Bom dia! Boa tarde! Boa noite!
Após um longo e tenebroso outono e um quase inverno completo, eu retorno. E o tema escolhido para hoje é fazer diferente: como as empresas perdem oportunidades de fazer diferente e nadar de braçada em função do medo.
Como disse lá no primeiro texto, odeio os gurus e estas palavras que são repetidas tantas vezes que acabam por ter seus significados e ideais diluídos em sua quase totalidade, como se colocássemos mais e mais água quente num chá de camomila.
Fazer diferente requer alguns requisitos culturais da empresa e das pessoas. O primeiro, e mais importante, e a capacidade de correção e aprendizado: fazer diferente significa errar muitas vezes, portanto deve ser natural documentar, corrigir e se preparar para o próximo erro.
O segundo é aceitar e incentivar pessoas que queriam fazer diferente. E na prática. Estas pessoas normalmente são consideradas como seres estranhos que não “fazem as coisas como sempre foram feitas” ou pior, como “o mercado vem fazendo”. Este vídeo é uma preciosidade para explicar isso.
E aí pego o gancho para a última característica: o mercado não é um ser infalível e que está sempre correto. Todas as grandes oportunidades de negócio dos últimos anos foram a partir de coisas não praticadas pelo mercado, haja vista o Google aquele buscador que não permitia banners ou qualquer outro conteúdo em sua página inicial (!!).
As empresas se esquecem de pensar por si próprias e simplesmente seguem uma cartilha composta por “melhores práticas” e “experiências anteriores”, sem nem ao menos realmente avaliar o que estão fazendo.
Enfrentar a concorrência não é fazer melhor ou mais barato, mas sim fazer diferente. Colocar a disputa em um patamar que a concorrência não está preparada (ainda) permite que se ganhe valiosa fatia de mercado e lustra imagem.