Você sabe realmente o que é um hacker? Qual a definição correta para esta pessoa? Será que o hacker tem uma índole boa e tenta apenas a correção dos sistemas informáticos ou é um cibercriminoso altamente qualificado? O que é um Black Hat, White Hat e Grey Hat?
Vejamos as definições dos dicionários:
Dícionário Priberam da Lingua Portuguesa:
“Indivíduo que acede ilegalmente a sistemas computacionais. = pirata informático”
Dicionário do Aurélio:
“Programador com gênio para dominar e alterar programas e equipamentos de computação e teleprocessamento, e capaz de invadir à distância outros computadores, utilizando ilegalmente os recursos do modem.”
Dicionário Michaelis:
“Pessoa viciada em computadores, com conhecimentos de informática, que utiliza esse conhecimento para o benefício de pessoas que usam o sistema, ou contra elas.”
Pelo que vemos não existe um consenso nos dicionários, vamos ver o que diz a Wikipedia:
“Originalmente, e para certos programadores, hackers são indivíduos que elaboram e modificam software e hardware de computadores, seja desenvolvendo funcionalidades novas, seja adaptando as antigas. (…) A verdadeira expressão para invasores de computadores é denominada Cracker e o termo designa programadores maliciosos e ciberpiratas que agem com o intuito de violar ilegal ou imoralmente sistemas cibernéticos.”
E se pesquisarmos a Wikipedia em inglês? Uma das definições é: (Traduzido do inglês)
“Pessoas comprometidas com a violação de segurança informática. Concerne principalmente ao acesso não-autorizado a computadores remotos através de entrada forçada, utilizando redes informáticas tais como a Internet (Black Hats), mas também incluem aqueles que efetuam depuração ou correção de problemas de segurança (White Hats), ou moralmente ambiguos (Gray Hats).”
Black Hat (“chapéu preto”), seria então o equivalente ao “Cracker” na definição anterior, ou seja, o “lado negro da força”, ou melhor o hacker que invade criminosamente; White Hat (“chapéu branco”), seria o hacker “ético”, o hacker que invade sistemas tendo em conta somente o aprendizado e o melhoramento da segurança; e Grey Hat (“chapéu cinza”), seria algo no meio, entre estes dois tipos de hacker.
O problema é que “Cracker” normalmente é associado a um tipo bem específico de pessoas, aquelas que se envolvem em quebrar o código de proteção de jogos e aplicativos de computador, logo fica meio controverso usá-lo para alguém que tenta ganhar acesso remoto a um computador.
Para a mídia, e para o público em geral, um hacker é alguém que invade um sistema ilícitamente. Um “Especialista em Segurança” seria o profissional que realiza testes, auditorias e invasões de sistema, devidamente autorizado pelo detentor desses sistemas e com o intuíto de efetuar melhoramentos, verificar vulnerabilidades e/ou adequação a normas.
Aliás, porque alguém gostaria de ser chamado de Hacker ao invés de Especialista em Segurança, se aos olhos do público a palavra “hacker” tem conotação negativa?
A pergunta fica no ar.
O sentido inicial da palavra Hacker parece estar perdido no tempo (ou ficando perdido) e cada vez mais assistimos ao seu uso indiscriminado pelos mídia para definir qualquer tipo de crime na área de computação, sendo que até mesmo no meio informático seu significado original é dúbio.
Olá, Muito Bom seu artigo, Parabéns !
É preciso conhecer bem as definições, para se poder distinguir.
Abraços
Muito interessante o Artigo, pois vivi a época em que Hacker era tido como o canivete suiço de Governos, Bancos e empresas, profissionais muito bem pagos e com conhecimento profundo não só de linguagens de baixo nível como também de servidores, protocolos de autenticação,redes e criptografia ultra avançada. Com a popularização da internet, suas atividades ficaram ainda mais intensa,pois agora todos os sistemas estavam expostos e era necessário uma força tarefa para proteger contra ataques. A Internet de antigamente era muito mais vulnerável do que é hoje, qualquer sistema podia ser invadido e o trabalho dos Hackers aumentava a cada dia.
Acredito que a popularização do nome, pois até então pessoas leigas nunca sequer tinham ouvido, se deu quando foi lançado o filme Hackers e como a idéia do filme já foi passada errada, foi como falar para uma criança que roubar chocolate no supermercado é mais emocionante e gostoso. A Partir dai o nome já foi taxado de “Pirata”, pronto, estava rotulado para sempre.
O que vemos hoje no Brasil principalmente não são Hackers e nem Crackers e sim Marginais, vulgo ladrões de galinha que se utilizam de programas prontos encontrados na internet para se apoderar de senhas dos mais desavisados e praticar pequenos furtos e ja sair comprando carros, computadores, etcc.. bem coisa de ladrãozinho barato.
Para os idiotas de plantão, eles não tem a minima idéia de que Hackers (Verdadeiros) um grupo de mais ou menos 140,que levam vidas normais trabalhando em empresas ocupando cargos diversos, muitos deles sem ter nada a ver com segurança de sistemas, trabalham em conjunto com a ABIN e PF localizando os auto-denominados pela imprensa de “Hackers”, fornecendo todos os dados pessoais para o Governo, que então são moonitorados até se possuir informações necessárias para o Flagrante.
Muitos se perguntam, porque demora-se tanto para se prender Pedofilos e Criminosos da Internet, a resposta é simples, nosso código penal é tão frágil que para não se correr o risco de se fazer uma prisão ilegal e se perder meses de investigação, as vezes é necessário todo este trabalho.
Portanto, enquanto estes criminosos acham que vão ficar impunes, estão na mira de verdadeiros Hackers e nem sabem.
Grande Abraço
@Paulo, é isso mesmo, muitos dos ditos “hackers” que roubam as senhas dos bancos apenas usam programas prontos e muitas vezes não entendem sequer o que é uma linha de código…
Ainda bem que existem muitos hackers do bem trabalhando nas “trincheiras” dos sistemas de informação para por um fim a atividades ilegais e maliciosas.
Sem os hackers não teríamos metade do que temos hoje na computação. O Open Source é um exemplo.
@Felipe, sim – os hackers na definição original da palavra foram pioneiros em diversas áreas de informática.