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TI Verde – Como iniciar a transformação do ambiente de TI em um ambiente mais verde?

publicado por Diego Salim De Oliveira

Nos tempos atuais, a “onda verde” vem tirando o sono de CIOs e gerentes de TI de inúmeras empresas.

Hoje é fato que muitos consumidores têm preferência por produtos e serviços fornecidos por empresas “verdes”. Não apenas a responsabilidade social, mas, agora também a responsabilidade ambiental tem sido “exigida” pelos consumidores.

É claro que a pressão exercida depende muito do segmento de atuação da empresa e principalmente dos mercados trabalhados por esta empresa.

Mas, está evidente que a “onda verde” veio para ficar, e esta pressão só tende a aumentar.

Diante disto, empresas dos mais diversos segmentos e portes têm desenhado estratégias para se adaptarem a esta nova realidade, trabalhos estes muitas vezes liderados pela área de marketing, a qual por sua vez, coopera e também pressiona as demais áreas da empresa para que se adéquem, diminuindo o consumo de energia, a geração de calor e o consumo de água, eliminando o uso tanto interno quanto nos processos produtivos de materiais tóxicos ou poluentes, diminuindo o desperdício e reduzindo o consumo dos mais diversos materiais, e incentivando a reciclagem e utilização de produtos reciclados.

E em geral me deparo com certa inércia de TI, que acaba ficando entre a cruz e a espada, se por um lado é necessário de adequar, transformar-se em uma área “mais verde”, por outro, TI via de regra vive pressionada com budgets que em geral se quer viabilizam as melhorias planejadas para o atendimento das áreas de negócios.

Com todas as pressões vividas no dia a dia, a “onda verde” vem como um pesadelo para os CIOs, pois as demandas das áreas de negócios são prioritárias, o budget apertado, o tempo do profissionais interno escasso, e ainda temos o usuário, em geral, resistente a mudanças.

Então, como viabilizar a redução dos impactos ambientais gerados por TI?

No meu ponto de vista, a resposta é atrelar iniciativas verdes a outras necessidades da empresa, como aumento de performance e disponibilidade de aplicações críticas para os negócios, redução de custos operacionais, diminuição de horas paradas de usuários, etc.

As “iniciativas verdes” sozinhas, via de regra não serão suficientes para justificar um projeto, sobretudo se considerando que em geral, estas iniciativas demandarão modificações através da aquisição de hardware, software, treinamento dos profissionais de TI, treinamento do usuário, melhorias em aplicações, etc.

O desafio é inserir estas iniciativas em projetos prioritários da empresa, e até mesmo divulgar isto internamente quando os projetos e melhorias implantados já resultam em resultados ambientais melhores.

Como?

Soluções de virtualização de servidores são um bom exemplo, evidentemente que quando bem implantadas. Em geral se aumenta o desempenho e a disponibilidade dos ambientes, utilizando melhor a infra-estrutura disponível, demandando desta forma menos infra, consumindo menos energia, gerando menos calor, consumindo menos equipamentos (e por conseqüência menos metais pesados, menos equipamentos para serem descartados no futuro), etc.

Aliado a isto, se tem a redução de custos com hardware, a possível redução de custos com software, e em geral uma excelente redução dos custos de administração do ambiente (ou seja, melhor aproveitamento do tempo da equipe de TI).

É importante salientar que em certos casos, o custo inicial, o investimento necessário, é até maior do que os custos de ampliação do ambiente existente, mas, o importante é que se comprove para a empresa o retorno do investimento, ou seja, que em 03, 05 ou mesmo 10 anos (de acordo com as características específicas do projeto), o custo total será inferior do que o custo total para se continuar na situação atual.

Gosto de utilizar a virtualização de servidores como exemplo, pois neste caso acima, as necessidades do negócio foram atendidas (aumento de desempenho e disponibilidade), as necessidades financeiras foram atendidas (redução de custos, ROI), as necessidades de TI foram atendidas (melhorar a produtividade dos profissionais de TI), e também as necessidades “ambientais” foram atendidas (menor consumo de energia, menor geração de calor, etc).

O segundo passo é contabilizar estas reduções, sobretudo o consumo elétrico e geração de calor, que são relativamente simples de serem calculados, e demonstrar isto internamente na empresa.

A virtualização de servidores é apenas um exemplo, há inúmeras outras soluções de mercado que buscam a otimização de ambientes e indiretamente contribuem para uma TI mais verde, seja a otimização do armazenamento, virtualização de desktops, otimizações de bancos de dados, de BI, e até mesmo melhorias em aplicações desenvolvidas internamente, buscando utilizar menos recursos de hardware.

Acredito que o mais importante, é no primeiro momento se questionar “De que forma os projetos implantados nos últimos anos contribuíram para o meio ambiente?”, realizar este levantamento e informar a empresa como TI está contribuindo para que a empresa se torne aderente a “onda verde”. E a segunda questão seria “De que forma os novos projetos podem colaborar com a manutenção ou aumento da contribuição de TI na adequação ambiental desejada pela empresa?”.

Dependendo de como tratarmos a questão ambiental, ela pode ser mais um argumento para o fortalecimento interno de TI na empresa, auxiliando na justificativa para a implantação de diversas ações e ajudando TI a ser visto como um agente transformador vital.

Autor

• Profissional com 16 anos de experiência em empresas multinacionais e nacionais de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, com conhecimentos e experiência adquiridos nas áreas Comercial, Canais, Parcerias, Produtos e Técnica. • MBA em Gestão Estratégica de Negócios (ESALQ/USP), Master in Information Technology (FIAP) com módulo internacional pela Singularity University, Pós-graduação em Administração (UNIP) e graduação em Tecnologia em Marketing (UNIP). • Sólida experiência na gestão de equipes multidisciplinares. • Liderança técnica e comercial de projetos estratégicos em clientes privados e públicos, incluindo experiência e conhecimento da Lei Federal 8.666/93. • Experiência em Tecnologia da Informação (TI), incluindo Soluções em Big Data Analytics, Nuvem (Cloud), Continuidade de Negócios, Recuperação de Desastres, Virtualização (de Servidores, Desktops, Aplicações e Armazenamento), Bancos de Dados, Redes (SAN, LAN e WAN), Arquivamento, Data Center, Monitoramento e Mascaramento de Dados. • Experiência em Segurança da Informação (SI), incluindo Cyber Intelligence, Anti-DDoS, Segurança Perimetral e de Redes, End Point Security, MDM (Mobile Device Management), DLP (Data Loss Prevention), entre outros temas. • Experiência em Telecomunicações, incluindo Fixas e Móveis. • Experiência em Automação, com foco em M2M (Machine to Machine) e IoT (Internet of Things). • Domínio da Lei Geral de Proteção de Dados e das Resoluções 4658 e 3909 do Banco Central do Brasil. • Conhecimentos em Administração, Contabilidade, Gestão Tributária, Marketing e Direito (com foco em Direito Digital e legislação específica a respeito a respeito de Licitações e Contratos Públicos). LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/DiegoSalimDeOliveira

Diego Salim De Oliveira

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