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Engravidei e agora?

publicado por Alberto Parada

Engravidei e agora?A emoção é indescritível, a sensação é maravilhosa, sem os medos de engravidar que a maioria das mulheres tem desde a primeira relação, receber a notícia de uma gravidez no momento certo (aquele que a sociedade ainda impõe) é o que todas as mulheres desejam desde os tempos que brincavam de boneca.

A extensa formação acadêmica resultou em uma posição corporativa e, consequentemente, financeira confortável, alicerce para a realização, ainda hoje, do maior sonho de grande parte das mulheres que é a maternidade.

O desejo é dividir a felicidade com o mundo, planejar e preparar com todos os familiares cada detalhe para a chegada de alguém tão amado.

Passada a euforia inicial surgem as preocupações: como a empresa irá receber a notícia da gravidez? Acredita-se que tantos anos de dedicação e empenho sejam reconhecidos e será compreendida a importância desse momento. Porém as mudanças constantes dos gestores fazem com que as incertezas aumentem, mas a segurança com a estabilidade até o final da licença maternidade traz certa tranquilidade.

O que era para ser apenas alegria transforma-se em tensão: qual o melhor momento para contar na empresa? O medo é de discriminação. A única certeza é de continuar com a mesma dedicação, afinal gravidez não é doença e a responsabilidade com a chegada do filho será muito maior.

O medo não cessa e o dia do nascimento se aproxima. Por mais que o foco continue sendo o trabalho é impossível a prioridade não mudar. Em determinado momento, no limite do medo conclui-se que emprego consegue-se outro, filho é para sempre.

A discriminação, mesmo velada acontece e a melhor maneira de enfrenta-la é se superando: estudar mais, se dedicar mais e fazer melhor. E, se mesmo assim, depois da licença maternidade culminar em demissão, paciência! Profissional experiente e capacitado se recoloca rapidamente.

O nascimento acontece e descobre-se o que é amar. Nunca antes o amor foi tão intenso e absolutamente incondicional. Nenhuma ligação é maior ou mais intensa do que a de uma Mãe pelo seu filho. O desejo de proteger, cuidar e amar é infinito; tem-se a certeza que, a partir desse dia, a vida nunca mais será a mesma.

Infelizmente muitas empresas e pessoas ainda discriminam as mulheres que ficam grávidas ou que têm filhos. Não é raro encontrar entrevistadores perguntando se a candidata é casada ou quando pretende ser mãe.

Muitas empresas ainda não perceberam que, a cada dia, as mulheres tornaram-se mais polivalentes, dedicadas e preparadas (em muitos casos, mais que os homens) e, mesmo assim, continuam sendo preteridas e tendo salários menores com a errada justificativa que os homens têm dedicação exclusiva para o trabalho, sem a concorrência de dar atenção para os filhos e para a família.

É certo que elas têm jornada tripla (esposa, mulher e profissional). Por outro lado, não tem tempo para perder. O resultado é que são mais assertivas, objetivas e dedicadas.

Se você ainda tem dúvida ou preconceito sobre a contratação ou manutenção do emprego para uma mulher que deseja ser mãe, arrisque-se a perguntar o quanto é importante para ela proporcionar conforto e segurança para os seus filhos.

[Crédito da Imagem: Engravidei – ShutterStock]

Autor

Fundador do : descomplicandocarreiras.com.br

Alberto Parada

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