Segurança da Informação

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Proibir ou informar, eis a questão?

publicado por Luiz Eduardo Improta

Dei uma entrevista ao Correio Braziliense ( link está em meu perfil no Linkedin ), em que fui perguntado sobre o pronunciamento do governo inglês que abordou a possibilidade de proibir o uso das redes sociais no país em virtude das mesmas estarem sendo usadas como veículo de informações dos líderes dos conflitos que se desencadearam naquele país devido a razões que não gostaria de discutir, pois não é o escopo deste artigo. Mas quero abordar o tema de proibir o uso das redes sociais.

Primeiramente quero deixar claro que em minha opinião proibir não o caminho para se resolver este tipo de conflito, pois as redes sociais são incentivadas até pela ONU, que a atribui como direito. Além do mais a internet é livre, todos tem liberdade apesar de sabermos que muitos não a utilizam como meio de se socializar, de retirar fronteiras e assim ficarmos mais pertos de tudo e todos, mas a usam com finalidades maléficas e que muitas vezes, esconde o verdadeiro objetivo pela qual foi é utilizada atualmente: aproximar as pessoas e dar velocidade às informações. Porém não podemos esquecer que ela foi criada por razões militares, mas mudou radicalmente sua utilização durante os anos.

Voltando ao assunto das redes sociais e a possibilidade de proibição por parte do governo inglês,  gostaria de esclarecer o por que defendo o ato de informar, educar ao invés de proibir. Primeiramente por que isto traria mais revolta e seria criado rapidamente um outro meio de se comunicar. O governo inglês teria então de proibir os celulares e todo o tipo de comunicação, pois as redes sociais são apenas mais uma. Segundo que ninguém pode garantir que as pessoas nas redes sociais são quem elas dizem ser. Por exemplo: posso criar um login com outro nome, postar fotos dos outros, por exemplo, no “facebook”, conseguir entrar em vários perfis e conhecer várias pessoas e ninguém saberá que sou eu realmente. Logo não há como proibir alguém em específico, teria de punir todos. Caramba seria um péssimo exemplo vindo logo de um país democrático e com uma história muito linda de luta pela liberdade.

Falando agora da informação e educação nas redes sociais. Esse é o caminho, fazer com as pessoas sejam informadas, educadas para que não postem fotos que possam comprometê-las não só suas vidas cotidianas como também profissionais. Atualmente as redes sociais são os garimpos de seqüestradores, crackers, pedófilos e outras pessoas que premeditam a fazer maldade com os outros. A informação e educação criam uma blindagem que irá dificultar estas ações maldosas. Com isso as pessoas irão ajudar os órgãos de segurança do governo a descobrir ações criminosas em andamento e as tentativas de criá-las.

Infelizmente muitos governos ainda negligenciam a educação, mas não podemos falar isto da Inglaterra e é por esta razão que acredito que estes fatos irão amadurecer seu governo de modo a enxergarem seus pontos de fraqueza e assim criarem políticas, ações que informem cada vez mais a população. Fases ruins acontecem e até eles não são imunes a isso.

Por fim, espero que o Brasil, nosso querido país aprenda com os fatos como estes que chegam até nós e informar, educar nosso povo cada vez mais, para que possam utilizar a internet com mais segurança. Apenas criar mecanismos de acesso a grande rede é como jogar crianças indefesas a leões famintos.

Autor

Sou profissional com mais de 30 anos de experiência desenvolvida em empresas do setor "outsourcing" em TI e Segurança da Informação. Com 2 Pós graduações e 1 MBA na área de TI e diversas Certificações em Segurança e Tecnologia da Informação, dentre elas: COBIT 4.1, ITIL v2 e v3, ISO27002, CCSA/CCSE, experiência na área comercial, Coach de líderes e analista comportamental C-VAT. Meu link no "linkedIn": http://br.linkedin.com/in/limprota007

Luiz Eduardo Improta

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