado do seu usuário.
Temos que ser firmes o suficiente para resistir à tentação de seguir os modismos e sensíveis para entender quais as novas e verdadeiras tendências.
Ouça, se informe, aprenda, até ouse, e lembre-se: O maior agradecimento que temos de um usuário é quando ele não liga de volta pedindo suporte no uso do sistema.
Ótimo artigo! Recomendarei…
Gostaria de parabenizar o artigo e dizer que já estou de plantão aguardando a próxima publicação para receber dicas sobre, Ferramentas com manual traduzido e biblioteca extensa, poderia nos dizer se também existe alguma ferramenta boa de baixo custo ou até mesmo free.
Boa tarde amigo!
Obrigado pela leitura e comentário do artigo.
Existem um framework que atualmente eu utilizo que é o Bootstrap. É ótimo para desenvolvedores HTML + CSS já que possui um pacote extenso de recursos e já estar integrado com um biblioteca jquery.
Se for para controle de conteúdo, eu aconselho o Word Press, nele você também pode encontrar vários temas agradáveis que podem ser personalizados com facilidade.
Mais adiante farei um artigo comentando sobre esses assuntos.
Muito bom artigo, to esperando mais conhecimento…não demore 😉
Uma dúvida quanto ao uso de frameworks, principalmente gratuitos. Ao utilizar framworks você não acaba por ficar dependente de uma ferramenta? E o que ocorre se ela se tornar paga ou por exemplo for abandonada pelo desenvolvedores oficiais?
Boa noite César, desculpe a demora em respondê-lo.
Sim, podemos ficar dependentes se assim quisermos.
Um framework deve servir como um ponto de partida para a padronização de um código, mas por ser um código aberto, você pode usar dessa mesma padronização afim de criar uma estrutura própria para o trabalho e mesmo que este seja descontinuado pelo desenvolvedores oficiais, pode ser continuado por você e sua equipe.
O exemplo é o Gantry, que mesmo sendo um framework completo e bem estruturado tem como base o Bootstrap (http://www.gantry-framework.org/documentation/joomla/basics/).