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O antivírus está perto do fim?

publicado por Raphael D’Avila

O antivírus está perto do fim?A publicação recente de uma pesquisa, feita por uma das maiores empresas de segurança digital do mundo, apontando para “o fim do antivírus” provocou espanto em muitos consumidores e especialistas. Diante desse fato, é válido fazer uma reflexão sobre o cenário de proteção virtual nos últimos anos.

O levantamento da Symantec indica que 55% dos malwares não são rastreados por antivírus tradicionais (AV). Isso demonstra a mudança no cenário de segurança, que antes consistia em defender a rede e impedir ameaças, e agora precisa de uma ação muito proativa lidando com vírus potenciais, admitindo que alguns deles terão êxito ao entrar no sistema.

Atualmente, os criminosos usam uma enorme variedade de técnicas e abordagens na tentativa de comprometer computadores e redes; e o AV simplesmente não é capaz de gerenciar todas essas ameaças. Não quer dizer que as assinaturas deste serviço devam ser canceladas, já que os antivírus ainda são a forma eficaz de impedir um grande número de ataques “corriqueiros” e não ter uma proteção será muito pior. No entanto, colocar somente o AV nos computadores não é o bastante.

As últimas pesquisas indicam que as organizações devem saber que, apesar dos milhões de dólares gastos todos os anos em segurança digital, os ataques vão continuar a aumentar. Além disso, a impressão que se tem é que não se passa um dia sem que uma grande empresa ou governo relate ter sido comprometido de alguma forma por invasões.

Diretores de companhias e profissionais de segurança são unânimes em aceitar que é impossível que um fornecedor entregue 100% de segurança nas redes, por isso, o risco de violações é calculado e aceito. Na verdade, o cenário mudou e o ponto central é a capacidade de acompanhar o ataque de forma contínua – antes, durante e depois – para que os danos sejam remediados e o incidente tratado com rapidez, sem afetar dados ou a funcionalidade operacional.

Em uma comparação lúdica, a segurança tradicional é como um castelo medieval. Do lado de fora estão os inimigos que querem entrar no prédio a qualquer preço, e os soldados observam os muros e as torres como armas de defesa contra um ataque. Porém, os hackers sabem muito bem usar de subterfúgios e armadilhas indiretas para promover invasões.

É preciso olhar além dos muros, ou seja, além das defesas tradicionais, como antivírus. A pergunta a ser feita é: você faria a proteção da sua organização de forma diferente se soubesse que seria atacado?

O mais importante hoje em dia é a rapidez com que os profissionais de TI sabem que há um problema no sistema e, na sequência, mensurar o quão sério é isso e como parar a propagação para limitar os danos causados.

Apesar das promessas de muitos fornecedores, é preciso ficar claro que não há ‘bala de prata’ para segurança digital. A proteção já não é uma questão de construir muros altos ao redor da organização, mas sim ter visibilidade para lidar com ameaças. Somente com a implantação de uma solução capaz de executar todo o ciclo de vida do invasor, que significa ter um panorama completo, será possível estar seguro antes, durante e depois de um ataque.

[Crédito da Imagem: Antivirus – ShutterStock]

Autor

Raphael D’Avila, diretor de vendas para Sourcefire no Brasil, parte da Cisco

Raphael D’Avila

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