Carreira

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O Valor da Emoção

publicado por Thales Cunha

Entrar numa empresa de calças curtas e só sair dela quando chegar à aposentadoria é definitivamente uma idéia do passado. A partir de agora, os funcionários e colaboradores terão cada vez menos chances de estabilidade, benefícios por tempo de serviço e promoções por fidelidade. Com a competição cada vez mais acirrada, empresas não sabem sequer prever se continuarão a existir nos próximos cinco anos e, por conta disso, estão abolindo os empregos para a vida toda. Esse processo começou nos Estados Unidos e vem correndo o mundo todo.
No Brasil, o empresariado nacional, acompanhando as tendências e influências do mercado de trabalho internacional, gradativamente, foi alterando os critérios de contratação. Currículo e capacitação técnica, que até pouco tempo eram valores decisivos e inquestionáveis, perdem espaço para outros fatores, agora, exigidos pelas empresas que acompanham a evolução do mercado de trabalho.
O sucesso depende mais do coração do que da cabeça, os sentimentos valem mais do que o quociente de inteligência. O temperamento equilibrado da pessoa que se emociona, porque coloca o coração nas coisas que faz, tem seu lugar garantido. Hoje, no mercado de trabalho, tem valor o profissional que participa, extravasa e consegue sensibilizar, gerenciando sua rotina com “feeling”. A fórmula do sucesso na vida profissional é vista, hoje, como uma combinação bem temperada de pensamento racional com controle e autoconhecimento emocional.
Para trabalhar em equipe e ter desenvolvimento pessoal e profissional, precisamos exercitar o auto-conhecimento e saber das nossas potencialidades, para que possamos ter um bom relacionamento com o grupo e com a comunidade. O perfil do profissional valorizado anteriormente era baseado principalmente no currículo e até no nível de seu “QI”. Eram contratados os primeiros de turmas, aqueles acadêmicos que, em geral, tinham o objetivo único de mergulhar nos estudos, e que nem participavam de atividades extra-classe. Hoje as empresas continuam dando preferência para profissionais bem qualificados, mas necessariamente com comportamento emocional equilibrado. Ontem, valia mais a cabeça, hoje, vale mais o coração. A pessoa preferida no mercado de trabalho é aquela que exercita as inteligências múltiplas. A mulher profissional, geralmente, é mais produtiva que o homem e tem maior capacidade de administrar as tantas tarefas que devem ser executadas, como:
• Ligar para escola do filho, para saber como está indo. Levar e buscar os filhos nas atividades extra-classe (futebol, dança, artes marciais, etc…).
• Pedir para a empregada descongelar a comida para o almoço da família, administrar a casa, a TPM, o marido chato, a costureira, o remédio dos filhos, etc.
• Comprar roupas, sapatos, bolsas,  lingerie, ……………..emagrecer, ficar sem celulite, continuar linda…..tudo isso durante seu período de trabalho e, ainda assim ser mais produtiva que os homens. Por quê?
Ela é intuitiva e tem uma visão sistêmica, cria relações entre os elementos de um todo, é detalhista e generalista ao mesmo tempo, desenvolvendo múltiplas habilidades. A mulher tem a emoção à flor da pele e, nestes tempos de inteligência emocional, isso é fundamental para se dirigir os negócios. A intuição é mais importante do que a qualidade e é, por isso, que cada vez mais estão ocupando cargos de direção em empresas de porte e multi-nacionais. E quando “a coisa” aperta, ainda podem chorar. E os homens se derretem em volta delas.
Psicólogos, estudiosos e empresários concluíram que os melhores resultados eram obtidos através daquelas pessoas ou equipes onde existiam elementos que se emocionavam e  que tinham facilidade de relacionamento interpessoal, de comunicação e que participavam ativamente do processo de trabalho. Embora seja um fator subjetivo e complexo, a inteligência emocional, ainda assim, pode ser medida sob alguns aspectos: o otimismo, a simpatia, a participação efetiva na vida da empresa, a facilidade de trabalho em grupo, a preocupação com os colegas e um bom relacionamento familiar são alguns aspectos considerados. As empresas estão desesperadas em busca de profissionais com esse perfil, ou seja, aquelas pessoas que têm vida familiar equilibrada, que conseguem optar por serem simpáticas e que, mesmo sendo realistas, estão sempre alegres e dispostas. São profissionais otimistas que conseguem exteriorizar esses sentimentos. Esse comportamento, evidentemente alicerçado sobre um bom currículo escolar, é garantia de portas abertas para o sucesso.
O que mais se pede hoje são pessoas dispostas. Promoções por tempo de serviço ou merecimento e estabilidade não existem mais. Hoje em dia, as pessoas têm de administrar suas próprias carreiras, como se fosse um produto, um bem de consumo.
O mercado não tem falta de pessoas, o que o mercado precisa é de pessoas humanas.
Fique atento às oportunidades. Você pode ser a diferença.

Autor

Thales Cunha é empresário de TI com 35 anos de experiência na comercialização de computadores e servidores de todos os portes. Atuou em empresas como IBM, DELL, Ação Informática, entre outras. É proprietário da 4Servers Technologies (www.4servers.com.br) , empresa especializada no fornecimento de peças novas e/ou descontinuadas para upgrade de servidores e storages da HP, IBM e Dell. Edita o blog 4SERVERS TECHNOLOGIES (www.4servers.net.br) sobre Informática, Tecnologia, Vendas, Marketing, Notícias, Empresas, Eventos e Negócios.

Thales Cunha

Comentários

3 Comments

  • Excelente o conteúdo desta matéria. O Sr. Thales Cunha foi muito feliz em suas colocações. Obviamente que a gestão de pessoas já é um diferencial competitivo em empresas de sucesso, entretanto, os empresários que não se atentarem para esta nova forma de ver o capital humano de suas empresas, poderá comprometer os resultados e perder espaço no seu vertical.

  • Obrigado pelo comentário, Nelson. Você está certo, a visão das empresas precisa ser mudada, e esta mudança começa com a gente. A nova geração de profissionais, que assumirá a gestão de muitas empresas nas próximas décadas, já deverá mudar para este cenário com mais intensidade.

    Abraço

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