Introdução à Governança de TI

É com enorme prazer que estreamos mais este espaço dentro do portal TI Especialistas para falarmos sobre temas ligados ao mundo da tecnologia da informação. Esperamos poder compartilhar com os amigos, não só diversos conteúdos sobre temas ligados à Governança de TI, como também experiências, cases diversos e tendências futuras sobre um assunto que cada vez mais ganha espaço no cenário de TI no Brasil e no mundo.

O tema da Governança já teve grande evolução não somente dentro das empresas, indiferentemente do porte ou segmento em que se enquadrem, como também entre os profissionais de TI, Auditoria e Compliance. No entanto, muito ainda se confunde em relação às abrangências da Auditoria, Governança Corporativa e Governança de TI, além, é claro, dos aspectos ligados aos departamentos de Qualidade e Melhoria Contínua dos Processos bem como de O&M.

Muito também já se evoluiu dentro das chamadas metodologias, frameworks ou modelos de referência, modelos estes nos quais pode-se basear (Guide) para efeito de implementação dos processos de Governança. Entre alguns destes modelos de referência se destacam: ITIL (Foco em serviços de TI e processos), Cobit (Foco em Indicadores, Controles e Auditoria), ISO-9000 (Qualidade), ISO-38500 (Governança), ISO-20000 (Serviços de TI), PMBOK (Guide de Projetos), Prince-2 (Metodologia de Projetos), CMM e CMMI (Qualidade de SW), OPM3 (Qualidade e Maturidade de Projetos), entre outros.

Mas o importante é lembrar aqui que todo processo de Governança nas empresas, seja ela Corporativa ou de TI, decorre também de processos internos ou pela necessidade de atendimento às exigências de legislação específicas, como foi o caso da Lei Sarbanes-Oxley (SoX), Basiléia-II e Resolução 3380 (BACEN).

Toda a cultura já existente na organização exerce influência direta ou mesmo indireta, na implementação de processos de Governança, atuando de forma evolutiva e com total, necessário e fundamental apoio da alta gestão (Board), desde o lançamento e formalização das Circulares Normativas Internas, até o atendimento quanto aos processos de divulgação (Disclosure) do balanço financeiro junto ao mercado acionário e monitoração dos Riscos envolvidos. Ou seja, total transparência junto aos interessados (Acionistas, Sponsors, Mercado, Governo, Sociedade, etc).

Um outro ponto importante que vale aqui a pena ressaltar são os aspectos ligados à Maturidade dos processos de gestão da TI e Riscos das empresas. Através dos modelos de referência ou mesmo por meio de trabalhos de Consultoria, pode-se levantar tais níveis de Maturidade dos processos de TI e traçar planos de ações de melhorias, baseados em ondas de projetos, objetivando sempre assegurar a evolução contínua dos processos que suportam os Negócios (Core Business) das corporações.

Desta forma, então, a TI deixa de ser “vitrine” e “gargalo” aos processos de Negócios, cada vez mais dinâmicos e exigentes e passa e evoluir de forma cada vez mais pró-ativa e até mesmo antecipativa às futuras necessidades do Negócio, principalmente no que se refere à Capacidade e Performance dos recursos de TI.

Mas isto já é assunto para os próximos artigos … !