Cloud, o que é?

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“Oi, meu nome é Cloud”. Depois de responder com um “prazer em conhecê-lo” você experimenta aquela sensação Déjà vu. O nome parece não ser familiar, mas alguma coisa está dizendo que não é um completo estranho para você. E você está correto. Cloud Computing não é uma revolução. Pelo menos não uma revolução completa!

Tudo começou há muito tempo, mais precisamente em 1961, quando John McCarthy apresentou seu modelo de negócios de “Utility Computing” onde processamento computacional e até aplicações inteiras poderiam ser compartilhadas e vendidas como serviço.

Nos 50 anos seguintes, junto com conceitos como Cluster Computing (ou computação em cluster, onde vários computadores são vistos como um único, em aplicações para computação de alto desempenho), Grid Computing (ou computação em grade, onde computadores conectados remotamente em regiões geográficas distintas eram utilizados em conjunto para resolver o mesmo problema), Arquitetura orientada a serviços (SOA) e a expansão de uma rede grátis e confiável chamada internet, as várias partes do quebra-cabeça necessárias para a realização da visão do John McCarthy de “Utility Computing” estavam finalmente disponíveis. O quebra-cabeça foi finalmente resolvido e várias companhias começaram a dar foco a este novo conceito chamado Cloud
Computing (Computação na Nuvem). Mas, o que exatamente é “Cloud Computing”?

Existem muitas definições para Cloud Computing. Pessoalmente gosto de algumas delas, mas acho que é mais importante entender o conceito do que ter uma definição única do mesmo. Para mim, Cloud é virtualização. Como a internet, Cloud Computing está relacionada à utilização de memória, armazenamento, poder de processamento e serviços de rede, disponíveis e conectáveis virtualmente através da internet. Este é o conceito básico, e, depois de alguns anos (a primeira empresa a explorar o conceito de Cloud foi a Saleasforce.com em 1999) e muito investimento, o conceito inicial de Cloud e seus ingredientes foram desenvolvidos e transformados em diferentes produtos e serviços.

Em Cloud Computing, localização física não importa. Há quanto tempo você usa o Hotmail? Você sabe aonde seus dados estão armazenados? Hotmail é um serviço disponível desde os anos 90, anos antes deste boom de Cloud Computing. Uns podem dizer que você já estava na Nuvem há muito tempo. A mesma observação pode ser feita a serviços como Flicker ou outro site de fotos na internet. Você esteve na Nuvem este tempo todo e não sabia!

Em Cloud Computing, segurança é muito importante. Esta é, provavelmente, a maior preocupação de qualquer um pensando em fazer alguma coisa relacionada à Nuvem. E eis então minha oferta: você pode ter sua própria Nuvem, uma Nuvem privada (ou Private Cloud), com infraestrutura e serviços que apenas você e quem mais for designado pode acessar. Claro que tudo que é feito customizado para um uso em especial acaba sendo mais caro. Neste caso, parte da economia alcançada pela utilização de uma Nuvem Pública é perdida. Você não pode repassar parte do investimento e compartilhar os custos! Mas não se preocupe pois você pode optar por uma Nuvem Híbrida (Hybrid Cloud), que combina a Nuvem Pública com a Privada, o melhor dos dois mundos. A Nuvem Publica é como uma loja onde qualquer um pode entrar. Tem seus padrões de segurança, mas infraestrutura e aplicações são compartilhadas por todos. Esta é a mágica!

Muito provavelmente, infraestrutura é a área onde a Nuvem tem seu maior retorno de investimento. Neste caso estamos falando de servidores, rede, armazenamento e backup. As Empresas estão se esforçando para utilizar o conceito de Cloud para aplicações e para o desenvolvimento de aplicações, mas ainda existe muito espaço para desenvolvimento nesta área.

Por enquanto, Infraestrutura como serviços (IaaS – Infraestructure as a service) é onde a Nuvem se paga. Neste modelo, os clientes usam infraestrutura na Nuvem para rodar seus negócios, incluindo serviços basicos como rede. Neste modelo, o cliente compartilha a infraestrutura, mas é responsável por toda sua administração. Só não entra com o investimento. Usa como serviço mesmo. Ainda é possível ter diferentes camadas em infraestrutura e ter Plataforma como serviço como solução (PaaS – Platform as a Service), onde o cliente decide deixar alguns serviços básicos com o provedor de serviços.

Num futuro próximo, podemos ver Cloud como plataforma padrão para desenvolvimento de novos softwares. Não como uma nova tendência, e sim como algo que veio para ficar e mudar o jeito de desenvolver software comercialmente para usuários finais. Forrester disse que “nos próximos cinco anos, mais de 80% dos novos softwares serão desenvolvidos para serem vendidos seguindo o modelo de Saas (software as a Service)”. E, como temos visto cada vez mais todo tipo de dispositivo (smartphones, TV, Laptop, Tablet, etc) caminhar para uma convergência, esta abordagem faz sentido. E esta é a área onde o conceito de Cloud vai atingir todos nós.

Francisco J S Fernandeshttps://wordpress-1301991-4735944.cloudwaysapps.com/author/francisco-fernandes/
Profissional de IT e apaixonado por tecnologia, Francisco é Arquiteto de Soluções com mais de 25 anos de experiencia no mercado de TI em diversas empresas como BID, HP, EDS, Fininvest, Unibanco, Banco Nacional e Sul America Seguros. Escrever é um dos seus hobbies e, além de tecnologia, é aficionado por música, viagens, fotografia e futebol.Meus contatos são: LinkedIn: http://br.linkedin.com/in/franciscojsfernandes E-mail: kikofernandes@gmail.com Twitter: @kikofernandes71

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