Tecnologia Social

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A Importância da RP 2.0 nas Mídias Sociais

publicado por Paulo Carmo

Já discorremos muito nos artigos anteriores, todos aqui neste portal publicados, sobre Mídias Sociais e seus conceitos, dentro do contexto da Web 2.0. No entanto, sabemos que as Mídias Sociais ocupam papel preponderante na comunicação praticada pelas Corporações bem como têm requerido cada vez mais atenção dos profissionais que atuam nesta área, exigindo uma atualização constante, devido à atualização contínua das novas Plataformas existentes.

Tais Mídias Sociais se diferem das tradicionais, as quais privilegiavam uma visão monopolista, quase sempre associada aos grandes grupos que detinham o poder da Comunicação, não obstante grandes interesses econômicos e/ou políticos, as Mídias Sociais agora favorecem e estimulam a Co-participação de todos, dentro de um pluralismo de idéias e posições.

Trata-se, portanto, de uma mudança por que não drástica de paradigma, a orientar novos relacionamentos e interações, agora exigindo dos novos gestores da Comunicação a plena elaboração de uma nova proposta dando conta das novas singularidades exigidas pelos novos ambientes. Este processo de adaptação ainda está em curso e estamos todos aprendendo ao mesmo tempo com ele, mas já se pode observar iniciativas bem sucedidas em algumas Empresas.

Fica, portanto, evidente o compromisso com uma perspectiva cada vez mais moderna da Comunicação Organizacional, baseada no diálogo amplo e aberto, na troca e total democratização das Informações, conhecimentos e saberes, dentro dos novos ambientes virtuais. Saber interagir neste novo contexto pode ser extremamente Estratégico para as Empresas modernas e abertas, através da interação com o seu público consumidor.

Todas as atividades relacionadas com Relações Públicas devem levar sempre em conta as experiências vividas pelos usuários / clientes, podendo influenciar direta ou indiretamente na sua percepção em relação às Marcas, produtos e serviços (além do aspecto Qualidade é claro) oferecidos pelas Corporações. É por isto que cada vez mais o conceito da presença digital torna-se por demais importante no planejamento Estratégico das Empresas, o que tem estimulado o investimento em Comunicação cada vez maior, tanto nas Mídias Tradicionais como nas Mídias Sociais, sendo nestas últimas uma exposição permanente (24 x 7) 365 dias ao ano, com investimentos relativamente menores comparativamente à Mídia Tradicional.

No entanto, mais importante que o objetivo Estratégico das Empresas relacionado à presença digital, seria exatamente se apropriar da essência desta nova ambiência virtual. Neste novo ambiente, onde as pessoas se conectam em nuvens de informação, tudo é potencializado, onde tal atuação pode ser tornar um grande diferencial competitivo, visto que ainda poucas Organizações estão já atuando neste nível de aprofundamento nas relações com os seus públicos, até mesmo pelo grande receio ainda existente do risco de exposição da Marca neste novo cenário.

Assim, o processo de Relações Públicas deve ser pensado como algo sempre dinâmico e Estratégico nas Empresas, sempre responsável por mudanças e transformações significativas nas relações das Organizações com os novos públicos na atualidade.

A chave do segredo para utilizar as Mídias Sociais nas Empresas está em ter o que dizer (Conteúdo) e saber como fazê-lo (Planejamento). Toda ferramenta em si é secundária, pois o contexto muda o tempo todo.

Entende-se como “RP 2.0” toda atividade de mediação e/ou interação por parte das Organizações com seus públicos na Web 2.0, contudo no que diz claro respeito às expressões e/ou manifestações destes nas Mídias Sociais. Podemos definir “RP 2.0” como um novo tipo de comunicação que tem com premissa maior toda e qualquer interação com os consumidores bem como a total, ampla e irrestrita transparência Corporativa, e que ganhou enorme importância no cenário com a mídia gerada pelo usuário como um todo.

A tecnologia inerente às novas Plataformas das Mídias Sociais na Internet invadiu por completo o espaço de atuação das Relações Públicas e alterou a suas forma de atuação neste novo contexto.

Uma pesquisa realizada pelo IBOPE no evento da Campus Party 2009, dentre as atividades que os internautas “sempre” realizam antes de efetuar determinada compra (On-Line ou Off-Line) de produtos e serviços são: (46%) leitura de comentários de outros usuários sobre determinados produtos ou serviços postados na Web, (40%) visita ao site ou portal oficial da Empresa, (33%) procura por mais informações em outros portais diversos.

