Carreira

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Comparativo: Mundo Acadêmico X Mundo Corporativo

publicado por Fatima Tada

Comparativo: Mundo Acadêmico X Mundo CorporativoAo finalizar um curso superior ou uma pós-graduação, o estudante não deverá levar somente o conhecimento técnico, a gama de informações que podem ser incorporadas no dia a dia do profissional e que está disponível numa sala de aula, é maior do que se imagina. Há muitas semelhanças entre o mundo acadêmico e o mundo corporativo.

É possível utilizar a experiência e o comportamento de um professor e levá-los para o dia a dia de um gestor. Podemos listar os principais desafios da fascinante arte de ensinar: ensinar a “saber pensar” e “aprender a aprender”. O saber pensar é o componente fundamental de uma postura democrática, que pode ser muito útil num ambiente corporativo.

Começando pelo perfil do professor, ele deve ser aquele que instiga, um provocador e não somente um transmissor de informação. Deve promover um movimento interativo que envolva ele, o aluno e as tecnologias, para que o estudante deixe de ser um ser passivo, participe da comunicação e como consequência da construção do conhecimento. Professores devem mostrar que são flexíveis e que nunca devem parar de aprender, que não possuem o monopólio da verdade e, apesar de todo conhecimento já adquirido, continuam aprendendo inclusive na prática.

Assim como os professores os líderes devem aceitar o erro como condição normal, incentivar à todos a manipularem o conhecimento, questionarem a realidade e a fantástica condição de darem asas a curiosidade. Terem o poder de manter a segurança emocional, autoconfiança, autocontrole, falar sobre problemas com calma e objetividade. Superar fracassos, ser extrovertido e introvertido ao mesmo tempo. Sem esquecer que a grosseria pode bloquear o aprendizado e como consequência a capacidade de produzir.

As equipes devem trabalhar como um grupo de estudos, onde o professor ou líder fazem o papel de orientador e facilitador para que tudo possa ser conduzido de forma tranquila. Neste momento se aprende a argumentar, a escutar parceiros em uma discussão, compartilhar conhecimento, refazer trabalhos para melhorar a argumentação. O trabalho em equipe não exercita somente a lógica, mas também a cidadania. Hoje consigo ver claramente a importância do trabalho em equipe tão repudiado por estudantes.

Identifico na seguinte frase na função de professores e chefes: “Desenvolver pessoas significa melhorar suas capacidades, ensinar-lhes habilidades novas, ajudá-las a eliminar os pontos fracos, aumentar suas responsabilidades e dar novas tarefas para ampliar sua experiência.” (Robert W. Gallant).

Em educação ou em qualquer outra área, devemos estar abertos a debates sensatos e a visões alternativas. As pessoas que fecham seus ouvidos ficam empobrecidas e deixam de crescer. O filme Óleo de Lorenzo é um ótimo exemplo de como a vaidade traduzida em atos autoritários, arrogância e falta de humildade, se rende ao sofrimento passando por cima do preconceito de forma decisiva.

Os indivíduos têm mentes e perfis intelectuais diferentes, mas nem todos sabem pensar, e também não somos inflexíveis, como computadores. Nosso cérebro tem como primeira preocupação a sobrevivência. Pensamos logicamente e colocamos lógica mesmo onde não existe.

É fantástica a possibilidade de descobrir como ajudar um indivíduo a compreender o seu mundo, ser mais seletivo e estratégico. Preparar o ser humano para descobrir o seu potencial criativo, aceitando as críticas e não se abalando com insultos, ser testado o tempo todo, ser afetuoso sem perder o profissionalismo e o sentido de responsabilidade. Mas sem esquecer que a aprendizagem é um compromisso fundamentalmente emocional, ninguém pode ensinar a quem não quer aprender. É o mesmo que orientar quem está parado e não quer ir a lugar nenhum. Aprender a aprender é o mais importante não somente na sociedade da informação, mas na sociedade como um todo.

“Quem não sabe pensar, acredita no que pensa. Quem sabe pensar, questiona o que pensa.” (Pedro Demo, 2006).

Além do conhecimento, o bom humor deve fazer parte do dia a dia no espaço de trabalho e na sala de aula, é necessário que esteja presente também nos níveis hierárquicos mais elevados. Quando são fechados e mau-humorados repassam isto para toda equipe, transformando o clima entre os subordinados e alunos e, automaticamente, reduzindo a criatividade, a produtividade, a satisfação e a motivação.

[Crédito da Imagem: Mundo Acadêmico x Mundo Corporativo – ShutterStock]

Autor

Experiência na área de Tecnologia da Informação, Implantação de ERP. Tutora EAD no curso de Graduação em Gestão da Qualidade na Universidade Paulista (Unip). Articulista em assuntos de Carreira, Comportamento e Gestão . Pesquisadora na área Gestão do Conhecimento e Inovação, associada a SBGC. Entusiasta em Marketing Digital com Certificação em Marketing de Conteúdo. Pós Graduação em Gestão de Projetos em TI, pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini (FCAV) da Escola Politécnica da USP, Graduada em Administração com ênfase em Análise de Sistemas e Especialização em Metodologia do Ensino Superior e Pesquisa (FGV). Aluna Especial na Disciplina de Laboratório de Inovação em Sistemas de Informação pela EACH USP. Autora no blog Plataforma Digital de Conteúdo -http://www.fatimatada.com.br

Fatima Tada

Comentários

3 Comments

  • Muito boa publicação.
    Realmente devemos “Aprender a aprender”,
    Vygotsky e Piaget, em educação já falavam muito sobre isso “Aprender a aprender”.
    Acredito que o mal da sociedade será realmente quem não “Aprender a re-aprender”

    • Obrigada pelo comentário. E concordo plenamente com sua afirmação.

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