O MPLS é um protocolo de transporte de dados pertencente à família das comutação de pacotes, padronizado pelo IETF – Internet Engineering Task Force através da RFC-3031 e opera numa camada OSI intermediária às definições tradicionais do Layer 2 (Enlace) e Layer 3 (Rede), pelo que se tornou recorrente ser referido como um protocolo.
Como o MPLS foi concebido para permitir um serviço unificado de transporte de dados para aplicações baseadas em comutação de pacotes ou comutação de circuitos e pode ser usado para transportar vários tipos de tráfego, como pacotes IP, ATM, Sonetm ou frames Ethernet. O MPLS pode utilizar as seguintes redes de acesso:
- Acesso xDSL (Digital Subscriber Line): Acesso que utiliza à rede de acesso ADSL das operadoras. Geralmente opera com velocidades simétricas de 128 a 512 kbps (sem garantia de banda mínima).
- Frame Relay: Utiliza como acesso as redes Frame legada e nas velocidades de 64 a 2048 kbps.
- ATM (Asynchronous Transfer Mode): Utiliza como acesso à rede MPLS, a rede ATM nas velocidades de 2 a 155 Mbps.
- TDM (Time Division Multiplex): Utiliza acessos determinísticos nas velocidades de 1Mbps a 18 Mbps.
- Rede Metro Ethernet: Utiliza como acesso à rede IP MPLS da Operadora, a rede Metro Ethernet nas velocidades de 1Mbps a 1Gbps (restrito aos locais atendidos pela rede Metro-ethernet da Operadora ou via projeto especial).
- Acessos Wireless: Pode ser fornecido através de rádios digitais (tecnologia pré WiMAX), distância até 16 Km e velocidade até 54 Mbps.
O MPLS permite que os operadores de uma determinada rede tenham alto desempenho no desvio de tráfego de dados em situações críticas, tais como de falhas e gargalos.O MPLS permite assegurar que a transmissão de determinados pacotes tenham perdas ou atrasos imperceptíveis em função da capacidade de uma gestão de tráfego mais eficaz, possibilitando assim maior qualidade dos serviços e conseqüentemente maior confiabilidade. É normalmente utilizado em empresas de telecomunicações responsáveis por backbones que se utilizam de BGPP4, QoS e SLA para aumentar sua credibilidade quanto à disponibilidade de seus serviços.
Caracteristicas:
MPLS, ou MultiProtocol Label Switching, é uma tecnologia de encaminhamento de pacotes baseada em rótulos (labels) que funciona, basicamente, com a adição de um rótulo nos pacotes de tráfego (O MPLS é indiferente ao tipo de dados transportado, pelo que pode ser tráfego IP ou outro qualquer) à entrada do backbone e a partir daí, todo o encaminhamento pelo backbone passa a ser feito com base neste rótulo. Comparativamente ao encaminhamento IP, o MPLS torna-se mais eficiente uma vez que dispensa a consulta das tabelas de routing.
Este protocolo permite a criação de Redes Privadas garantindo um isolamento completo do tráfego com a criação de tabelas de “labels” (usadas para roteamento) exclusivas de cada VPN.
Além disso é possível realizar Quality of Service com a priorização de aplicações críticas, dando um tratamento diferenciado para o tráfego entre os diferentes pontos da VPN. QoS cria as condições necessárias para o melhor uso dos recursos da rede, permitindo também o tráfego de voz e vídeo.
Os produtos que as operadoras utilizam baseados em MPLS permitem que elas possam agregar valor ao seus produtos, pois passam a não oferecer apenas banda, mas um tráfego diferenciado com: Multimídia (Voz, Vídeo e Dados) e aplicações críticas, com garantias aplicáveis de QoS, através das seguintes classes de serviço:
O produto baseado em MPLS, oferecidos pelas operadoras, permite que ele possa ser utilizado nas seguintes situações:
- Acesso corporativo a servidores de aplicações centralizadas como sistemas corporativos, e-mail e Intranet;
- Formação de redes para compartilhamento de arquivos;
- Integração de sistemas de telefonia;
- Formação de sistemas de videoconferência;
- Acesso remoto aos sistemas corporativos.
Redes de infra-estrutura suportados:
- Frame Relay
- ATM
- PPP
- EThernet
- Token Ring
- FDDI,
- Comutação ótica (MPλS),
- Combinação de abordagens precedentes
Funções de MPLS
- Mecanismo para o tratamento de fluxos de dados entre hardware, ou mesmo aplicações, distintas.
- Independência em relação aos protocolos.
- Mapeamento entre os endereços IP e labels, para envio de pacotes.
- Interfaces com protocolos de roteamento.
- Suporta IP, ATM e frame-relay.