A robótica está transformando a eficiência operacional em diversos setores, pavimentando o caminho para um futuro mais automatizado e eficiente. Quando falamos nesse assunto, é bem comum que as gerações anteriores lembrem da Rosie, de Os Jetsons, animação clássica do século XX. O personagem é caracterizado como um humanoide que fazia todas as tarefas domésticas e se relacionava com a família futurística do desenho, como se fosse um ser humano de verdade.
Embora a tecnologia não esteja tão autônoma como ela, cheia de trejeitos, ideias e atitudes, alguns desses aspectos são semelhantes ao que vivemos hoje, só que de uma forma um pouco diferente.
Para contextualizar essa observação, duas características são destacadas para definir as funções da robótica: a de reduzir riscos e aumentar a escalabilidade dos processos. Esses sistemas ajudam a desenvolver processos com o objetivo de mitigar riscos de criticidade do processo por falha humana, além de desenvolver atividades que vão além da nossa capacidade, com mais precisão e em grande escala.
A robótica pode ser aplicada em diversos setores. Na área da saúde, por exemplo, em que a automatização ajuda uma pessoa com doença crônica a lembrar de tomar remédio todos os dias por meio de um simples aplicativo ou a tecnologia operando no suporte ao médico na tomada de decisões durante um atendimento.
Já na manufatura, robôs automatizam linhas de produção, aumentando a eficiência e reduzindo erros. Enquanto que no setor de logística, sistemas robóticos otimizam a movimentação de mercadorias, garantindo entregas mais rápidas e precisas. Por fim, no atendimento ao cliente, chatbots e assistentes virtuais proporcionam suporte imediato, melhorando a experiência do usuário.
Dentro do que conceituamos como robótica, o objetivo é sempre gerar impacto aos resultados diante da complexidade e da viabilidade dos processos. Com o apoio Inteligência Artificial (IA), os sistemas podem ser operados por meio de modelos de linguagem em grandes dimensões, a LLM, do inglês Large Language Model, assim como modelos menores e mais enxutos, o SLM, do inglês Small Language Model, que são focados em conhecimento mais profundo de cada setor de uma empresa, viabilizando, assim, a naturalidade da interação entre humano e máquina na resolução de problemas.
O sucesso desses serviços, contudo, é avaliado a partir do ponto em que o usuário não lembre que está utilizando a tecnologia nas operações, garantindo o máximo de naturalidade nesses processos. Além disso, é importante que a ética e a transparência sejam garantidas, podendo ser definidas conforme acordo entre os participantes, e que políticas rigorosas sejam aplicadas para assegurar que todas as soluções tecnológicas respeitem a privacidade e os direitos dos usuários sejam adotadas.
À medida que mergulhamos na revolução tecnológica, fica claro que a junção entre IA e robótica está trilhando um caminho rumo a eficiência, segurança e ética convergem em harmonia. Mesmo que esse modelo atual não seja uma ‘Rosie’, que resolve problemas com tamanha personalidade, estamos em um caminho tecnológico positivo que traz soluções eficazes ao nosso dia a dia.
Essa ascensão ainda promete transformações significativas, com impactos profundos que otimizam diversos setores do mercado. No entanto, esses sistemas devem ser operados com transparência de dados, assegurando que esse progresso seja sustentado pela confiança e respeito aos valores humanos fundamentais.
*Kefreen Batista é vice-presidente de tecnologias na Globant, empresa nativa digital focada em reinventar negócios por meio de soluções tecnológicas inovadoras