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Canvas: ferramenta estratégica 2.0

publicado por Renate Landshoff

Canvas: ferramenta estratégica 2.0Quando se pensa em planejamento estratégico, logo vem a vontade de desistir, pois isso representa intermináveis discussões e reflexões sem fim. Só de pensar em montar cenários e ficar imaginando coisas que talvez nunca aconteçam  é mesmo desanimador.

Se você precisar pensar em estratégias e estiver buscando uma fórmula para não investir tanto tempo, experimente o Canvas. O Business Model Canvas é resultado de anos de pesquisa liderada por  Alexander Osterwalder e cocriado com cerca de 500 autores que pagaram para participar de sua elaboração. O modelo colaborativo está no DNA da metodologia, que por sinal  é gratuita e não pode ser cobrada. É possível dar cursos e consultoria, mas o acesso à metodologia é livre. O resultado desse trabalho é o livro Business Model Generation, sucesso de venda na Amazon.

A metodologia Canvas, quadro em inglês, permite descrever, desenhar, desafiar e inventar o seu modelo de negócios, seja ele novo ou já existente. O quadro é separado em nove blocos integrados e é possível ver numa folha de papel como a empresa funciona. É prático, simples e eficiente. Assista a entrevista com o consultor Marcelo Pimenta, que exercitou ao vivo a construção do Canvas do Programa Alma do Negócio – a partir de algumas perguntas estratégicas.

Por ser uma ferramenta estratégica e empresarial inserida na proposta 2.0 de cocriação e compartilhamento, vem se tornando uma febre entre os empreendedores, por conta do apoio que o Sebrae Nacional vem dando para que os pequenos e micro empresários criem ou repensem seus modelos de negócios. Para iniciar a prática siga as dicas da cartilha elaborada pelo Sebrae.

O modelo pode ser utilizado por qualquer área ou organização que necessite de planejamento estratégico. Imagine a área de negócios da empresa definindo seus fluxos com a aplicação do modelo e podendo contar com a parceria da TI em sua execução. As chances de retrabalho, de desgaste e ruídos de comunicação devem se reduzidas consideravelmente se as perguntas de cada bloco forem corretamente respondidas.

Os 9 blocos do modelo

Os nove blocos trazem diversas perguntas não muito fáceis de serem respondidas, mas é justamente esse o segredo da metodologia. Não deixar passar nada. Existe uma tendência nas pessoas a sempre deixar de lado o que é mais difícil ou não enxergar algo extremamente estratégico.

Exemplo de um Canvas dividido em 9 blocos

Exemplo de um Canvas dividido em 9 blocos

Exemplo de um Canvas dividido em 9 blocos

Um exemplo é a diferença entre um recurso e um parceiro estratégico. Se o que você necessita independe da empresa que fornece, pois é tipo “Arroz Tio João”, o arroz será um recurso. Mas se você precisa de um arroz integral diferenciado para um prato especial, o teu parceiro/fornecedor será estratégico.

Essa visão fica clara ao aplicar o modelo. Nesse caso os blocos ajudam, pois são integrados e se resumem (em uma tradução livre) em:

Quais são seus stakeholders
Qual a sua proposta de valor
Quais são os canais
Qual o tipo de relacionamento com o cliente
Como seu negócio gera valor
Quais os recursos exigidos
Quais as principais atividades para operacionalizar o negócio
Como está definida a rede de fornecedores
Quanto custo operar todo o negócio
Nesse modelo o uso de post it como na imagem é um recurso bastante prático, pois é possível construir e descontruir seu modelo.
Com tantas perguntas claro que o modelo se mostra mais complexo, mas é na forma de enxergar e responder as perguntas que está a simplicidade. Não é por menos que grandes empresas adotam o modelo Canvas. É o complexo transformado em simples e esse vídeo de 2 minutos mostra isso.

Se você gostou e quiser saber mais, segue o site http://www.businessmodelgeneration.com/

[Crédito da Imagem: Sucesso – ShutterStock]

Autor

Owner da empresa de cursos www.renate.com.br ; Diretora Executiva da SBGC Nacional (gestão 2013-2014); Mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP; Graduação em Ciência da Informação pela FESPSP; MBA em Comunicação pela ESPM; especialização em Gestão do Conhecimento pela FGV; Docente na Unicsul na pós graduação em Governança e Gestão Estratégica de Dados (2013); Docente na Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) de 2004 a 2013; Vivência em projetos de gestão da informação, documentação e comunicação na área jurídica, engenharia e consultoria e mais recentemente em governança de dados, organização e arquitetura de informação em ambientes digitais. Autora de cursos e oficinas presenciais e on-line para capacitação de profissionais da informação na Web 2.0.

Renate Landshoff

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