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Ninguém é insubstituível…. Discordo!

publicado por Luiz Eduardo Improta

Quem já não ouviu esta frase: “Ninguém é insubstituível… podemos demitir “fulano” sem problemas”. Há alguns anos atrás eu também tinha este pensamento, mas mudei reparando atentamente ao meu redor e refletindo em nossa realidade. Pense no seguinte: “Ayrton Senna, Pelé e Garrincha. Quem os substituiu a mesma altura?”, e por aí vamos. Pense em homens como o eles que fizeram diferença ao longo dos anos e até hoje são lembrados. Começou a pensar não foi mesmo. Agora vamos olhar um pouco para TI, que é o nosso foco, mas repito que o mesmo raciocínio pode ser levado para outras profissões.

Profissionalmente, falando da TI, o que leva um profissional a mudar de empresa? Há uma pesquisa que diz que 50% a 60% dos funcionários mudam de emprego nos primeiros 7 meses. Porque isso acontece?

Uma empresa se compõe de 3 pilares básicos: Processos, pessoas e tecnologia. Muitas empresas esquecem o mais importante e que são responsáveis pelos os maiores acertos e erros: as pessoas. Elas precisam ser capazes para fazerem a diferença na empresa, senão não adianta. Fazer número não interessa mais ao mercado. Identificar e saber reter talentos são a chave do sucesso de uma empresa. Rotatividade em uma empresa, por exemplo, de prestação de serviços de Segurança da Informação, não é um bom cartão de visitas, pois dá calafrios ao cliente saber que muitas pessoas entram e saem, cuidam da integridade, disponibilidade e confidencialidade de sua informação. Não podemos esquecer que os processos e tecnologia são sustentados por pessoas eficientes e eficazes. Logo a perda de profissionais chaves que detém conhecimento da empresa, muitas vezes é um sinal que alguma coisa precisa ser revista e rápido, pois o impacto nas atividades pode ser notado pelos clientes. Isto pode significar um sinal vermelho. É muito provável que será encontrado um substituto, mas até ele chegar a ter o conhecimento do que saiu, demora e em muitas vezes o tempo é grande vilão da história. As perdas podem ser bem significativas.

Diante disso tudo, as empresas devem aprender que a mola do sucesso são as pessoas que quanto mais as deixarem satisfeitas e felizes, melhores serão os resultados. E isso não falo somente de salário, falo de benefícios indiretos e ambiente de trabalho que são tão importantes quanto um bom salário. Na verdade é um conjunto de fatores que somados levam a empresa a alcançar degraus cada vez mais altos. A autoridade superior precisa ter equilíbrio. Não existe espaço no mercado para gestores autoritários ao extremo, qualquer que seja o motivo. Precisam mostrar equilíbrio principalmente em momentos de crises, quando está tudo calmo é fácil. Isto dá segurança aos subordinados a encontrarem uma solução rápida. Quando se encontra gestores com o “chicote na mão”, pode acreditar que a rotatividade da empresa aumenta, como já citamos acima e reflete diretamente na imagem da empresa perante ao mercado.

O mais importante de tudo isso é: as pessoas são únicas e insubstituíveis não pelo que elas são, mas pelo que elas fazem. Estou falando do profissional com “P” e não dos outros, pois estes estão sendo expurgados do mercado pouco a pouco.
E para completar, voltando ao início de nosso texto: surgiram grandes pilotos de F-1 e grandes jogadores, mas igual ao Senna e Pelé respectivamente, “nunca serão”. E para descontrair um pouco: pergunte a sua mãe se ele te troca por alguém? Se disser que sim, o negócio está feio para seu lado.

Autor

Sou profissional com mais de 30 anos de experiência desenvolvida em empresas do setor "outsourcing" em TI e Segurança da Informação. Com 2 Pós graduações e 1 MBA na área de TI e diversas Certificações em Segurança e Tecnologia da Informação, dentre elas: COBIT 4.1, ITIL v2 e v3, ISO27002, CCSA/CCSE, experiência na área comercial, Coach de líderes e analista comportamental C-VAT. Meu link no "linkedIn": http://br.linkedin.com/in/limprota007

Luiz Eduardo Improta

Comentários

1 Comment

  • Luiz,
    Sempre tive o seguinte pensamento:
    Pessoas até podem ser substituídas, conhecimento, não.
    E como em uma empresa um está diretamente ligado ao outro, isso transforma as pessoas que detém o conhecimento como difíceis de serem substituídas.
    Não falo aqui do conhecimento acadêmico, mas sim do conhecimento sobre a empresa em si. Sobre os negócios, sobre as pessoas, sobre os atalhos para se conseguir resolver um problema… sobre relacionamento.
    Também, para que fique claro, não falo daquela pessoa que pensa que guardando informações tem garantia de estabilidade, penso que quanto mais você compartilha seu conhecimento, mais você assume uma postura de líder e mentor.

    abraços

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