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A dificuldade de encontrar mão de obra qualificada em TI

publicado por Marco Antonio Chiquie

A dificuldade de encontrar mão de obra qualificada em TIDe acordo com o IDC, existe atualmente no Brasil uma carência de 39,9 mil profissionais de tecnologia. Até 2015, esse número deve crescer para 117 mil vagas abertas sem que empregadores encontrem profissionais qualificados para preenche-las.

O IDC analisa ainda que essa carência ocorrerá não só no Brasil, mas em toda a América Latina e até 2015 a procura por profissionais deve superar a oferta de mão de obra em 27%. No Brasil, somente nas áreas como rede essencial, segurança, telefonia IP e redes sem fio haverá uma lacuna de 23,6 mil profissionais. Percentualmente, segmentos como comunicações unificadas, vídeo, computação em nuvem, mobilidade, datacenter e virtualização serão as áreas com maior número de vagas abertas em comparação com o correspondente de profissionais qualificados disponíveis.

Segundo a pesquisa, as principais razões para esse déficit de mão de obra qualificada em TI são a rápida expansão das empresas de infraestrutura e tecnologia no país, a adoção acelerada de serviços de TI pelas iniciativas pública e privada e o acontecimento no Brasil da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas em 2016, no Rio de Janeiro.
Além disso, ainda faltam incentivos para a criação de profissionais especializados em TI. Falta apoio do governo junto às instituições de ensino, falta apoio do governo para as companhias.

Mas a verdade é que as dificuldades em encontrar profissionais qualificados não são apenas ruins para o setor de TI nacional, que apresenta um grande potencial de crescimento, e já se encontra como o sétimo maior mercado do mundo. É uma desvantagem também para o desenvolvimento econômico do país, que começa desde a criação nacional de produtos e softwares, passando para a especialização de implementação e suporte, e chegando até mesmo às vendas. Ou seja, prejudica quem produz, quem compra e quem vende. Em outras palavras, fabricante, empresas e pessoas físicas, varejo e distribuidores.

É hora de pegarmos o potencial brasileiro, e assim como em tantas áreas onde o país possui vasto plantel de profissionais, incentivar a formação qualificada. Uma atuação conjunta entre governo, instituições de ensino e empresas seria o ideal. Enquanto isso, só nos resta esperar e torcer para que o mercado de TI não sofra um total apagão e ofusque o brilho de um setor que prometia reluzir em ouro.

[Crédito da imagem: Mão de Obra Qualificada – ShutterStock]

Autor

Vice-Presidente da ABRADISTI (Associação Brasileira dos Distribuidores de Tecnologia da Informação)

Marco Antonio Chiquie

Comentários

1 Comment

  • Boa tarde Marco Antônio,
    estes números somente reforçam o que tenho vivido em meu dia a dia, já que sou responsável técnico por contratações. Entretanto, vejo que o assunto é bem mais complexo. Minha visão é: faltam sim profissionais capacitados, mas noto que falta também iniciativa das empresas juntamente com planejamento em treinamento e capacitação – hoje todas as empresas querem profissionais “prontos” porque tudo é “urgente”; faltam salários adequados e justos para funções que exigem alta capacitação – já vi vagas exigindo 5 anos de experiência com salários de 2 mil e além disso, há uma fuga de perfis técnicos – hoje todo mundo quer ser gerente. Recentemente abri 2 vagas, uma técnica e outra gerencial, adivinha, recebi mais de 50 currículos para gerente e menos de 10 para o analista.
    Se não atacarmos estes 3 pontos, o cenário irá piorar muito nos próximos anos.

    Abraço.

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