É osso!

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É bem comum ouvir alguém falando de vez em quando: “Fulano pegou o filé mignon e deixou o osso pra mim! Ninguém quer roer o osso!”

Esse artigo extrapola um pouco esse aspecto pessoal e parte para o lado da relação entre as empresas.

Faz parte da evolução mercadológica, há muito tempo, a especialização das empresas em seu chamado “core business” que é definido pela estratégia da empresa para o mercado.

Essa especialização evoluiu em função do ponto forte e estratégico da atuação de determinada empresa e traz benefícios incríveis para o mercado.

A qualidade dos produtos, o preço, o relacionamento com os clientes, tornam-se também especializados e os consumidores só tem a ganhar.

A decisão de terceirizar uma atividade na sua empresa é uma decisão muito mais que operacional. É uma decisão estratégica.

E parte da estratégia das empresas é decidir se vai comer apenas o filé mignon ou se vai precisar roer o osso também.

E nessa linha de raciocínio gastronômico, a direção de algumas empresas acaba fazendo o papel de nutricionista/cozinheiro desse grande restaurante chamado empresa e tem que explicar/convencer os acionistas que terão que roer alguns ossos.

Em situações onde não é possível convencê-los, ou quando acaba-se decidindo que não haverá osso para o almoço, corre-se o risco de ter um grande problema.

Os investimentos naquilo que não é o core business são mal vistos. Afinal ninguém quer gastar dinheiro a toa. É como pagar o seguro de seu carro. Ninguém gostaria de pagar até o dia do sinistro e então vê quão bom foi ter pagado ou quão péssimo foi ter achado que era desperdício. Afinal, ninguém quer roer o osso.

Dai surgem as especializações das empresas que começam a formatar negócios e agregar valor ao “osso”.

Em TI existem diversas alternativas de especialização, desde outsourcing da própria TI, do desenvolvimento de soluções, hospedagem de equipamentos, sistemas e até links de dados.

O ponto é que para o consumidor final, seja fazendo um grande trabalho ou um péssimo trabalho, o nome que aparece para aquele serviço, é o do contratante, é daquele que interage com o consumidor e não para quem foi terceirizada determinada atividade.

Certa vez uma empresa encaminhou uma lista de contatos, numa planilha eletrônica, para enviar uma mala direta e alguém na gráfica que faria a impressão e envio, acabou classificando a lista em ordem crescente de CEP para facilitar a postagem. Só que alterou a ordem apenas da coluna de CEP.

Resultado: TODAS as correspondências voltaram para a empresa que encomendou o serviço.

A área de TI ao se justificar para o presidente da empresa sobre tal falha, alegou que a culpa foi da gráfica e o presidente simplesmente pegou um daqueles envelopes que havia retornado por ter o endereço do destinatário completamente errado e mostrou para o responsável da TI perguntando:

“É o logotipo da gráfica ou da nossa empresa que está no envelope?”

Foi silêncio total da área de TI que estava na reunião.

O recado aqui é, ninguém é obrigado a roer o osso mas se você for terceirizar essa atividade lembre-se que a qualidade daquele serviço, boa ou ruim, para o seu cliente, será de sua total responsabilidade e não de quem você contratou para roer o osso.

Mauricio Veneroso
Mauricio Veneroso tem mais de 20 anos de experiência na área de TI sendo mais da metade no mercado de telecomunicações. Trabalhou em diversos projetos de desenvolvimento de sistemas. Nos últimos 5 anos sua atuação tem sido voltada para ITSM atuando como Consultor de TI, estruturando equipes de suporte, níveis de serviço e definindo processos de melhoria contínua redefinindo inclusive metodologias de desenvolvimento de sistemas, participando da elaboração de SoWs, RFPs e RFIs para assegurar transições para os times de produção, suporte e sustentação de sistemas com o menor impacto possível para as áreas usuárias e para os times de suporte.

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