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Sociedade 5.0 ou Smart City? Como será o profissional dentro deste contexto e a forma de se relacionar e aprender?

publicado por Leila Oliveira Duarte

Ainda temos muito o que falar sobre a revolução 4.0, principalmente aqui no Brasil, que vem impactando a indústria e também na forma como as pessoas aprendem. Tantos termos e tecnologias envolvidas que mais parecem uma sopa de letrinhas para a grande maioria das pessoas.

IoT (internet das coisas), IA (inteligência artificial), Big Data, Drone, criptomoedas (Bitcoin), Blockchain, M.U.V.U.C.A, robôs, chatbot, algoritmos, Chip, Realidade Aumenta, que é um universo fascinante principalmente para as pessoas de TI (tecnologia da informação). Os aficionados por tecnologia então? O sorriso vai de orelha a orelha.

Até para os mais antenados, quando estão começando a se acostumar com o termo “4.0”, chega a notícia sobre a sociedade 5.0. E agora? O que é isso? Então, se eu associar smart city com sociedade 5.0? Ficará um pouco mais complicado? Calma, vou contextualizar sobre isso.

O que é uma sociedade inteligente? (smart city) é uma cidade criativa e sustentável.

Fonte: Google

Segundo o site FGV Projetos “Apesar de ser um conceito relativamente recente, o conceito de Smart City já se consolidou como assunto fundamental na discussão global sobre o desenvolvimento sustentável e movimenta um mercado global de soluções tecnológicas, que é estimado a chegar em US$ 408 bilhões até 2020”. Nesse conceito as pessoas interagem usando energia, serviços, para aumentar o desenvolvimento econômico e de “quebra” melhorar a qualidade de vida.

Isso está ocorrendo diante de nossos olhos, mas, não nos damos conta dessa revolução e o termo “5.0” vai ser inserido no nosso meio “silenciosamente”. Em países como Alemanha e Japão por exemplo, veem um mundo cada vez mais conectado, onde pessoas e robôs conviverão em harmonia. Isso não te lembra a indústria 4.0?

Parceria homem com máquina (simbiótico), faz sentido? A máquina vem para ajudar o humano a não errar. Vemos exemplos dos robôs que ajudam o médico a fazer uma cirurgia com extrema precisão. Reduzindo horas que a equipe ficaria na sala de cirurgia. Ou falando em indústria um portal de cadastro, que o robô faz a leitura de dados em vários sites como Receita Federal, Inscrição Estatual com base no CNPJ por exemplo, preenche os campos e imputar os dados no sistema ERP. Um cadastro de cliente ou fornecedor será concluído muito mais rápido e sem erros de digitação. Eu já participei de um projeto assim. Automação de cadastro interface de sistema satélite com sistema ERP, nesse meu caso interface com sistema SAP. Essa automação de processos alguns veem como ameaça outros como oportunidade.

A Sociedade 5.0 é conectada e terá de ser adaptável. Os sistemas inteligentes estarão a serviço do homem, ajudando a resolver problemas como desastres naturais, limitação de energia elétrica, envelhecimento da população, segurança por exemplo.

Enquanto na indústria 4.0 envolve inovação tecnológica, automação, controle, e segurança de informações. A sociedade 5.0 vai além da busca por maior produtividade e eficiência dos processos, irá utilizar o que foi aprendido e desenvolvido com inovação e tecnologia na revolução 4.0, para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Ou seja, os sistemas inteligentes não serão considerados “inimigos”, pelo contrário, serão aliados nesse processo.

E as empresas? E os profissionais como ficaram nesse novo contexto? O desafio é muito grande. Mas, vai exigir uma mudança de mindset. Sim, terá que sair da zona de conforto e estudar.

Com certeza as oportunidades serão infinitamente maiores, e os riscos também serão grandes de ficar estagnado no lugar. Será necessário planejamento estratégico para o longo prazo, direcionar investimentos, ter visão holística, analisar o mercado onde está inserido. Vivemos tempos líquidos, torna-se obsoleto é muito mais rápido do que na década passada.

