Tecnologia

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O que importa as finanças? O que vale é tecnologia.

publicado por Antônio Sérgio Borba Cangiano

A cultura geral da maioria dos empregados em empresas não inclui preocupações contínuas com informações financeiras no seu dia a dia, na maioria das vezes não tem acesso. Inclusive em muitas empresas mais estruturadas e com gestão financeira efetiva, as revisões que incluem números dos negócios não são veiculadas adequadamente, e apenas são realizadas em períodos determinados para avaliar desempenho, resultados ou para redimensionamento de metas. Quando existe uma informação financeira geral, ela é sobre demissão e cortes. Nesse cenário a maior contribuição que o financeiro poderia proporcionar não é explorada satisfatoriamente, por que não está integrada no dia a dia do pessoal que toca o negócio, nem para o pessoal de TIC que lida com os sistemas que suportam os negócios. Quem sabe quanto o sistema em que desenvolve e mantém proporciona de faturamento? E quanto ele custa? Olhe que isso pode significar o seu emprego!. Que melhorias poderiam ser feitas no sistema para aumentar o faturamento? Ou otimizar processos, e assim reduzir custos? Isso pode significar uma promoção!. Como decidir sobre o legado tecnológico em seu ciclo de vida? Só analisar tecnologia é suficiente? E o negócio? E os números do negócio? Por outro lado, só analisar o negócio é suficiente? Claro que Não! Hoje com a competitividade acirrada, onde tudo é digital, a vida tornou-se digital, portanto negócio , finanças e tecnologia estão imbricados, e os números mostram a realidade dos resultados. Mas não é fácil ter números significativos e indicativos de negócios e sistemas, para isso é necessário uma arquitetura modelada de preços e custos focada em processos de negócios e sistemas que os suportam.

Na maioria das empresas atividades de finanças é considerada área meio, voltada a controle, assunto da alta direção, e serve para reuniões da diretoria, as vezes com resultados terríveis de cortes de gastos, que podem causar desemprego. Finanças integrada com negócios e tecnologia são objetivos de gestão nesse novo mundo competitivo. A contabilidade nos padrões internacionais, explicita no IFRS, aqui no Brasil iniciado pela lei 11638/2007, nada mais é que finanças aplicada aos negócios. O enfoque dado nos novos padrões contábeis é financeiro, os ativos devem ter os seus valores expressos no valor de mercado atualizados em tempo real. A empresa hoje tem que ser vista sob a ótica financeira, mais um motivo para colocar o financeiro integrado às demais áreas de negócio, principalmente TI. O contador hoje não é mais um escriturador de balanços e senhor apenas de normas contábeis, ele tem que conhecer o negócio, interagir com as áreas fins, saber o valor dos ativos, de um computador, de um software e produzir informações financeiras, em níveis estratégicos. O pessoal de TIC deve responder: Quanto vale um sistema legado de TIC para o negócio? Como ele pode evoluir com as novas tecnologias? O que isso impacta no faturamento? Quais os riscos de substituir uma tecnologia? Quanto é estimado esse risco? Qual a nova tecnologia poderá alavancar o negócio? Como investir na empresa em TIC: CAPEX ou OPEX? Aqui a computação em nuvem tem sua importância. Aquisição de infraestrutura ou computação em nuvem? Todas essas questões devem ser endereçadas, e para elas o financeiro deixa de ser função meio para função de ponta para a decisão e a gestão de legados de TIC. A introdução de novas tecnologias, passa por processos semelhantes, tratar níveis de obsolescência com números: Quanto custa rodar e a manutenção? Está na garantia?, Qual o risco de interrupção dos serviços? Quanto devo investir para mitigar isso? Se investir, quais a vantagens comparativas o negócio terá? Enfim, na cultura de TIC sempre se fala em estar alinhada aos negócios, mas ela tem que estar alinhada aos NÚMEROS: faturamento, diferencial da parcela de mercado ganho perante os competidores, também alinhada à sustentabilidade, ao EBTIDA, à tomada de decisões para ganhos, e a gestão financeira da ti, claro tudo isso sob a ótica dos negócios, no curto, no médio e no longo prazo. Empresas que fazem assim a jornada de gestão, como a Amazon por exemplo dentre outras, estarão colhendo sempre frutos além das expectativas e melhor …. sustentáveis.

Autor

Mestre em Engenharia de software: redes de computadores pelo IPT - USP, Bacharel em Ciências Econômicas e em Ciências de Computação, ambos na Universidade Estadual de Campinas. É Certificado pelo PMI em Gestão de Projetos – PMP e Conselheiro de Administração e Fiscal – IBGC/CCI. Experiência em empresas multinacionais, nacionais e públicas de grande porte: IBM, Ericsson, Unisys, Atos Origin e no SERPRO como diretor de gestão empresarial. Atuação executiva nas áreas de TIC, Finanças e venda de soluções. Conhecimento e habilidade nas áreas de: Planejamento, Gestão, Comercial, Projetos, Certificação Digital, Viabilidade Econômica/Financeira, Segurança e Sustentabilidade. Hoje exerce cargo de Assessor da Presidência do ITI – Instituto de Tecnologia da Informação – responsável pela ICP Brasil. Autarquia supervisionada pela Casa Civil do Governo Federal. Participa da câmara de segurança e é membro substituto ambos no CGI.BR.

Antônio Sérgio Borba Cangiano

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