Esses dias eu estava conversando com o meu ex-Coordenador, Derek Struchel, uma das referências que tenho em TI. O tema da nossa conversa foi Virtualização. Tema de natureza bastante ampla, tomou grandes proporções, como é de costume. Portanto, vou limitar o artigo em 2 (dois) pontos intimamente ligados, discutidos nessa conversa.
O primeiro deles, sobre os desafios que a Virtualização recente tem proporcionado. É sabido que a Virtualização nos trouxe muitas facilidades. Mas se analisarmos, as dificuldades vieram proporcionalmente, em especial, a complexidade que os ambientes virtualizados vêm adquirindo.
Há algum tempo atrás, um bom Analista de Infraestrutura de TI ou Administrador de Redes (outras funções não me vem à cabeça agora…), sabia muito bem sobre as arquiteturas (hardwares) do servidor que lidava, assim como, instalar o Microsoft Windows Server, em qualquer uma de suas versões. E isso não faz tanto tempo assim.
O cenário hoje é bem diferente: dependendo do ambiente, dificilmente ele terá contato com novas arquiteturas e talvez, JAMAIS fará uma nova instalação de sistema operacional. Afinal, os templates já estão prontos na ferramenta virtualizadora.
A distância do lógico e do físico fica cada vez maior. E as camadas entre esses extremos, também aumentam. Esse processo ocorre de maneira acelerada. O desafio de administrar tudo isso, em todos os sentidos, exige cada vez mais dos técnicos e gestores. Por isso, o mercado passa por um momento de consolidação no quesito Profissionais aptos à Virtualização. A oferta de profissionais realmente preparados para lidar com as complexidades recentes da Virtualização, é muito pequena.
E você? Está preparado?
Como consequência deste rumo que a Virtualização tem tomado, começo aqui o segundo ponto discutido. Recentemente, acompanhei de perto a redução de um Data Center de “n” equipamentos para “n – 10”. A Virtualização elimina hardware com a mesma destreza que fornos siderúrgicos convertem metais em líquidos tão maleáveis quanto à água.
Nesse momento, um dos assuntos de minha responsabilidade, é a conversão de pelo menos 6 (seis) servidores físicos de porte razoável, em servidores virtuais. Seus hardwares estão próximos do fim do contrato de garantia, e a empresa não tem intenção de quaisquer renovações, até por que os custos para essa operação já foram tratados e são inviáveis perante a opção da Virtualização.
Tento imaginar num futuro de médio prazo, um site de analistas equipados com monitores, teclados e mouses, com processamento (hardware) centralizado e distante. Também tento imaginar os analistas que leem esse artigo, nesse mesmo futuro, em conversa nostálgica com analistas de uma nova geração, recordando-se das épocas em que era possível ter contato com hardwares e que “TI” era algo mais palpável.
Já se imaginou num “Data Center” recheado, apenas, com fios e cabos? É bom se preparar…
Vou ficando por aqui para o artigo não ficar muito extenso. Conversamos mais sobre o rumo da Virtualização em próximos artigos aqui no TI Especialistas.
Adorei a imagem usada como topologia do futuro (risos).
Talvez seja assim mesmo em um futuro próximo.
Obrigado pelo comentário, Zaca!
Tomara que aconteça rápido isso tudo…chega de trambolhos pra lá e pra cá o tempo todo,pelo menos assim temos um Data Center e uma rede bem mais organizados.
Esta verdade, em meu julgamento, é estrangeira à realidade do Brasil. Ainda que não muito distante, vejo algumas instituições mantendo suas máquinas, até porque o marco regulatório de internet de banda larga é apenas um sonho, aliás um balaio de gatos, cheios de remendos e furos. Enquanto nossas operadoras de telecomunicações não forem 100% confiáveis, nossos contratos não sejam passíveis de alteração em virtude de casuísmos políticos ou financeiros, e que nossos profissionais de TI obtenham o merecido reconhecimento, acredito que ficaremos à margem desta verdade! Reconheco, entretanto, que meus argumentos parecem desculpas de mau perdedor, para não dizer “O CUCA DO GALO MINEIRO”, todavia, é uma realidade inegável! Aguardo outras manifestações dos colegas para poder alterar meu julgamento! Abraços e considerações a todos! Marcelo é pai de Daniel Henrique!
Meu amigo eu discordo de você quando diz que:. Mas se analisarmos, as dificuldades vieram proporcionalmente, em especial, a complexidade que os ambientes virtualizados vêm adquirindo.
Não existe dificuldade quando se lida com um ambiente virtual, na verdade oque existe é uma curva de aprendizagem que todo técnico de ti precisa passar, como profissional de TI e especialista em virtualização vejo muito técnico com preguiça de aprender o novo. Quando ao instalar um novo sistema Operacional, ninguem sentira saudades desta epoca, a TI tem sido vista como parte do negocio e como tal precisa esta focada em atitudes estratégicas e não mais em formatar pcs ou instalar SOs.
No mais eu concordo com você, lembrando que esta é so minha opinião.
Abraços