Final de Ano. Substituição de recursos por vaidade ou falta de planejamento?

Vejamos, chegando dezembro seu gestor lhe chama e te avisa: Seu contrato não será renovado. Sem nenhum motivo. Qual a desculpa?

O Projeto foi interrompido.

Por que isso acontece todos os anos e em quase todas as grandes e médias empresas? Falta de verba do ano ainda recorrente? Ou pura e simples renovação de toda a equipe?

Porque na realidade, o projeto continua a todo vapor, com pessoas assumindo dupla função.

Por experiência, na grande maioria é apenas falta de verba devido a um erro no planejamento da verba anual.
Imagine se alguém arriscaria perder toda a base de conhecimento de um recurso adquirido ao longo de um ano, apenas por pura vaidade? Apenas por imaginar que uma renovação na equipe trará novo “gás” para os projetos. Apesar de que já vi isso ocorrendo algumas poucas vezes. Mas isso é outro tópico.

Planejamento estratégico e financeiro é necessário e vital para todas as áreas, não só de TI. Mas devido planejamentos mal executados e a volatilidade da área de TI, acaba mudando o traçado que foram superficialmente planejados, gerando riscos para a empresa, para os projetos, perdas financeiras e de recursos em TI.
Essa falta de planejamento impacta em toda uma cadeia ativa. Desde os colaboradores, Gestores, Varejo em Geral e etc.

Imagine final de ano e você desempregado? Como fazer? O que fazer? Ter que aguardar virar o ano para poder se realocar novamente. Justo nessa data que mais se gasta com as festas… Bate a preocupação e a insegurança no futuro. E no início do ano que chega as contas pesadas como matrículas escolares, IPTU, IPVA, etc..

O impacto da falta de análise e planejamento é muito grande em toda a cadeia ativa. Teve casos onde projetos de mais de R$ 6 mi foram suspensos devido a erros ocasionados pela falta de análise e planejamento corretos.
Após a suspensão dos projetos, observamos nas pessoas aquela feição de questionamento. Se perguntando quem e onde erraram? Chegam as orientações de cancelamento de contratos com os colaboradores, suspensão de contratos com os fornecedores. Imagine você chegar e falar para sua família que você está desempregado porque alguém não fez o seu trabalho de forma correta.

Isso tudo por que alguém não fez o seu trabalho correto. Não é justo, nunca é.

Como solucionar isso? Uma simples palavra: “Planejamento”.

A frase do filósofo romano Senêca “Não há vento favorável para aquele que não sabe aonde vai” ilustra bem isso. Definir qual é a direção a ser seguida, qual é o objetivo é o primeiro passo.

Tenha em mãos o prazo para atingir o objetivo. Pois com base nesse prazo se dará parte do custo necessário. Lembre-se que caso o projeto ultrapasse mais de 365 dias, deverá incluir variáveis tais como férias e datas festivas.

De posse do prazo necessário, você poderá definir os recursos necessários para atingir o objetivo. Lembrando que nem sempre quanto mais recursos, o objetivo será atingido em menor tempo. Quanto maior a quantidade de recurso, maior será o gasto e menos será a produtividade.

Contabilize sempre equipamentos, impostos, substituições de recursos, problemas externos tais como queda de energia, etc., adequação de sistemas e ou troca de licenças, treinamento, férias…

Um profissional qualificado custa caro, não adianta contratar 2 recursos pelo valor/ hora de um, pois provavelmente o nível de conhecimento será equivalente a sua remuneração.

Outro item tão importante do planejamento é ter bons recursos, bem remunerados, que estejam satisfeitos com os benefícios que a consultoria / empresa lhe oferece. Dessa forma, você terá esse profissional até o final do seu projeto, não havendo curvas em seu planejamento. O qual inevitavelmente será um sucesso.

Coloque tudo na ponta do lápis, inclua sempre uma famosa “gordura”, pois sempre devemos contar com acidentes de percurso. Imagine um alagamento, onde você perdeu dois servidores. Você deverá recuperá-los com a máxima urgência, o que fazer? Sempre imagine o pior.

Tenha sempre em mente como se fosse uma viagem de carro para a Bahia. Carro com o tanque cheio, alimentação no carro, dinheiro para pneu reserva, etc., mas você está no centro-oeste de Minas, em uma cidade de pouco mais de 2.000 habitantes e teve uma dor de barriga. Mas está sem papel higiênico e só tem cartão de crédito. E nesse lugar não tem nem linha telefônica. Se tivesse feito um planejamento detalhado, imaginado o pior e contabilizado a gordura, com certeza, você teria dinheiro para um higiênico.

Por isso, planejamento é o início do sucesso.