Uma outra pesquisa conduzida pela Consultoria eMarketer e publicada apenas parcialmente pelo site UOL Tecnologia em Outubro de 2008, registrou que todas as fronteiras que separavam os BLOG’s dos demais veículos de mídia desapareceram por completo, visto que ambos exercem a mesma influência em toda a sociedade da informação. E isto altera todo o planejamento Estratégico das Empresas, neste sentido. Surgem, portanto, os chamados formadores de opinião na Web. Todas as discussões envolvendo Marcas, produtos e serviços estão sempre em pauta, atingindo enormes audiências na Web, colaborando para influenciá-las nos juízos de valor e decisões de compra.

 

Tudo aquilo então que é citado nos BLOG’s, aparece nas Mídias Sociais como Facebook e Youtube, exercem impacto imediato na reputação e imagem das Empresas, a qual não possui mais o controle total das informações. A perda de controle é uma das grandes barreiras para as organizações quando a questão é a internet colaborativa. O total domínio daquilo que os usuários colocam na rede é impossível de ser concebido.

No cenário atual, conhecimento é poder, porém dentro das Organizações colaborativas e abertas, o novo mantra é “Compartilhar é Poder”. Todo e qualquer Engajamento entre consumidores e Marcas deve se dar de forma totalmente natural e espontânea.

É necessário a produção de conteúdo relevante e disseminação via BLOG’s relevantes para conquistar, dentro de um crescimento chamado Orgânico, repercussões espontâneas. Dependendo do site de Rede Social, devem ser oferecidas respostas de maneira particular, não invasivas; em outros, a rapidez e o formato do canal demandam resposta pública.

Como exemplo recente, dentro de um projeto de planejamento de Mídias Sociais em uma grande Empresa nacional do setor Financeiro, um dos tópicos mais importantes é justamente a divulgação de lançamento de novos aplicativos para iPad, por meio da divulgação da informação via Blogueiros relevantes (formadores de opinião) como forma de incentivar a repercussão de forma espontânea. O mesmo se aplica para todas as demais ações de importante divulgação na rede pelas Empresas, garantindo o valor da Marca e de sua presença digital na Web.

Como dica, seguem 05 pontos relevantes para a conquista de consumidores na era digital:

. O contato pessoa-a-pessoa é mais eficiente que pessoa-empresa, o que deve levar às organizações à investir em porta-vozes da marca;

. Crie um ambiente em que os consumidores possam palpitar à vontade;

. Conheça os perfis e preferências dos consumidores de sua marca, pois quanto mais informações, melhor a interação;

. Aposte em um nicho de mercado; não envie notícias de um produto para quem não teria interesse em comprá-lo;

. O boca-a-boca é um instrumento poderoso nas redes. Se alguém começa a falar de você, é bem provável que o comentário se alastre rapidamente.

Apenas para complementar, seguem aqui outras 06 dicas de como as Organizações devem agir no contexto das novas Mídias Sociais disponíveis na Web 2.0:

. Redes sociais são canais de comunicação como TV, jornais, rádio e telefone. Portanto, trata-se de um canal que as organizações podem oferecer produtos e serviços ou para se comunicar, engajar e se conectar com os seus consumidores;

. O crescimento das mídias sociais e das opiniões geradas pelos consumidores são oportunidades para que as organizações expandam suas audiências e engajamento em seus sites;

. As organizações devem instigar funcionalidades que permitam comunidades e conversações dentro de seus próprios sites;

. Assim como os consumidores adicionam conteúdos às redes sociais, estas oferecem oportunidades de promoção de informações para audiências maiores na web;

. Há que se pensar que há simultaneidade de consumo das mídias. O uso das redes sociais pode ser complementar às mídias tradicionais;

. Anunciar nas redes sociais on-line significa superar obstáculos como complexidade, criatividade e relevância.

Espero que eu tenha contribuído. Nos vemos no próximo artigo !

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Autor

- Professor do Curso de Pós-Graduação em "Gestão Estratégica da TI" na Universidade FEI - SP (Campus Tamandaré - Liberdade) nas disciplinas de "Governança de TI" e "Marketing em Redes Sociais". - Consultor Especialista em Governança de TI e Social Media Marketing pela EGV Consultoria (www.egvconsultoria.com.br). - Palestrante em Governança de TI, Social Media e Gestão de Projetos (PMO). Twitter: @pacarmo / @EGVCONSULTORIA Linkedin: http://br.linkedin.com/in/paulocarmo Facebook: http://www.facebook.com/pages/EGV-Consultoria-de-TI/101861886542995?created A EGV Consultoria (@egvconsultoria) atua em projetos de GaaS (Governance as a Service, Gestão de Projetos e PMO, palestras e projetos de Comunicação via Mídias Digitais).

Paulo Carmo

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