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Revolução Industrial, Digital e a automatização de processos

publicado por Claudio Coelho

Em meados do século XVIII iniciou-se um movimento que tinha por finalidade industrializar o trabalho humano, isto é, utilizar máquinas para realizar o trabalho feito por homens. Chamado de Revolução Industrial, é um marco na história mundial por ter sido a primeira vez em que ciência, economia, e diversos outros campos de estudos foram integrados para um bem único: agilizar a produção sem perder qualidade e ainda gerar maiores lucros, benefícios estes que perduram até os dias atuais.

A automação do serviço manual alertou as grandes indústrias para os seguintes pontos: uma máquina substitui o trabalho de muitas pessoas e o executa com muito mais rapidez e precisão. Sendo assim, a produção cresce, as vendas podem aumentar e, com elas, ampliam também os lucros da empresa. O custo de mão de obra foi drasticamente reduzido.

Voando para os tempos atuais, quando a tecnologia já tomou as áreas de trabalho em grandíssima escala, para se arranjar um emprego, o candidato precisa, minimamente, saber lidar com um computador e acessar a Internet. Percebemos que as máquinas não somente trazem evolução em todos os campos – economia, saúde, comunicação, entre outros – como criaram uma relação de dependência também entre os “civis”. Não vivemos sem tecnologia. Não vivemos sem atualizações, evoluções, digitalizações, conexões. E se somos assim socialmente, imagine no âmbito profissional.

O que acontece quando o mundo digital já não é suficiente, ou melhor, autossuficiente? Quando a própria evolução precisa ser renovada? Respondo: ela deve ser mantida como está e algo que venha a melhorá-la deve ser criado em paralelo. Chegamos a um tempo em que é necessário revolucionar aquilo que já havia sido revolucionado! Há softwares e plataformas que já executam serviços restritamente corporativos de automação de rotinas digitais que um dia foram morosas e manuais. Isso significa que o trabalho humano é agora duplamente “refinado”, duas vezes automatizado, com o dobro de eficiência.

Vamos pegar como exemplo a gestão de mídia online como é no exterior. Os projetos e processos utilizam softwares pra tudo. Enquanto, no Brasil, onde tendências e tecnologia possuem cerca de dois anos de defasagem em relação aos Estados Unidos, essas mesmas tarefas ainda são realizadas à mão, em dezenas de planilhas que vão e vem entre empresas, clientes e prestadores de serviços. Lá fora, são utilizados programas com banco de dados e histórico de processos, que cruzam todo o tipo de informação. Um software é capaz de fazer o que dez ou 15 profissionais fazem, processam mil palavras em questão de segundos, algo que uma pessoa leva quatro horas para fazer.

O trabalho humano, entretanto, não foi extinto. Ainda que as indústrias tenham diminuído sua mão de obra física, as máquinas nada mais são que objetos. Não surgem, não andam, não se movem e não se “curam” sozinhos. Para criá-los, transportá-los ou repará-los, ainda são necessárias a força e a inteligência do homem. Portanto, a revolução não acontece para acabar com o trabalho das pessoas, mas sim para ser acompanhada, para evoluir também as nossas funções, a nossa mentalidade e, consequentemente, nosso trabalho.

Autor

Cláudio Coelho foi presidente da APADi e é diretor-presidente da Skalebla, representante brasileira exclusiva da Kenshoo, líder mundial em Search Engine Market

Claudio Coelho

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