TI Corporativa

Ξ 3 comentários

Como podemos diminuir o trauma da Implantação de um ERP

publicado por Fatima Tada

Como podemos diminuir o trauma da Implantação de um ERPA implantação de um ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIG (Sistema Integrado de Gestão) normalmente é algo traumático não só do ponto de vista da área de TI, mas também das demais áreas da empresa que estão envolvidas. Podemos tornar esta experiência menos desgastante e obter sucesso na implantação?

O primeiro ponto a ser destacado é o comprometimento da alta administração e uma definição clara e objetiva das metas a serem alcançadas, com definição de prioridades e alocação de recursos. Como os ERPs são sistemas complexos e possuem um alto grau de integração entre as diversas áreas da empresa, é imprescindível o envolvimento de responsáveis dos departamentos afetados que conheçam bem os processos atuais da empresa, desde o início do projeto, para definição dos requisitos e premissas necessárias.

A escolha do fornecedor é um passo importante e algumas empresas optam pela contratação de uma consultoria, que já possui conhecimento no negócio da empresa e nos softwares de mercado, e que irá auxiliar na escolha de um ERP que atenda os requisitos levantados. Deverá ser um que mais se aproxime das necessidades atuais da empresa e com uma configuração dentro dos padrões compatíveis com a existente. O excesso de customização prejudica a implantação de versões mais atualizadas.

Existem várias opções de softwares, mas cada um atende melhor um determinado segmento de mercado, e são direcionados para pequenas, médias ou grandes empresas. Não podemos esquecer que existe ainda a opção de Cloud Computing, computação em nuvem, que tem se tornado uma tendência muito forte, e que também deve ser avaliado. A possibilidade de visitar instalações do sistema em clientes  do mesmo segmento, analisando a capacidade de crescimento, flexibilidade e quantidade de customizações implementadas, será de grande valia na escolha do sistema.

Outro ponto importante é que dificilmente um sistema se adapta completamente aos processos existentes na empresa, e é comum a necessidade de mudanças organizacionais  que podem ter um alto impacto . Neste momento é que o apoio da alta gerência é imprescindível, pois surge a necessidade da reengenharia de processos de negócios e uma escolha minuciosa de funcionários. O comprometimento da equipe é vital neste momento e deve-se evitar ao máximo a troca de equipe durante a implantação e mesmo depois do sistema implantado, o que acarreta uma grande perda de conhecimento e como consequência gera retrabalho.

Com as opções de softwares levantadas,  faz-se a escolha que deve estar de comum acordo com todas as áreas que participarão da implantação e utilizarão o sistema. A equipe não pode se sentir ameaçada com a nova tecnologia, é importante deixar claro que um ERP não tem a função de substituir pessoas ou acabar com a área de TI, e sim auxiliar os processos existentes na empresa, aliviando a carga dos funcionários. O boicote pode colocar em jogo toda a implantação e tornar o sistema inoperante. O projeto depende muito do empenho e colaboração dos envolvidos.

O mesmo pode acontecer com a área de TI, que precisa acompanhar de perto todo o processo, porque serão eles que darão continuidade quando a equipe de consultores do fornecedor sair da empresa. A dificuldade de se adaptar ao novo ambiente pode gerar um estresse e isto será altamente negativo para a implantação do sistema.

O treinamento para os usuários é uma etapa importante e não deve ser deixada em segundo plano. Se for feito de forma básica e superficial pode gerar uma utilização ineficiente do sistema, não aproveitando todos os recursos e impedindo uma melhor utilização das potencialidades do sistema.Dificultando a transferência de conhecimento  dos consultores, no uso do sistema, para os funcionários da empresa. Até a forma de reportar um problema para uma equipe de suporte, se não for feita de forma orientada, dificulta muito um rápido atendimento.

Um sistema de ERP não é uma solução mágica,  necessita de acompanhamento gerencial, planejamento com objetivos bem definidos e principalmente uma equipe devidamente alinhada e comprometida. Podemos afirmar que o sucesso depende de três componentes de igual importância: Tecnologia, Organização e Pessoas, destacando os relacionamentos interpessoais, caso contrário a implantação poderá não trazer benefícios a organização, não terá níveis de qualidade aceitáveis e pode até gerar perdas financeiras.

[Crédito da Imagem: Implantação de um ERP – ShutterStock]

Autor

Experiência na área de Tecnologia da Informação, Implantação de ERP. Tutora EAD no curso de Graduação em Gestão da Qualidade na Universidade Paulista (Unip). Articulista em assuntos de Carreira, Comportamento e Gestão . Pesquisadora na área Gestão do Conhecimento e Inovação, associada a SBGC. Entusiasta em Marketing Digital com Certificação em Marketing de Conteúdo. Pós Graduação em Gestão de Projetos em TI, pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCAV) da Escola Politécnica da USP, Graduada em Administração com ênfase em Análise de Sistemas e Especialização em Metodologia do Ensino Superior e Pesquisa (FGV). Aluna Especial na Disciplina de Laboratório de Inovação em Sistemas de Informação pela EACH USP. Autora no blog Plataforma Digital de Conteúdo -http://www.fatimatada.com.br

Fatima Tada

Comentários

3 Comments

  • Olá Fatima! …com mais de 25 anos em TI na implantação de IBM , ORACLE, SAP e Cloud, sempre temos “desafios” internos na organização porque quem quer empurrar o ERP empresa adentro é o cume da pirâmide ou então a Matriz gerencial, não havendo consenso entre pessoas da parte de baixo da mesma pirâmide! …em muitos projetos SAP não se previa nem mesmo o treinamento de usuários!?! …a desculpa é o preço do treinamento!?! …mas gastou-se milhões para adapatar o SAP à mepresa, não se fez reengenharia de negócios e nem se fez revisão de estratégias organizacionais!!! …e os pobres usuários começam a se sentir traídos pelo novo “sistema” e ficam resistentes ao ERP! …alguns são demitidos e nesta situação beligerante, tudo pode dar errado na pirâmiide e ela começa a ruir feito carta de tarot!!! Então o cliente reclama que quer um sapato 45 no pe 36 e acusa que lhe venderam sapato 45 errado!!! e agora consultores??? …pobre gerente de projeto…o “duck-sitting” nesta guerra do ERP!
    Hannah W. Becker
    CIO & TI/ERP COnsulter

    • Infelizmente isto realmente acontece, e só resta tentar convencer os profissionais envolvidos que desta forma todos sairão perdendo.

You must be logged in to post a comment.

Busca

Patrocínio

Publicidade



Siga-nos!

Newsletter: Inscreva-se

Para se inscrever em nossa newsletter preencha o formulário.

Artigos Recentes