Os profissionais devem capacitar-se constantemente, e o pulo do gato aqui é a empregabilidade. Que vai além do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) que preenchemos em nossas empresas. Vai exigir criatividade, visto que as tarefas que são repetitivas serão executadas por robôs.

A cabeça pensante, o acolhimento, sensibilidade, empatia sempre serão do ser humano. (Ufa).

O tempo é escasso e precisamos estudar, otimizar nosso tempo. Não temos mais tempo para ficar ocupando nosso “cerebelo” com cursos maçantes, horas de curso e-learning “padrão” só para atingir meta de “X” horas por pessoas no mês com treinamento, quando mensurados esses indicadores, não vemos grandes resultados.  No meu artigo: “Indústria 4.0 e o Projeto Chamado: “O Futuro da Aprendizagem Não é o Treinamento”, falo justamente sobre isso, e agora quero complementar esse insight.

Como essa revolução toda, vem à tona a Educação Corporativa. O que sua empresa tem feito para desenvolver seus funcionários? Como é o método para estimular a aprendizagem? Tem mapeado as necessidades? Os gaps? Quero dar alguns insights desde o mais simples até o mais “high tech”. Tudo vai depender do mindset da corporação.

Famosa semana SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho), onde é lecionado palestras, realização de campanhas voltada para saúde, doação de livros. Aquele almoço especial com orientação nutricional.

Existe um local destinado para ter uma biblioteca com alguns títulos, mas que a maioria dos colaboradores não sabem como funciona? Aliás, o cantinho da leitura acaba virando o cantinho do cochilo pós almoço. Ou tem parceria com a biblioteca da cidade, que deixa uma caixa com alguns livros para empréstimo? Oferece clube do livro? Gibi? Sessão de cinema? Clube da luta, ops, quero dizer de jogos como dama, xadrez, banco imobiliário (risos).

Já ouvir falar sobre Andragogia? (Ciência de orientar adultos a aprender) e o Modelo de Aprendizagem 70 20 10? Nesse modelo 70% aprendemos trabalhando com a atividade diariamente, desafios, decisões difíceis que precisamos tomar, experimentação, também conhecido on-the-job learning. 20% vem de interação social com pessoas que podem servir de exemplo, feedback, observação. Apenas 10% do aprendizado vem do contato com novos conceitos dentro da sala de aula formal, como cursos, seminários, workshops e leituras formais.

Então, o que as pessoas buscam se o tempo é escasso? A forma de aprender mudou, agora ela é: individual, mobile e inteligente. Devemos priorizar a individualização da aprendizagem. Podemos usar trilha de desenvolvimento, ecossistemas de conteúdo, projetos de curadoria e de mentoria estruturados.

O funcionário tem acesso a uma biblioteca virtual na intranet, por exemplo? Onde o conteúdo é personalidade com base em suas competências e atividades desenvolvidas? E ainda levando em consideração seu PDI (Plano de Desenvolvimento Individual)? Ou ele mesmo pode montar seu e-book? Aqui entre nós, com Industria 4.0, smart city, sociedade 5.0 a empresa vai requerer um RH estratégico alinhado com o negócio?

Parece loucura? Mas, não é. E a pergunta que não quer calar, por onde começar? A resposta é: preste atenção não no que te respondem e sim no que buscam. Tudo isso vai requerer um projeto com processos bem mapeados, Lean office, Inovação, Tecnologia da Informação, muitas conexões, criatividade, pensar fora da caixa (e dar um chute nela para bem longe). Ah, vai ter erros, isso é fato. Mas, erre muito rápido para dar dará tempo de arrumar mais rápido ainda. O cenário é novo, mais posso lhe assegurar que quem sair na frente desse projeto terá o bônus e ônus dessa grande descoberta.

E aí? Está preparado para sociedade 5.0?

Autor

Administradora, MBA em Gerenciamento de Projetos, Especialista Lean Six Sigma, Auditora 5S Lean Office, Consultora, Palestrante, Colunista do Café com CDO, Produtora de Conteúdo

Leila Oliveira Duarte

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