No último artigo “Desenrolando o Novelo”, vimos os números tortos da atualidade no Brasil. Tudo indica que temos um problema de baixa produtividade. Mas, pera ai, o que realmente significa a tal produtividade? Na área de TI, baixa produtividade pode significar 2 coisas muito graves: 1- Desperdício do tempo e 2- Retrabalho. Claro que uma coisa leva a outra. Muita gente deixa para resolver uma demanda na última hora, porque estava assolada por retrabalho (entregas anteriores mal feitas) e, claro que a nova entrega será retrabalhada posteriormente! Biscoitos são fresquinhos porque vendem mais ou vendem mais porque são fresquinhos? E o backlog não para de crescer. Já viu esse filme antes? Duvido que não! De novo, multiplique esse fato por milhares de empresas e milhares de funcionários e teremos um baita backlog nacional!
Pra apimentar a situação, teremos grandes eventos (não postergáveis), que irão demandar soluções tecnológicas que realmente devam funcionar e, seremos a vitrine do mundo. Que foto queremos da tal vitrine? Entendo que nosso futuro como país irá depender muito da tal foto.
Você, que está com um sorriso de Monalisa neste momento, olha em volta e concorda que alguma coisa tem mudar. Mas o que? A política, os negócios, a sua empresa?
A má noticia é “nada disso”. A boa notícia é “você”. Sim você mesmo, que dá duro o dia inteiro e retrabalha pra caramba. Se quiser melhorar sua qualidade de vida, e crescer profissionalmente vai ter que incorporar algumas práticas (muito antigas) no seu modern life style. Se você não pode mudar a situação toda, com certeza pode melhorar comportamentos do seu entorno (chamamos isso de halo). Todos corremos riscos o tempo todo, mas muitos também correm perigo. Perigo de fazer errado, de ser despedido, de retrabalhar, de falar bobagem, perigo legal, fiscal, etc. Correr riscos é uma boa, pois quanto maior o risco maior a recompensa (acreditem é uma lei de Murphy!). Porém correr perigo não, isso não. A palavra mágica que separa riscos de perigo é planejamento. O Brasil é campeão em não planejamento. Quer saber mais, leia o livro “1808” do Laurentino Gomes. Lá explica tudo, nossas mazelas, nossas favelas e nosso comportamento “faiz ai e vamo vê o que dá”. O que será que dá?
O planejamento é um método racional empírico que permite que você estude o problema de vários ângulos e prepare respostas viáveis. Inclua ai, coisas inesperadas e terá um tratamento aos riscos, evitando os perigos (que você realmente precisa evitar!). Planejar a carreira, planejar a empresa, planejar o negócio, planejar o projeto, planejar os relacionamentos. São comportamentos cada vez mais demandados nesse nosso mundo conectado e por isso em plena vitrine, que irá separar quem anda pra frente, quem para no tempo e quem fica pra trás.
Pega um desses planejamentos ai de cima só pra ilustrar: a carreira. Quanto tempo você investe no planejamento da sua carreira? Você delega isso para a sua empresa? Para o acaso? “faiz ai e vamo vê o que dá?”. Caro leitor, você é funcionário da sua carreira, você trabalha para ela. Ela te sustenta e te dá futuro (bom ou ruim). Somente cabe a você planejar e executar a sua carreira que seja atrativa para as empresas. Já ouviu falar de alta empregabilidade? Então, sua promoção nesta ou naquela empresa depende da atratividade (leis da atração). Ai você me diz, mas retrabalho tanto, não tenho tempo de pensar na minha carreira. Bom, ai então está o ponto de mutação. Da sua mudança, da mudança do seu comportamento corporativo. Ah, e não espere resultados imediatos não. A coisa funciona mais ou menos como a estória do famoso discurso dos pontos (que futuramente serão ligados) do Steve Jobs (está no Youtube), sem muita lógica de resultado imediato, mas com uma tendência de forte viés em benefício da sua carreira. Então planejar estrategicamente sua carreira é fundamental e passa por algumas providências básicas e simples que são…xi, acabou a pauta!
Bom, no próximo artigo a gente destila isso. Até lá.
Ótimo artigo Antônio, meus parabéns pelo texto.