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Padrões: excelência vs. mediocridade

publicado por Fabio Akita
Padrões: excelência vs. mediocridade

Padrões: excelência vs. mediocridade

O texto a seguir é uma tradução do excelente artigo Standards: excellence vs mediocrity, escrito por Jason Yip, consultor da Thoughtworks, que tive o prazer de conhecer pessoalmente ano passado.

Antes de iniciar o texto traduzido, uma pequena introdução: todos sabemos como muitos conceitos que temos como fundação no mundo ocidental podem ser radicalmente diferentes no mundo oriental. Um desses conceitos difíceis de transpor do mundo oriental para o ocidental é justamente o de “padrões”. No mundo ocidental “padrão” é um denominador comum, estático, rígido, difícil de mudar, o status quo. No mundo oriental, a idéia de “padrão” é “o melhor”. Se amanhã aparece outro “melhor”, este deve ser considerado o novo padrão. Não é algo inatingível, que admiramos de baixo para cima sabendo que dificilmente vamos alcançar, como um “recorde”.

Imagine um mundo onde o “recorde” é o “padrão”. Eu falei sobre isso em outro artigo chamado Padrões, Commodities e Inovação, recomendo ler. Agora sim, segue a tradução do artigo do Jason:

Teste

Eu fui capaz de fazer o exercício em 8 segundos. Então olhamos um vídeo mostrando o campeão da fábrica fazendo em 4 segundos. Então perguntamos ao gerente da fábrica qual era o padrão, esperando que a resposta seria algo entre 5 e 6 segundos. Sua resposta? 4 segundos, claro. Se alguém é capaz de fazer em 5 a 6 segundos, eles o treinariam para atingir 4 segundos, mas mais lento que isso, e eles provavelmente encontrariam outra coisa para o candidato fazer.

Nossa premissa básica era que “padrão” deveria ser alguma coisa fácil o suficiente que qualquer um poderia fazer. Às vezes esse “padrão” vem com a expectativa de treinamento mas muitas vezes acaba sendo sobre o menor denominador comum de forma a obter consistência. Obviamente, não podemos obter consistência se nossos padrões só podem ser atingidos por um subconjunto de pessoas. A consequência dessa forma de pensar é que “padrões” inevitavelmente empurram a organização em direção à mediocridade.

A premissa da Toyota é que o melhor deveria ser o padrão. Ainda existe a expectativa que as pessoas podem atingí-la (com treinamento) e uma expectativa de consistência mas é um padrão de excelência em vez de um menor denominador comum. Isso cria uma expectativa muito maior de performance e desafio. A consequência desse jeito de pensar é que “padrões” inevitavelmente empurram a organização em direção à excelência, especialmente à medida que as capacidades das pessoas continuam a se desenvolver com o tempo.

Em um dos casos, padrões são uma âncora; no outro caso, padrões são um motor.

E isso é diferente em nosso mundo de tecnologia da informação e desenvolvimento de software? Eu acho que não. Pense sobre o último padrão que você encontro (ex. padrões de código, padrões de design, etc.) Ele foi desenvolvido como uma âncora ou um motor? E como seria se todos os padrões fossem desenvolvidos para serem motores?

Autor

Codeminer 42 co-founder Brazilian Ruby Activist RubyConf Brazil Program Chairman Software Craftsmanship Evangelist Tech Speaker in many conferences LinkedIn: br.linkedin.com/in/akitaonrails

Fabio Akita

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