Cloud Computing

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Virtualização, mito ou realidade?

publicado por João Batista Balbino

Estamos passando por constantes mudanças nos últimos anos, tanto na economia como na política de mercado, tendo estas, influência direta ou indireta sobre a tecnologia. Estas mudanças, tem levado as empresas, cada vez mais a discutirem e buscarem formas de reduzirem custo, risco e complexidade de seus ambientes de TI. Neste cenário, a virtualização se tornou um componente chave para o desenvolvimento de uma estratégia eficiente na busca destes objetivos. Dentre os desafios enfrentados nos datacenters podemos destacar:

  •    Eficiência energética;
  •    Datacenters que atingiram a capacidade máxima;
  •    Servidores subutilizados;
  •    Gerenciamento e Segurança complexa dos servidores;
  •    Hardware e sistemas legados;
  •    Problemas de compatibilidade de aplicações;
  •    Crescimento exponencial dos dados.

Para entendermos um pouco mais sobre virtualização, temos de fazer um paralelo entre o que é “real” e o que é “virtual”. Seguindo este raciocínio, real é algo concreto, físico, enquanto o virtual está associado a algo abstrato, assim, podemos definir virtualização como sendo a criação de ambiente virtual que simula um ambiente real, de forma que seja possível a utilização de sistemas e aplicativos, sem necessidade de acesso a máquina, na qual estão hospedados.

Este termo não é novo, pois foi utilizado pela primeira vez em 1959, como “Múltiplas Aplicações” por Christopher Strachey e anos depois, a IBM chamou de “Múltiplos Sistemas Operacionais” utilizando em seus mainframes, computadores de grande porte, capazes de substituir vários servidores e executar diferentes sistemas operacionais. Independente da época, o objetivo é o mesmo, no passado tratava-se da redução de tempo na execução das tarefas, hoje, vemos como fundamental para redução de custo.

Há basicamente três tipos de soluções em virtualização para atender a infraestrutura de TI, que são:

  •     Virtualização de servidores (Hypervisor);
  •     Virtualização de aplicativos;
  •     Virtualização de desktops.

Virtualização de servidores: Conhecidos como hypervisor, são sem dúvida o mais usado entre os três. Hypervisor é a tecnologia que permite a um único servidor físico rodar, simultaneamente, mais de um Sistema Operacional, mesmo que sejam heterogêneos. Isso mesmo, você pode, em um mesmo equipamento, executar Windows Server, Novell, Linux e Unix. Um fator determinante para adoção desta é o gerenciamento centralizado, manutenção e otimização de de espaço.

Virtualização de aplicativos: Basicamente, virtualização de aplicações é a possibilidade de acessar, utilizar e produzir aplicações de forma remota, sem a necessidade de instalação da mesma no computador (máquina) na qual se está operando. Primeiramente, este acesso era feito apenas em LAN ou através de VPN, sendo obrigado a configuração de um cliente, como se fosse um discador antigo de ASDL, mas com o surgimento do mundo Web, hoje é possível o acesso via internet, de forma simples, fácil e segura, com possibilidades até de acessos mobile através de smartphones e tablets. Cada vez mais se tem falado sobre esta, com o crescimento e concretização do SOA.

Virtualização de desktops ou VDI: Consiste em criar instâncias de máquinas virtuais, também chamados de desktops virtuais, para os usuários da rede, com recursos avançados de gerência, controle e segurança. Os usuários podem fazer acesso às suas máquinas virtuais através dos conhecidos thin clients, de conexões TCP, ou simplesmente através de um navegador web comum. É uma grande tendência, devido à iminente demanda por gestão e segurança das informações corporativas. É também, uma tecnologia que assim como as grandes ondas, voltam a tona, ganhando espaço, já que tivemos uma experiência como esta, na época dos mainframes, a qual perdeu espaço, devido ao alto custo, mas, com a atual tecnologia dos servidores, tornou-se viável.

Como vimos, a virtualização pode ser vista como sinônimo de economia, produtividade e gerenciamento. O que vale notar nessa conversa, são as razões para se utilizar a virtualização e quais benefícios podemos agregar com o uso desta tecnologia. Fato é que a cada dia tem-se discutido mais sobre o assunto, surgindo também novas ferramentas de implementação, quer seja em servidores, desktops ou aplicações.

Autor

Profissional de TI com 17 anos de atuação, formado em Sistemas da Informação, com ampla experiência no gerenciamento de projetos seguindo as práticas do PMI, SCRUM, ITIL, COBIT e normas ISO 20000 e ISO 27001. Conhecimentos em Planejamento estratégico utilizando Balanced ScoreCard, Redesenho e Automação de Processos, Integração de Sistemas, implementação de Soluções, Cloud Computing, Grid Computing, Virtualização, BI, ROI, Gestão de Equipes e pessoas.

João Batista Balbino

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