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Protocolos de Roteamento

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Os Protocolos de Roteamento

Determinam o conteúdo das tabelas de roteamento, ou seja, são eles que ditam a forma como a tabela é montada e de quais informações ela é composta. Existem dois tipos de algoritmo atualmente em uso pelos protocolos de roteamento, algoritmo baseado em Vetor de Distancia (Distance-Vector Routing Protocols) e o algoritmo baseado no Estado de Enlace (Link State Routing Protocols).

Protocolos de Roteamento Interno
RIP (Routing Information Protocol)

O RIP foi desenvolvido pela Xerox Corporation no inicio dos anos 80 para ser utilizada nas redes Xerox Network Systems (XNS), é o protocolo intradominio mais comum, e disponível na grande maioria das versões mais atuais do sistema operacional UNIX.
Um de seus benefícios é a facilidade de configuração, alem disso, seu algoritmo não necessita grande poder de computação, funciona bem em pequenos ambientes, porem apresenta limitações quando utilizado em redes grandes. Outra deficiência do RIP é a lenta convergência, um grande consumido de largura de banda, pois a cada 30 segundos, ele faz um broadcast de sua tabela de roteamento.

IGRP (Interior Gateway Protocol)

O IGRP também foi criado pela Cisco nos anos 80, resolveu grande parte dos problemas associados ao uso do roteamento interno. O algoritmo utilizado pelo IGRP determina o melhor caminho entre dois pontos dentro de uma rede examinando a largura de banda e o atraso das redes entre roteadores, converge mais rapidamente que o RIP, evitando loops de roteamento, e não tem a limitação de saltos entre roteadores viabilizando a implementação de redes grandes.

EIGRP (Enhanced IGRP)

A Cisco aprimorou ainda mais o protocolo IGRP para suportar redes grandes, complexas e criticas, e criou o Enhanced IGRP. Combina protocolos de roteamento baseados em Vetor de Distancia com os mais recentes protocolos baseados no algoritmo de Estado de Enlace (Link-State). Ele também proporciona economia de trafego por limitar a troca de informações de roteamento aquelas que foram alteradas, uma desvantagem do EIGRP, assim como do IGRP, é que ambos são de propriedade da Cisco, não sendo amplamente disponíveis fora dos equipamentos deste fabricante.

OSPF (Open Shortest Path First)

Foi desenvolvido pelo IETF (Internet Engineering Task Force) como substituto para o protocolo RIP. Caracteriza-se por ser um protocolo intra-dominio, hierárquico, baseado no algoritmo de Estado de Enlace (Link-State) e foi especificamente projetado para operar com redes grandes.

O OSPF suporta roteamento hierárquico de dois níveis, possibilitando a divisão em áreas de roteamento. Uma área de roteamento é tipicamente uma coleção de uma ou mais sub-redes intimamente relacionadas. Esta hierarquia permite a consolidação dos endereços por área, reduzindo o tamanho das tabelas de roteamento. Redes pequenas podem operar utilizando uma única área OSPF.[RFC 1583]

Integrated IS-IS (Intermediate System to Intermediate System Routing Exchange Protocol)

O IS-IS [OSI 10589], assim como o OSPF, é um protocolo intradomínio, hierárquico e que utiliza o algoritmo de Estado de Enlace. Pode trabalhar sobre varias sub-redes, inclusive fazendo broadcasting para LANs, WANs e links ponto-a-ponto.
O Integrated IS-IS é uma implementação do IS-IS que, alem dos protocolos OSI, atualmente também suporta o IP. Como outros protocolos integrados de roteamento, o IS-IS convoca todos os roteadores a utilizar um único algoritmo de roteamento.
Para rodar o Integrated IS-IS, os roteadores também precisam suportar protocolos como ARP, ICMP e End System-to-Intermediate System (ES-IS).

Protocolo de Roteamento Externo

Roteadores que trocam dados entre Sistemas Autônomos são chamados de roteadores externos (exterior routers), e estes utilizam o Exterior Gateway Protocol (EGP) ou o BGP (Border Gateway Protocol). Para este tipo de roteamento são considerados basicamente coleções de prefixos CIDR (Classless Inter Domain Routing) identificados pelo numero de um Sistema Autônomo.

BGP (Border Gateway Protocol)

O BGP [RFCs 1771,1772,1773,1774,1657] assim como o EGP, é um protocolo de roteamento interdominios, criado para uso nos roteadores principais da Internet, foi projetado para evitar loops de roteamento em topologias arbitrarias, o mais serio problema de seu antecessor, o EGP (Exterior Gateway Protocol). Outro problema que o EGP não resolve – e é abordado pelo BGP é o do Roteamento Baseado em Política (policy-based routing), um roteamento com base em um conjunto de regras nao-tecnicas, definidas pelos Sistemas Autônomos. A ultima versão do BGP, o BGP4, foi projetado para suportar os problemas causados pelo grande crescimento da Internet.

Eduardo Afonsohttp://www.ti180.com.br
Atou como Gerente de Operacoes na Altice Lisboa, empresa de engenharia em redes.Profissional com M.B.A. pela Fundação Getulio Vargas em Gestão Estratégica em Tecnologia da Informação, Certificação Itil e Cisco CCNA.Experiência de 25 anos na área de Tecnologia da Informação de grandes empresas em projetos de Dados, Telecomunicações, redes, Infra-estrutura, segurança e Voip, equipamentos de rede, arquiteturas e protocolos relacionados.

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