Cloud Computing

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Chromebook: O laptop do futuro já nasceu morto. Você ainda vai ter um!

publicado por L.Midas

Dia desses, apareceu-me um legítimo Chromebook: Um Samsung Series 5, branquinho. Bonitinho o bichinho. A primeira surpresa aconteceu justamente ao tentar abri-lo. O símbolo Chrome e o logo Samsung são colocados ao contrário o que leva todos os incautos a tentarem abrir a máquina pelo lado errado. Fora isso, nada muito diferente de um laptop comum. Peso, tamanho, tela, teclado, tudo igualzinho. Nas entranhas, armazenamento em estado sólido (não tem HD convencional) de meros 16GB e um processador Intel Atom não impressionam. O preço, muito menos: 1 mil reais. Mãos à obra, o setup inicial lembrou-me muito o processo de inicialização do Windows de um laptop convencional. Demoradíssimo, com poucas indicações de progresso (por vezes achei que havia travado), boot, reboot, boot de novo, reboot de novo, finalmente o tal Chromebook estava pronto.

Em resumo, trata-se de um computador que usa um sistema operacional proprietário para desembocar no navegador Chrome. É isso, você como usuário só tem o browser e mais nada. Obviamente, funciona otimamente com o Google Apps e até mesmo com o Office 365 da Microsoft. Offline, o dito toca mp3, vídeos avi, fotos em JPG e… é só. Teoricamente, um computador “perfeito” sem vírus, sem ter que instalar nenhum software. Pense bem: Quando foi a última vez que você utilizou um PC sem estar conectado à internet?

Na prática, a história é outra. O browser Chrome não suporta, por exemplo, Microsoft’s Silverlight (extensivamente usado em web sites com muitos vídeos, tipo BBC) o que limita o número de web sites navegáveis em uma plataforma já restrita; o uso profissional, pelo menos para mim, é impossível (na empresa que trabalho temos vários programas proprietários); a utilização não é intuitiva (custei para entender o novo conceito de “desktop”, mais ainda para me adaptar ao fato que não existe tecla de “delete”, apenas a tecla da seta no sentido contrário, aquela que apaga o caractere imediatamente à esquerda do cursor) e por aí vai.

No frigir dos ovos, o grande pecado da máquina é que a combinação preço/formato que não se enquadra em nenhum nicho de mercado hoje em dia. Não tem a beleza e a praticidade intuitiva de um iPad, nem a versatilidade de um laptop capaz de realizar qualquer tarefa. Acredito que no atual formato, é uma proposta sem futuro.

Tendo dito isso, chamou-me à atenção um artigo recém-publicado contando que pela primeira vez em 12 anos o mercado de PCs nos Estados Unidos sofreu um declínio. Interessante, pensei que isso tivesse ocorrido com a crise de 2009, mas aparentemente, o culpado não dessa vez não é a economia mas sim o iPad e a computação nas nuvens! A computação pessoal, até recentemente confinada ao dilema “laptop ou PC estacionário”, agora fervilha de escolhas de dispositivos de uso específico para certas ocasiões ou aplicativos: PC estacionário no escritório, laptop no sítio, telefone celular na fila, no restaurante e no banheiro, iPad em frente à TV e por aí vai. E todos utilizando os mesmos dados, esses armazenados nas diversas nuvens e sempre disponíveis em qualquer dispositivo.

Analisando-se por esse ângulo e sabendo-se do poder de fogo da Google e sua missão de destronar a Microsoft, vê-se que o tal Chromebook que eu tanto malhei no início do artigo na verdade está fadado a ser a máquina do futuro. Não da forma como foi concebido, mas transvestido em algum outro formato, talvez reencarnado como um micro-laptop, ou um laptop bem mais fino e leve, ou como um tablet. Ou ainda como um “docking station” onde o usuário “pluga” seu telefone e obtém um computador completo, veja os passos nessa direção aqui.

Sendo assim, minha conclusão é que você ainda vai ter um. Nem que seja no futuro distante, quando inevitavelmente a Google irá realizar a fusão dos dois sistemas operacionais – Android e Chrome O.S em apenas uma plataforma, convergente para tanto laptop quanto smartphones. Mas espere um pouco, não é isso que o Windows 8 promete?

Meus amigos, até dia 12, quando estarei no Café com Letras de BH entre 11:00 e 13:00 autografando meu romance “Redes Sensuais”, o qual já se encontra à venda na web da livraria Cultura:

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/externo/facebook.asp?param=nitem%3D29747558-tipo%3D2-id_link%3D7621

 

Autor

L.MIDAS é analista de negócios de uma das maiores multinacionais do setor de telecomunicações e orador frequente em conferências sobre novas tecnologias, novos negócios e seu impacto no cotidiano das pessoas. O autor, natural de Belo Horizonte (MG) reside há mais de 10 anos em Estocolmo, Suécia, com sua esposa e três filhos. Seu primeiro romance, "Redes Sensuais", foi definido pela escritora Chirlei Wandekoken como “Uma trama inteligente, moderna e altamente sensual que retrata os impactos das Redes Sociais nos relacionamentos de forma cosmopolita e abrangente”. http://www.facebook.com/LMidas.Homepage http://www.facebook.com/RedesSensuais Michael Dahlén, autor de Nextopia (www.nextopia.info) e cinco outros livros, considerado um dos mais influentes pesquisadores do mundo na área de comportamento de consumidores, criatividade e marketing assina o prefácio da obra e afirma: “Um romance provocante que expõe os efeitos colaterais da internet” NOVIDADE: AMOSTRA GRÁTIS DE REDES SENSUAIS - Link para download de um "test-read" das primeiras 150 páginas da obra. http://ge.tt/78mDJLP Comentários, fotos, fórum de leitores na página: www.facebook.com/RedesSensuais

L.Midas

Comentários

5 Comments

  • veremos para ver o que vai dar. Mas, pelo que diz o artigo, eu não vou querer um chromebook tão cedo.

  • Excelente post.

    A primeira vez que eu li sobre o conceito deste computador cheguei à mesma conclusão: sem futuro.

    É resultado direto da sandice do Google: atirar para todos os lados, em qualquer coisa que se move.

    Em tempo: eu nunca vou ter um, nem em um futuro distante. 😉 Uso iOS (iPhone e iPad) e Windows Phone 7.5 em meu segundo smartphone. E sim. Já tentei usar o Android, mas realmente é muito ruim, na minha humilde opinião!

    Abs e sucesso com seu romance.

    Andre Rangel

  • Eu não gosto do silverlight, evito sites que usam. A Google expertona está fazendo tudo em HTML 5 e incentivando o uso do HTML 5, por um lado é bom, porque é algo aberto. O Silverlight é proprietário.

  • Gente, um update nesse post. Estou viciado na máquina!!!! Apesar de todos os defeitos citados, viciei em usar um laptop com uma bateria que dura uma eternidade, o tamanho é perfeito (nem grande nem pequeno) e o instant-on faz com que eu não tenha preguica de usá-lo mesmo que seja por 2 minutos para consultar algo. (Minha máquina Windows também tem instant-on mas o Wifi demora uma eternidade para “pegar”). É como um tablet, só que com teclado… Viciante!!!!

  • Bem, já estamos em 2014.

    Podemos afirmar que um fracasso não está sendo, pelo menos fora do Brasil.Entre os mais vendidos na Amazon, mais empresas adotando o Chrome OS em seus laptops.

    Nasceu morto!? Eu diria que não. Vi uma enorme evolução, principalmente a respeito da interface.Acredito que um pecado é tornar o notebook 100% nuvem, coisa que já vendo “corrigida” , pois muitos apps funcionam off-line.

    Para quem trabalha com Google Apps (serviços Google) , é algo bacana de se ter.

    Aqui no Brasil o preço praticado realmente é desanimador, sem contar a qualidade de internet que temos.

    Abs!!

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